
A voz que atendeu o ex-PM �lcio de Queiroz no condom�nio Vivendas da Barra, no Rio de Janeiro, horas antes do assassinato de Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, n�o � do porteiro que citou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na investiga��o, mas de outro funcion�rio. A conclus�o consta em laudo da Pol�cia Civil obtido pelo jornal O Globo.
Segundo reportagem publicada nesta ter�a (11) pelo ve�culo carioca, o documento assinado por seis peritos atesta ainda que o que o morador respons�vel por autorizar a entrada foi Ronie Lessa. A grava��o, garantem os investigadores, � leg�tima, ou seja: n�o sofreu edi��o. Tanto �lcio quanto Lessa est�o presos sob a acusa��o de terem participado do homic�dio de Marielle.
Um dos porteiros do condom�nio chegou a dizer, em depoimento prestado no ano passado, que a entrada de �lcio havia sido liberada pelo ent�o deputado federal Bolsonaro. O pol�tico, no entanto, estava em Bras�lia naquele dia.
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De acordo com O Globo, quatro porteiros estavam de plant�o no dia da grava��o - incluindo aquele que citou o presidente. As vozes dos quatro funcion�rios foram comparadas com o �udio coletado pela per�cia do Instituto de Criminal�stica Carlos �boli (ICCE).
Exames ac�sticos e biom�tricos constataram, em primeiro lugar, que o porteiro que atendeu �lcio n�o foi o mesmo que mencionou o presidente. Outra conclus�o � de que o morador que liberou a visita foi Ronie Lessa.
"A grava��o possui caracter�sticas convergentes com a fala padr�o coletada pelo porteiro Z, mais do que qualquer dos outros porteiros analisados", descrevem os peritos no laudo, embora reconhe�am "limita��es na quantidade de material examinado".
O Minist�rio P�blico do Rio de Janeiro j� havia levantado a tese de que o aval para a entrada de �lcio no Vivendas da Barra partiu de Lessa. O porteiro que mencionou Bolsonaro inclusive recuou e disse ter lan�ado errado a entrada do ex-PM no condomin�o.
O laudo da Pol�cia Civil refor�a o argumento de que o porteiro agiu a mando de terceiros.