
O Conselho de Secretarias Municipais de Sa�de de Minas Gerais (Cosems-MG), no entanto, contesta a informa��o. Segundo o presidente da entidade, Eduardo Luiz da Silva, houve desabastecimento das drogas em quest�o em diversas institui��es de sa�de ao longo da pandemia.
"Eu vou falar um fato: o fato � que, em Minas Gerais, tivemos sim falta dos medicamentos do kit de intuba��o", afirmou o dirigente.
Procurada pelo Estado de Minas, a Secretaria de Estado de Planejamento e Gest�o (Seplag) informou que atendeu todas as demandas apresentadas ao �rg�o.
Silva explica que o Cosems realiza um monitoramento semanal do suprimento dos f�rmacos do kit nas institui��es de sa�de mineiras. Um dos registros do m�s de agosto, per�odo que ele classifica como mais cr�tico da virose, mostra que 13 das 14 macrorregi�es do estado acusavam estoques zerados dos produtos.
A situa��o mais preocupante na ocasi�o era a macrorregi�o Tri�ngulo, que abrange 35 munic�pios, incluindo Uberaba e Uberl�ndia. O estoque de nove, entre 22 f�rmacos monitorados pelo Cosems, chegou a ficar zerado ou praticamente zerado nos hospitais da regi�o.

As drogas s�o utilizadas na chamada intuba��o orotraqueal, procedimento por meio do qual profissionais de sa�de induzem a ventila��o pulmonar em pacientes com capacidade respirat�ria comprometida pelo novo coronav�rus.
Troca solid�ria
O presidente do Cosems diz que foi justamente a situa��o de desabastecimento que levou � cria��o de um sistema de troca solid�ria entre institui��es de sa�de p�blicas e privadas, uma das iniciativas que teriam evitado um colapso hospitalar em Minas.
"Por uma articula��o do Cosems, n�s estruturamos uma troca solid�ria, que foi mediada pelo Minist�rio P�blico, na figura do CAO-Sa�de (Centro de Apoio Operacional de Defesa da Sa�de). Isso come�ou com o Hospital Santa Ros�lia de Te�filo Otoni e a Feluma (Funda��o respons�vel pela gest�o do Hospital Universit�rio Ci�ncias M�dicas de Minas Gerais), que � uma institui��o particular", relata o gestor.
"Aderimos tamb�m �s atas de monitoramento de registro de pre�os do Minist�rio da Sa�de. Foi ent�o que come�ou essa articula��o para n�o deixar faltar (rem�dios) para o paciente na beira do leito", completa Eduardo.
Ele afirma que a Secretaria de Estado de Sa�de (SES-MG) apoiou o programa, por meio dos comit�s macrorregionais de enfrentamento � COVID-19. "Considero que a estrat�gia adotada pelo governo para prover os medicamentos foi assertiva. Houve investimento, o estado adquiriu medicamentos do kit de intuba��o para distribui��o aos hospitais - e o investimento necess�rio. Mas dizer que n�o faltou medicamente, a gente n�o pode dizer", pondera Eduardo Luiz.
De acordo com o dirigente, no momento, o suprimento de f�rmacos nos estoques dos hospitais mineiros � satisfat�rio e n�o h� risco de desabastecimento. "N�o temos, at� este momento, nenhuma institui��o com falta de itens do kit", tranquiliza o presidente.
Resposta da Seplag
Em nota enviada � reportagem, a Secretaria de Estado de Planejamento e Gest�o (Seplag) informou que, "como respons�vel pelo processo de compras", n�o registrou falta dos medicamentos e que houve atendimento de todas as demandas apresentadas.
A pasta ressaltou ainda que o governo participou ativamente da rede solid�ria institu�da para garantir o fornecimento dos f�rmacos onde houvesse necessidade.
"Foram v�rias a��es, desde a permuta solid�ria ao financiamento de R$ 70 milh�es aos hospitais no in�cio da pandemia para aquisi��o de insumos, estrutura��o para o enfrentamento da pandemia e aquisi��o de medicamentos para assegurar um estoque regulador do Estado.", finalizou o texto.