Os blocos partid�rios da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) est�o pr�ximos de ter seus integrantes definidos. Depois de uma primeira semana de muita especula��o, articula��o pol�tica e at� atua��o jur�dica, os nomes dos deputados estaduais em cada bloco devem ser conhecidos hoje. O deputado Roberto Andrade, expulso do PSB, vai se filiar a uma legenda aliada do Executivo na Casa. Com isso, o grupo aliado ao governo Romeu Zema ficar� com 17 integrantes.
“Tendo em vista a minha expuls�o do PSB, informo que mantenho minhas convic��es pol�ticas e a determina��o em continuar a trabalhar para auxiliar o nosso estado a encontrar o caminho da recupera��o econ�mica e de seu desenvolvimento social. Com rela��o ao partido que pretendo filiar ap�s formalizada a expuls�o, naturalmente seguirei optando por um dos partidos que formam o bloco de apoio ao governo de Minas”, disse o parlamentar, em nota.
Para formar um bloco na Assembleia s�o necess�rios, no m�nimo, 16 parlamentares. O bloco de apoio ao governo de Romeu Zema (Novo), denominado Sou Minas Gerais, teria ent�o o m�nimo caso Andrade n�o decidisse pela filia��o a um partido desse bloco, o que n�o vai se configurar. Em 2019, o grupo tinha 23 membros.
A expuls�o de Roberto Andrade do PSB ocorreu depois de ele colocar o partido como integrante do bloco governista contra a vontade da legenda, que migrou para o Minas Tem Hist�ria. Ele � formado agora por 22 deputados, que se dizem independentes em rela��o ao governo. Esse � o bloco mais numeroso da Casa.
L�der do grupo, S�vio Souza Cruz (MDB) explicou como as decis�es s�o tomadas pelo bloco. “As quest�es que s�o de maior caso n�s fazemos uma discuss�o coletiva, se vamos de um voto unido, se algu�m vai liderar. Essas quest�es espinhosas a gente conversa bem, o nosso bloco sempre tenta ser mais unido, mas quanto maior o bloco mais dif�cil � a unanimidade. A gente n�o obriga ningu�m a nada, mas conversamos muito para nos tornar uma unidade”, disse o l�der do ent�o bloco majorit�rio da ALMG.
Outro bloco que se diz independente � o Liberdade e Progresso, com 21 parlamentares, que tem como l�der C�ssio Soares (PSD). O bloco com o menor n�mero de representantes � o Democracia e Luta, com 16 deputados oposicionistas ao governo de Zema, liderado por Andr� Quint�o (PT). Apesar disso, as configura��es ainda podem ser alteradas. Isso porque outro deputado estadual est� sem partido, Fernando Pacheco, ex-PHS. Ele pode se filiar a uma nova legenda e integrar algum bloco.
Tr�s dos nove partidos que integravam em 2019 o bloco governista se mudaram para outra base: o Cidadania e o PP, com dois deputados cada, e o PSB, agora com um (Professor Cleiton, depois da expuls�o de Roberto Andrade). Al�m disso, o PHS n�o tem mais o deputado Fernando Pacheco na legenda. “O PSB decidiu ficar no Minas Tem Hist�ria. Teve um processo in�dito da semana passada que um partido assinou em dois blocos. Eu assinei no independente, e o Roberto no governista. O independente me d� uma liberdade maior, com minhas convic��es de n�o votar sempre de acordo com o governo, ainda mais com textos impopulares. O do ni�bio foi um exemplo que n�o devemos fazer nada a toque de caixa, principalmente sobre as privatiza��es. Tem que se debater”, disse Professor Cleiton.
Trocas
As mudan�as n�o devem parar somente na virada do ano legislativo. Por se tratar de um ano marcado pelas elei��es municipais, alguns deputados estaduais podem trocar de partido para se candidatar ao cargo de prefeito ou vice-prefeito. A partir de abril, prazo final para os partidos interessados em disputar as elei��es terem o registro aprovado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as mudan�as podem come�ar a acontecer novamente. O regimento interno da ALMG determina que os blocos t�m exist�ncia por sess�o legislativa ordin�ria, que corresponde aos per�odos de 1º de fevereiro a 18 de julho e de 1º de agosto a 20 de dezembro de cada ano.