
O Brasil apareceu com destaque na capa de um dos jornais mais tradicionais e conhecidos do mundo, o franc�s Le Monde. Em editorial, "Brasil: a perigosa fuga suicida de Bolsonaro", a publica��o diz que, "apesar do pre�o cada vez mais alto", o presidente da Rep�blica continua negando a seriedade da pandemia de COVID-19 e conduz o pa�s por uma via "extremamente perigosa".

O di�rio critica a participa��o de Bolsonaro em manifesta��es antidemocr�ticas, a tentativa de acabar com o isolamento social no Brasil e o ataque que o presidente faz a prefeitos e governadores que decidiram restringir a circula��o de pessoas. "Depois de negar o Holocausto, elogiar a ditadura, negar os inc�ndios na Amaz�nia e a gravidade da pandemia de COVID-19, Bolsonaro e sua tenta��o autorit�ria correm o risco de levar o Brasil a uma perigosa aventura inconsequente", diz o texto.
Em seguida, o jornal diz que o pa�s atravessa uma crise semelhante as horas mais sombrias da ditadura militar. “O Brasil de Bolsonaro habita um mundo paralelo, um teatro do absurdo onde fatos e realidade n�o existem mais. Nesse universo sob tens�o, nutrido por cal�nias, incoer�ncias e provoca��es mort�feras, a opini�o � polarizada em uma nuvem espessa de ideias simples, mas falsas”.
V�timas do coronav�rus
A publica��o destaca tamb�m o n�mero de mortes no Brasil, que na segunda-feira (18/5) ultrapassou o Reino Unido em quantidade de �bitos e chegou a mais de 250 mil casos confirmados de covid-19. O �ltimo balan�o do Minist�rio da Sa�de, registrou 674 mortes decorrentes do novo coronav�rus nas �ltimas 24 horas. Ao todo, s�o 16.792 v�timas fatais da doen�a.
“O negacionismo alimentado pelo poder (…) e a aposta pol�tica inacredit�vel de Bolsonaro, que pensa que os efeitos devastadores da crise na sa�de ser�o atribu�dos a seus opositores, mostra que esse obscuro ex-deputado de extrema direita n�o tinha nada de um homem de Estado”, afirma o jornal.
“O negacionismo alimentado pelo poder (…) e a aposta pol�tica inacredit�vel de Bolsonaro, que pensa que os efeitos devastadores da crise na sa�de ser�o atribu�dos a seus opositores, mostra que esse obscuro ex-deputado de extrema direita n�o tinha nada de um homem de Estado”, afirma o jornal.