
Devem participar da conversa com o m�dico os ministros Walter Braga Netto, da Casa Civil, e Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo. Teich atuou como consultor informal da �rea de sa�de na campanha eleitoral de Bolsonaro, em 2018. � �poca, a aproxima��o ocorreu por meio do atual ministro da Economia, Paulo Guedes. Na transi��o do governo, Teich foi cotado para comandar a Sa�de, mas perdeu a vaga para Mandetta, que havia sido colega de Bolsonaro na C�mara de Deputados e tinha o apoio do governador eleito de Goi�s, Ronaldo Caiado (DEM-GO), agora seu ex-aliado, e de Onyx Lorenzoni (DEM-RS), que foi chefe da Casa Civil e agora � ministro da Cidadania.
O oncologista tem o apoio da Associa��o M�dica Brasileira (AMB), que referendou a indica��o ao presidente, e possui boa rela��o com empres�rios do setor de sa�de.
O argumento pr�-Teich de parte da classe m�dica � o de que ele trar� dados para destravar debates hoje "politizados" sobre o enfrentamento da covid-19. Integrantes do setor de sa�de afirmam que a ideia n�o � ceder completamente a argumentos sobre uso ampliado da cloroquina ou de isolamento vertical (apenas para idosos ou pessoas em situa��o de risco), por exemplo. Dizem, por�m, que h� exageros na posi��o atual do minist�rio.
A poss�vel demiss�o de Mandetta provocou uma corrida entre aliados de Bolsonaro para indicar o sucessor no comando da Sa�de. Um dos nomes cotados � o da diretora Ci�ncia e Inova��o da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Ludhmila Hajjar. A profissional tem o apoio do m�dico Antonio Luiz Macedo, cirurgi�o geral que acompanha o presidente desde que ele foi atingido por uma faca em ato de campanha, sem setembro de 2018. Questionada pela reportagem, a cardiologista negou convite do presidente. "N�o fui convidada, n�o fui sondada. Sigo trabalhando normalmente", disse na noite desta quarta-feira, 15;
Na lista de indica��es para substituir Mandetta aparece ainda Claudio Lottemberg, presidente do Conselho Deliberativo do Hospital Israelita Albert Einstein. Lottemberg, no entanto, preside o Lide Sa�de, grupo ligado ao governador de S�o Paulo, Jo�o Doria (PSDB), desafeto de Bolsonaro.
Os nomes do deputado Osmar Terra (MDB-RS) e do presidente da Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa), Antonio Barra Torres, perderam for�a no Planalto, apesar de terem a confian�a de Bolsonaro. A leitura � a de que a escolha de um deles n�o seria bem aceita no Congresso e entre entidades m�dicas, por causa da mudan�a radical de discurso que levariam ao minist�rio. Defensora do uso da hidroxicloroquina, a oncologista Nise Yamaguchi tamb�m teria perdido for�a por ter pouco apoio da classe m�dica.