
Os representantes dos servidores das for�as de seguran�a de Minas Gerais prometeram radicalizar e, at� mesmo paralisar suas atividades, caso o governador Romeu Zema (Novo) insista em manter o Projeto de Lei que reforma a Previd�ncia no estado.
Durante reuni�o na Assembleia Legislativa, eles apresentaram ao presidente da casa, Agostinho Patrus (PV), um of�cio pelo qual pedem a suspens�o do tr�mite do projeto de lei at� que haja "uma ampla discuss�o" com todas as categorias. O of�cio, assinado por associa��es e sindicatos, aponta que a proposta como est� signfica "verdadeira dilapida��o do regime jur�dico dos servidores p�blicos civis e militares, com desmonte de sua pol�tica remunerat�ria."
Eles comparam ao "Cavalo de Troia" – grande cavalo de madeira, apresentando como um presente ao inimigo, mas recheado de tropas durante a Guerra de Troia, um estratagema decisivo para a conquista da cidade fortificada. "Um presente de grego", segundo classificaram, que cont�m "apenas preju�zos inadimiss�veis", aos servidores.
V�rios sindicalistas e deputados da bancada da seguran�a demonstraram "estranheza" na apresenta�ao de proposta "t�o complexa" em momento de pandemia, quando as mobiliza��es e reuni�es est�o suspensas pela quarentena.
A reforma da Previd�ncia est� contida em duas proposi��es de autoria do governador Romeu Zema, ambas recebidas em plen�rio na semana passada. A Proposta de Emenda � Constitui��o (PEC) 55/20 altera o sistema de Previd�ncia Social dos servidores p�blicos, trata da pol�tica de gest�o de pessoas e estabelece regras de transi��o. J� o Projeto de Lei Complementar (PLC) 46/20, entre outros pontos, cria a autarquia Minas Gerais Previd�ncia dos Servidores P�blicos Civis do Estado (MGPrev) e institui novos fundos de Previd�ncia do Estado de Minas Gerais.
O deputado Sargento Rodrigues (PTB), presidente da Comiss�o de Seguran�a P�blica, disse que o governo estima que os projetos v�o trazer economia de cerca de R$ 2,5 bilh�es por ano e criticou o fato de o governador abrir m�o de cerca de R$ 7 bilh�es por ano com ren�ncia fiscal. "Os servidores n�o podem pagar essa conta."
O deputado Agostinho Patrus afirmou que vai levar o documento recebido e as quest�es levantadas na reuni�o, as quais considera como graves, aos demais deputados e l�deres do Legislativo. Ele destacou o papel da Assembleia de ouvir cidad�os e entidades para buscar entendimentos e aperfei�oar mat�rias em tramita��o na Casa.