“O di�logo precisa ser ampliado. N�o se governa uma cidade sozinho”, afirma o congressista. Pacheco acredita que o DEM ter� candidatos em mais de 200 munic�pios mineiros.
O senador destaca, ainda, que a articula��o pol�tica de Jair Bolsonaro (sem partido) precisa ser aprimorada. Mesmo assim, cr� que a recente postura do presidente, menos explosiva que de costume, � positiva. Sobre o governador Romeu Zema (Novo), Pacheco ressalta a crise financeira que assola o estado como fator dificultante.
Favor�vel � cria��o de um Tribunal Regional Federal no estado, ele se prepara para convencer senadores a votar favoravelmente ao projeto do TRF-6.
Como o senhor avalia as gest�es do governador Romeu Zema e do prefeito Alexandre Kalil?
O governo Zema enfrenta as dificuldades pr�prias de um Estado com p�ssima situa��o fiscal. Ter boas ideias � um primeiro passo. Mas execut�-las depende de fazer pol�tica de alto n�vel, liderar a uni�o dos mineiros em torno de um grande projeto de desenvolvimento e dar a Minas prest�gio nacional, o que infelizmente ainda n�o encontramos. J� o governo do prefeito Kalil se vale de uma prefeitura que tradicionalmente tem muitos recursos. A cidade � rica e, por isso, acho que pod�amos estar numa situa��o melhor, com mais obras de infraestrutura, nas �reas menos favorecidas, melhor atendimento na sa�de, mais limpa e com menos pessoas em situa��o de rua. E fundamental: o di�logo precisa ser ampliado. N�o se governa uma cidade sozinho. A sociedade precisa ser ouvida para superarmos os in�meros desafios.
Como o senhor avalia o governo do presidente Jair Bolsonaro?
As prioridades e o planejamento do governo Bolsonaro acabaram sendo muito prejudicados com o advento da pandemia. � dif�cil medir resultados em um momento muito at�pico das vidas brasileira e mundial, mas considero que o governo tem acertos, especialmente sob o aspecto econ�mico. H� alguns erros de articula��o pol�tica que precisam ser corrigidos, mas o fato � que, nos �ltimos tempos, especialmente com uma mudan�a de comportamento do presidente, menos polarizado e inflamado, com prop�sitos mais claros de administra��o e conversas com as institui��es, a situa��o tem melhorado. Muito precisa ser feito em termos de reformas, como a tribut�ria, a administrativa, alguns aspectos de reforma pol�tica e ajustes de reformas previdenci�rias nos estados. Tudo isso ainda precisa ser feito para o Brasil sair desta pandemia com um horizonte de recupera��o. Confio muito na maturidade e no di�logo entre os poderes, com a participa��o do governo federal liderando o processo de unifica��o do pa�s. � isso que espero e por isso que trabalho.
Como o Democratas vai se posicionar na elei��o municipal deste ano?
O Democratas, em Minas, cresceu consideravelmente no �ltimo ano, tanto em n�mero de filiados quanto presen�a em munic�pios. Estamos, com diret�rios ou comiss�es provis�rias, em mais de 600 cidades. Teremos candidaturas em cerca de 200 munic�pios do interior e, tamb�m, algumas na Regi�o Metropolitana. Nas cidades com mais de 50 mil habitantes, que s�o 71, teremos de 35 a 40 candidaturas a prefeito ou vice. Em Belo Horizonte, vamos realizar a conven��o no dia 14 para definir a chapa de vereadores, uma prioridade de investimento e incentivo que temos. Devemos, tamb�m, definir uma pr�-candidatura e consolidar uma candidatura a vice-prefeito. H�, hoje, um caminho muito pr�ximo ao deputado Jo�o V�tor Xavier, pr�-candidato a prefeito de BH pelo Cidadania.
O senhor pretende atuar em prol da cria��o do TRF-6 em Minas?
O Tribunal Regional Federal de Minas Gerais � t�o importante quanto necess�rio, n�o para o estado, mas para a Justi�a do Brasil. Minas corresponde a quase 40% da demanda do TRF-1, em Bras�lia. A cria��o de um tribunal em Minas significa que outros doze estados, mais o Distrito Federal, ter�o melhor qualidade jurisdicional e mais efici�ncia em segunda inst�ncia com um TRF exclusivo para eles. E, em Minas Gerais, da mesma forma: o TRF-6 j� nascer� com boa demanda. � uma das maiores necessidades da Justi�a do pa�s a cria��o do TRF de Minas. E, da forma como ele est� sendo concebido, h� um remanejamento de recursos: em vez de se concentrar em outros tribunais, se redistribuem cargos e estrutura. N�o se construir� uma nova sede, (o TRF) ser� na sede da Justi�a Federal em primeira inst�ncia. � o mesmo or�amento, com remanejamento para aplicar na segunda inst�ncia. N�o adianta ter grande estrutura da Justi�a Federal em primeira inst�ncia se h� decis�es r�pidas e o recurso n�o � julgado nunca. H� decis�es referentes a aposentadorias na primeira inst�ncia e, quando h� o recurso, demora cinco, seis ou at� dez anos para ser julgado. A pessoa s� se vale do direito ap�s a segunda inst�ncia. Ent�o, � inteligente redistribuir a Justi�a. Vamos defender a cria��o do TRF e come�ar a debater com os senadores, convencendo que n�o h� aumento de despesas e que � necess�rio para a Justi�a do Brasil.