
O militar foi preso por autoridades da Espanha ap�s desembarcar naquele pa�s, no dia 25 de junho do ano passado, transportando coca�na pura, com valor calculado em euros de 1.419.262,227, correspondente a cerca de R$ 6.399.083,62, segundo c�lculos periciais.
Segundo a Justi�a Militar de Bras�lia, apesar do tr�fico internacional de drogas n�o estar previsto no C�digo Penal Militar (CPM), o caso se enquadra na hip�tese de crime de natureza militar por extens�o, j� que se trata de um militar em situa��o de atividade que supostamente atentou contra a ordem administrativa militar.
O juiz marcou para o dia 21 de maio, �s 14h, a inquiri��o das testemunhas arroladas pelo Minist�rio P�blico Militar, data que, segundo o magistrado, "leva em considera��o a circunst�ncia dever o acusado ser citado por meio de Pedido de Coopera��o Jur�dica Internacional do Minist�rio da Justi�a".
"Estando revestida das formalidades legais, recebo a den�ncia", escreveu.
Na den�ncia, o promotor de Justi�a Militar diz que 'a bordo da aeronave, o denunciado posicionou sua bagagem junto � �ltima poltrona, perto do arm�rio, tendo permanecido durante todo o voo na guarda do respectivo material".
Ele tamb�m responde a a��o penal na Espanha, onde a Promotoria pediu que a pena seja de 8 anos de pris�o, al�m de multa de US$ 4 milh�es.
Relembre o caso
Ao ser preso em Sevilha com a droga, o sargento declarou � Justi�a espanhola que n�o sabia que sua bagagem continha coca�na. Silva Rodrigues fez ao menos 30 viagens nacionais e internacionais em avi�es da For�a A�rea nos �ltimos cinco anos. Em algumas delas, ele integrava a equipe que servia, diretamente ou em apoio, os ex-presidentes Michel Temer e Dilma Rousseff.
O sargento n�o estava no avi�o que atenderia ao presidente Jair Bolsonaro, mas no avi�o reserva, ou seja, a aeronave estava sob responsabilidade da For�a A�rea e n�o da Presid�ncia da Rep�blica. Ap�s este epis�dio, a Aeron�utica reformulou todos os procedimentos de vigil�ncia nos embarques de bagagens e passageiros em suas aeronaves.
A droga n�o estaria apenas na bagagem despachada do sargento, mas tamb�m em sua maleta de m�o e em um porta-terno. De acordo com as investiga��es realizadas pela Aeron�utica, o sargento teria agido sozinho. Sua mulher, no entanto, teria conhecimento dos atos il�citos praticados por ele.
As a��es de busca e apreens�o realizadas na casa do casal revelaram que ele possu�a uma cole��o de rel�gios, um celular avaliado em R$ 7 mil e eletrodom�sticos caros que pareciam rec�m-adquiridos.