postado em 01/07/2020 19:41 / atualizado em 01/07/2020 20:11
M�dicos criticam a proposta de cria��o do MGPREV, como resultado da cis�o parcial do Ipsemg (foto: CEMMG / Reprodu��o)
A Associa��o dos M�dicos do Instituto de previd�ncia dos Servidores do Estado de Minas Gerais (AME Ipsemg) se manifestou contr�ria ao projeto de reforma da previd�ncia estadual apresentado pelo governador Romeu Zema (Novo) � Assembleia Legislativa de Minas Gerais em 19 de junho.
Segundo representantes da AME, a reforma � inoportuna, por ter sido proposta durante a pandemia de COVID-19, momento em que os m�dicos est�o focados no combate � doen�a. Al�m disso, alegam que h� outras prioridades a serem atendidas, para melhorar as condi��es de trabalho dos profissionais no enfrentamento do coronav�rus.
Nessa ter�a-feira, a AME enviou um of�cio � ALMG, no qual afirma que “um dos pontos cr�ticos da reforma diz respeito � cria��o da autarquia ‘Minas Gerais Previd�ncia dos Servidores P�blicos Civis do Estado (MGPREV), como resultado da cis�o parcial do IPSEMG”.
O documento diz ainda, que o Ipsemg precisa ser aperfei�oado e que buscar enfraquecer e extinguir o �rg�o “jamais ser� uma op��o digna ou, sequer, merecedora de an�lise”.
Em entrevista ao Estado de Minas, o m�dico Marco Ant�nio Salum, presidente da AME Ipsemg criticou o momento em que a proposta de reforma foi levada � Assembleia.
“O momento � de n�s m�dicos estarmos somente focados no enfrentamento da pandemia de COVID-19 e o governo deveria ao inv�s de colocar projeto destruindo uma institui��o centen�ria, deveria apoiar os m�dicos para que o atendimento ao p�blico fosse cada dia melhor”, declarou.
Em fevereiro, servidores do Ipsemg chegaram a fazer greve (foto: Paulo Filgueiras/ EM/ D.A Press)
Demandas n�o atendidas
Marco Ant�nio Salum entende que h� outras prioridades a serem tratadas no momento, em detrimento da reforma pretendida pelo governo.
“No momento, o governo deveria atender �s nossas solicita��es para enfrentamento da pandemia, conforme apresentadas ao presidente do Ipsemg e que ainda n�o foram atendidas”, disse o m�dico.
Ele completa, destacando algumas unidades que precisam de melhoria. “O Hospital Governador Israel Pinheiro funciona com sua capacidade operacional atual no m�ximo. Temos 1/3 dos leitos parados por uma reforma estrutural pendente, log�stica de atendimento de pacientes com COVID-19 aqu�m do recomendado, equipe m�dica sobrecarregada nas enfermarias”.
O representante dos m�dicos disse que se reuniu com a presid�ncia do Ipsemg nos dias 18 de mar�o e 2 de abril, quando foram apresentadas as reivindica��es da categoria, at� o momento n�o atendidas pelo Instituto.
Os pedidos da AME Ipsemg s�o:
- Contrata��o de m�dicos para CTI, cl�nica m�dica, anestesista e SMU
- Cria��o de sub-comiss�es descentralizadas
- Compra de materiais como v�deolaringosc�pios e ultrassom
- Acelerar o processo da compra dos ecocardi�grafos
Posicionamento do Ipsemg
A reportagem do Estado de Minas questionou a assessoria do Ipsemg acerca dos leitos ociosos no Hospital Israel Pinheiro. Segundo o �rg�o, “as interven��es da Ala B, que n�o representa 1/3 dos leitos, est�o sendo planejadas para melhorias na estrutura do Hospital Governador Israel Pinheiro. A log�stica de atendimento � discutida pelo Comit� de enfrentamento � COVID-19, que re�ne os respons�veis pelo servi�o de urg�ncia e de outras coordenadorias”.
Sobre a contrata��o de funcion�rios e compra de equipamentos, o Ipsemg respondeu que “a equipe do hospital est� sendo refor�ada constantemente com abertura de vagas para admiss�o de m�dicos e outros profissionais de sa�de, de acordo com a demanda. Atualmente, o hospital est� com processo de credenciamento aberto para cl�nico geral, m�dicos para atendimento no servi�o de Urg�ncia, fisioterapeutas respirat�rios, enfermagem e m�dicos para atendimento em CTI. Informamos ainda que recentemente foi adquirido novo Ecocardi�grafo. Outros materiais est�o em fase final de compra”.
Com rela��o � reforma da previd�ncia, a assessoria respondeu que “o governo estadual reconhece a import�ncia do Ipsemg, que continuar� respons�vel pela assist�ncia � sa�de dos servidores. Para a gest�o previdenci�ria, � proposta a cria��o de uma autarquia independente, a MGPrev.
Destacou, ainda, que “as altera��es n�o afetam os benef�cios j� usufru�dos pelos servidores e respeita o direito adquirido, assim como o abono perman�ncia. A reforma � essencial para garantir a sustentabilidade agora e no futuro para as aposentadorias. O Governo de Minas enviou a proposta � Assembleia ciente da import�ncia da an�lise por parte de parlamentares e de debates envolvendo servidores e popula��o no Legislativo durante a tramita��o”.