
"Sabemos que ainda temos muitas barreiras, muitos impedimentos. De vez em quando, temos algum problema. Eu, infelizmente, atrasei porque tive um probleminha ao entrar. Ainda que eu dissesse que estava vindo para o nosso evento, no Dia da Pessoa com Defici�ncia, apresentando meu crach�, n�o acreditaram que eu estava neste evento. Pediram para eu dar uma volta, para conseguir ter acesso. E dei a volta e tamb�m n�o foi liberada a minha acessibilidade, a minha entrada".
"Mesmo eu dizendo que era secret�ria nacional dos Direitos da Pessoa com Defici�ncia. Ent�o, eu precisei dizer que eu, ainda sendo uma pessoa surda, n�o sou diferente de ningu�m e isso me mostrou que n�s precisamos ainda lutar bastante, todos os dias das nossas vidas", desabafou.
A secret�ria pediu ainda que o governo federal investisse em cursos de empatia sobre a pessoa deficiente. "Precisamos ter empatia, ter conhecimento da nossa causa e o governo federal � o primeiro que tem mostrado e se preocupado com nossa causa. Pe�o para que os senhores, autoridades do governo federal para que possam ofertar possibilidades e, quem sabe, uma oficina em rela��o � empatia sobre as pessoas com defici�ncia. Temos v�rios servidores que t�m defici�ncia, mas muitas pessoa n�o entendem o que passamos diariamente pois se sentem constrangidas de dizer o que necessitam", concluiu.
O Correio questionou o Gabinete de Seguran�a Institucional (GSI) respons�vel pelo controle de acessos. Em nota, o gabinete alegou que por "desconhecer as instala��es do Pal�cio, a Secret�ria tentou acessar a cerim�nia pelo Anexo, sendo orientada a se deslocar para o estacionamento Oeste, ao lado. Em seguida, como o local j� estava lotado, recebeu nova orienta��o para se dirigir a outro estacionamento com vagas dispon�veis".
Ainda segundo o GSI, "os servidores atuaram corretamente de modo que a Secret�ria chegasse ao evento com a maior brevidade poss�vel".