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Estado de Minas INQU�RITO NO STF

PF diz que influenciadores pr�-governo organizavam ataques em bloco

'Diagrama das fake news': por meio de seus seguidores, perfis impulsionavam hashtags em ataque ao Supremo Tribunal Federal


postado em 27/05/2020 16:59 / atualizado em 28/05/2020 08:08

Allan dos Santos é dono do
Allan dos Santos � dono do "Ter�a Livre", blog pr�-Bolsonaro. (foto: Roque de S�/Ag�ncia Senado)
Na decis�o que autorizou o cumprimento, por parte da Pol�cia Federal, de uma s�rie de mandados de busca e apreens�o, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), citou um relat�rio, feito pela PF, que detalha um mecanismo coordenado de cria��o e divulga��o de ataques � Corte. Segundo o documento, o blogueiro Allan do Santos, o deputado estadual paulista Gil Diniz (PSL), o parlamentar federal Filipe Barros (PSL-PR) t�m papel central no esquema. Ao todo, onze contas no Twitter s�o citadas como parte da estrat�gia.

Os peritos conclu�ram que os influenciadores escolhiam um tema e, mesmo sem criar hastags, utilizavam seus seguidores para impulsionar os assuntos. “Desta forma, os perfis influenciadores n�o apareceriam como criadores da hashtag que simboliza o ataque”, explica Moraes.

Os ataques ao STF, por exemplo, come�aram em 7 de novembro do ano passado, por meio de uma hastag que chamava o Supremo de “vergonha nacional” e pedindo o impeachment dos ministros. A princ�pio, a tag que reivindicava a sa�da de um dos magistrados da Corte, Gilmar Mendes, n�o foi utilizada pelos influenciadores. Os seguidores, no entanto, come�aram a abordar o tema fazendo uso da #ImpeachmentGilmarMendes.

Tr�s dias depois, em 10 de novembro, os influenciadores come�aram a utilizar, de modo coordenado, a hastag, levando o assunto � vers�o brasileira dos Trending Topics, que re�ne as tem�ticas mais debatidas pelos usu�rios do site em determinado local. “Uma vez que uma hashtag alcan�a os Trending Topics, sua visualiza��o � ampliada significativamente para fora da ‘bolha’, alcan�ando muitos outros usu�rios, que n�o s�o seguidores dos influenciadores iniciais”, pontua, na decis�o, Alexandre de Moraes.

Para entender o funcionamento do esquema, os peritos do STF pesquisaram diversas hastags que atacavam a Corte, sobretudo entre 7 e 19 de novembro. Uma delas, inclusive, chamava o Tribunal de “escrit�rio do crime”.

(foto: Reprodução)
(foto: Reprodu��o)

Alcance dos perfis

O blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, por exemplo, tem 328,6 mil seguidores em seu perfil pessoal no Twitter. A p�igna do Ter�a Livre, liderada por ele, soma 269,4 mil. Os deputados Gil Diniz e Filipe Barros s�o acompanhados, respectivamente, por 153,1 mil e 295,8 mil contas.

Tamb�m presente no ‘diagrama das fake news’, Leandro Ruschel � seguido por 404,3 perfis. Em sua p�gina, ele se diz “especialista em investimentos” e “apaixonado por filosofia e ci�ncia pol�tica”. O relat�rio cita, ainda, os perfis ap�crifos “Bolson�as”, “Patriotas”, “TeAtualizei”, “Cr�tica Nacional”, “Letf Dex” e “Faka”. As duas �ltimas contas, inclusive, n�o existem mais na base de dados do Twitter.

(foto: Reprodução)
(foto: Reprodu��o)


(foto: Reprodução)
(foto: Reprodu��o)

Empres�rios e rob�s

Na decis�o, o ministro Alexandre de Moraes cita ind�cios que evidenciam a participa��o de empres�rios no esquema de dissemina��o das not�cias falsas. Eles seriam respons�veis por financiar os mecanismos de prolifera��o das fake news. O texto aponta, ainda, a utiliza��o de rob�s.

Um dos empreendedores alvo da opera��o de busca e apreens�o � Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan. O propriet�rio das academias de gin�stica SmartFit, Edgar Corona, � outro dos empres�rios citados.   

Gabinete do �dio � “organiza��o criminosa”

A decis�o de Moraes cont�m trechos de depoimentos concedidos pelos ex-bolsonaristas Alexandre Frota e Joice Hasselmann, deputados federais pelo PSL paulista. Outro a falar � Heitor Freire (PSL-CE). Todos dizem que o esquema das fake news est� atrelado ao “gabinete do �dio”, chamado de “organiza��o criminosa” pelo magistrado.

Freire afirma, inclusive, que o gabinete do �bio � um n�cleo composto, inclusive, por assessores especiais de Bolsonaro, e respons�vel por propagar, com o aux�lio de p�ginas e perfis na web, as mensagens falsas.


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