
Rub�o ser� uma das 24 caras novas na C�mara de BH a partir de 2021. Questionado em entrevista ao Estado de Minas sobre a nova composi��o, o futuro vereador n�o titubeou em elogiar a renova��o. “Foi a melhor conquista para o povo de BH. Foi a maior renova��o dos �ltimos anos. A gente s� escutava falar de coisa ruim, em um ano com envolvimento em investiga��es, e j� vinha assim. A renova��o � importante para tentar limpar um pouquinho. Quando a gente se candidata era para ser algo bom, mas o pessoal j� acha que voc� vai se esquecer da comunidade, vai se distanciar, � reflexo disso. Vai ser uma C�mara com mais mulheres, tem a Duda (Salabert) que entrou e que � importante para defender uma parte da sociedade, o preconceito, tem que ter essa bandeira, pois as pessoas julgam muito. Isso � importante, estou empolgado.”
Qual ser� sua principal bandeira na C�mara?
“O fator social, a comunidade. Por exemplo, no meu bairro, o Boa Vista, reclamam muito que falta rotat�ria, quebra-mola. Quero dar uma aten��o a essa infraestrutura, a parte urbana, principalmente na Regi�o Leste, onde sei que tem esses problemas exatos. Mas BH toda est� assim, quando chove o caos � geral. Falo mais da Leste pois � onde vivo, mas quero ser lembrado pelas mudan�as boas que conseguir fazer para a cidade”.
O senhor j� tem ideia de um primeiro projeto de lei a apresentar?
“Ainda n�o tenho nada pensado quanto a um projeto de lei. Mas vai ser algo de infraestrutura, imagino que seja isso. Como ainda n�o tenho uma no��o do que d� para ser feito exatamente, prefiro aguardar para n�o fazer uma promessa ou dizer algo que n�o possa cumprir. V�o me taxar de mentiroso, e acontece muito com outros. N�o quero isso para mim, trabalho corretamente”.
O senhor � do partido da coliga��o do prefeito Alexandre Kalil (PSD). Vai permanecer como base do governo?
“Devemos ter uma base de alian�a, mas n�o quero ter esse fardo de s� porque � base ter que aceitar tudo. Tem quest�o de coliga��o, mas mesmo assim minha vit�ria foi em cima do meu trabalho. A presen�a do (M�rio Henrique) Caixa ajudou muito, mas foi trabalho nosso para vencer a elei��o. Vamos votar o melhor para BH, sem obriga��o de ter que agradar coliga��o”.
O senhor entra para a primeira experi�ncia pol�tica, mas j� pensa em levar adiante?
“Parece que tomei gosto. Sou popular na minha regi�o, e o pessoal me pedia para entrar nisso, � como uma miss�o a pedido da comunidade. Tanto que saiu o resultado e at� agora est� assim, todos ligando, me parabenizando. Ainda n�o penso em 2024, mas imagino que posso sair de novo a candidato. Quero estruturar como vereador, entender bem a atua��o, e depois pensar al�m. Ainda sou leigo, nunca fui pol�tico, e quero subir degrauzinho por degrauzinho”.
O senhor ficou conhecido pela atua��o em projetos sociais e ajudas diversas na Regi�o Leste. Como come�ou isso? E imaginava que seria eleito com essa base?
“Imaginava que tinha chance de eleger por conta dos projetos sociais. Sou cria do Bairro Boa Vista e sempre procurei ajudar, joguei bola com uns times da regi�o, sempre tive parceria em mudan�as, bater lage, fazer carreto, sempre tive um pouco disso voltado para a solidariedade. Para ter ideia, quando tinha 16 anos, teve um carro com seis pessoas em uma enchente aqui na regi�o, estava afundando. Peguei uma corda, amarrei no para-choque do carro, joguei para uma galera de fora e tiramos o carro dali. Foi a primeira coisa que me fez ver que tinha que ajudar o pr�ximo. Foram l� em casa depois e queriam dar dinheiro, foi uma coisa. Ali, me despertou essa curiosidade. Com 20 anos, comecei a levar o pessoal que tratava de c�ncer, quimio e radioterapia, ajudar mesmo, por dois anos. O que me deu uma base para isso foi meu trabalho fichado, pois trabalhei na Cemig de office boy at� os 18 anos. Fui para a Rede Globo com 21 anos, primeiro como porteiro, motorista, passei para cabo man na cabine do SporTV, hoje trabalho para uma produtora que presta servi�o ao SporTV, l� tamb�m conheci o Caixa. Estou querendo focar na pol�tica, at� porque n�o tenho muita experi�ncia, quero dedicar para n�o ficar alheio. Devo me desligar da TV para aprender e estar, de fato, presente”.
