
O deputado estadual Agostinho Patrus (PV), presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, faz um balan�o positivo dos trabalhos da Casa no ano de 2020. Apesar do impacto do coronav�rus, que contaminou mais de 522 mil mineiros e causou at� ontem 11.585 mortes no estado, Patrus destaca que as atividades n�o pararam. A ALMG conseguiu, mesmo com parte dos trabalhos realizados de maneira remota, aprovar projetos importantes, como a reforma da Previd�ncia.
Para 2021, o deputado coloca na sua lista de desejos a r�pida imuniza��o da popula��o, para que Minas possa retomar suas atividades. Ele revelou, inclusive, que a verba economizada pela ALMG em 2020 pode ser destinada para a compra de vacinas, assim que haja disponibilidade no mercado.
Belo-horizontino e atleticano, Agostinho Patrus est� em seu quarto mandato de deputado e preside a Assembleia desde 2019. A exposi��o e a experi�ncia adquiridas com a presid�ncia fazem com que o nome dele seja cotado para a disputa de outros cargos nas elei��es de 2022. Senador? Governador? Mineiramente, Agostinho escapuliu: “Ainda tem muito tempo, muita �gua para passar debaixo da ponte. Isso depende da popula��o”.
Belo-horizontino e atleticano, Agostinho Patrus est� em seu quarto mandato de deputado e preside a Assembleia desde 2019. A exposi��o e a experi�ncia adquiridas com a presid�ncia fazem com que o nome dele seja cotado para a disputa de outros cargos nas elei��es de 2022. Senador? Governador? Mineiramente, Agostinho escapuliu: “Ainda tem muito tempo, muita �gua para passar debaixo da ponte. Isso depende da popula��o”.
Qual o balan�o que o senhor faz dos trabalhos da Assembleia no ano de 2020, este ano t�o dif�cil para todos n�s, por causa da pandemia?
Foi um ano muito produtivo, pois a Assembleia manteve o seu funcionamento. Entendemos que, nas horas mais cr�ticas, de maiores dificuldades, � que o parlamento tem que estar atuante e pronto para dar respostas para a sociedade. L�gico que, no primeiro momento, reduzimos o n�mero de servidores, e at� hoje temos um n�mero menor na Casa.
Diminu�mos, tamb�m, a presen�a dos parlamentares, que passaram a atuar de forma remota. As comiss�es tamb�m funcionando de forma remota, depois h�brida, com alguns na Casa e outros fora. Em meio a isso tudo, acabamos votando projetos muito relevantes para a popula��o. Em setembro, aprovamos a reforma da Previd�ncia, que sempre � um tema muito sens�vel, cr�tico. Antes da pandemia, t�nhamos votado o aumento dos servidores da seguran�a p�blica.
Depois, o governo do estado entendeu por bem vetar dois artigos que dariam aumentos para 2021 e 2022. E a Assembleia manteve o veto do governador. Se esses tr�s aumentos fossem dados, depois do terceiro ano, em 2022, significariam cerca de R$ 5 bilh�es de custo ao estado, somente no que tange � folha dos servidores. Isso segundo o pr�prio governo e os assessores das diversas comiss�es ligadas � fiscaliza��o financeira.
Votamos muitos temas ligados ao coronav�rus, o uso obrigat�rio da m�scara, a calamidade p�blica no estado e tamb�m de quase 500 prefeituras. Assim, possibilitamos que eles pudessem remanejar seus or�amentos, aumentar despesas e contratar pessoas para �rea da sa�de. Acredito que foi um ano de muito trabalho na Casa.
Diminu�mos, tamb�m, a presen�a dos parlamentares, que passaram a atuar de forma remota. As comiss�es tamb�m funcionando de forma remota, depois h�brida, com alguns na Casa e outros fora. Em meio a isso tudo, acabamos votando projetos muito relevantes para a popula��o. Em setembro, aprovamos a reforma da Previd�ncia, que sempre � um tema muito sens�vel, cr�tico. Antes da pandemia, t�nhamos votado o aumento dos servidores da seguran�a p�blica.
"Votamos muitos temas ligados ao coronav�rus, o uso obrigat�rio da m�scara, a calamidade p�blica no estado e tamb�m de quase 500 prefeituras"
Agostinho Patrus (PV), presidente da ALMG
Depois, o governo do estado entendeu por bem vetar dois artigos que dariam aumentos para 2021 e 2022. E a Assembleia manteve o veto do governador. Se esses tr�s aumentos fossem dados, depois do terceiro ano, em 2022, significariam cerca de R$ 5 bilh�es de custo ao estado, somente no que tange � folha dos servidores. Isso segundo o pr�prio governo e os assessores das diversas comiss�es ligadas � fiscaliza��o financeira.
Votamos muitos temas ligados ao coronav�rus, o uso obrigat�rio da m�scara, a calamidade p�blica no estado e tamb�m de quase 500 prefeituras. Assim, possibilitamos que eles pudessem remanejar seus or�amentos, aumentar despesas e contratar pessoas para �rea da sa�de. Acredito que foi um ano de muito trabalho na Casa.
E o que o senhor projeta para 2021?
Primeiro, torcemos para que a vacina possa, rapidamente, chegar aos mineiros. Para que assim as pessoas possam retornar �s suas vidas. Eu imagino quantas pessoas v�o passar, pela primeira vez, o Natal afastadas dos seus av�s, pais, irm�os, primos, por causa do coronav�rus. Imagine o sofrimento disso tudo? Torcemos pela vacina e que, com isso, todos tenham seguran�a de retornar �s suas atividades.
Temos in�meros lares em Minas Gerais em que hoje h� gente desempregada, gente que contribu�a com o or�amento da casa e deixou de ter seu sal�rio por causa da pandemia. Muitos neg�cios que se fecharam: lojas, restaurantes, ind�strias. Para 2021, se a gente pudesse pedir a Deus, acho que seria a vacina.
Estamos vendo outros pa�ses j� vacinando, Inglaterra, Estados Unidos. E ficamos torcendo para que o brasileiro, em especial o mineiro, a tenha o mais r�pido poss�vel. A Assembleia aprovou um projeto de lei que prev� que a vacina em Minas Gerais ser� facultativa e gratuita. Temos visto uma politiza��o do assunto pelo Brasil.
Temos in�meros lares em Minas Gerais em que hoje h� gente desempregada, gente que contribu�a com o or�amento da casa e deixou de ter seu sal�rio por causa da pandemia. Muitos neg�cios que se fecharam: lojas, restaurantes, ind�strias. Para 2021, se a gente pudesse pedir a Deus, acho que seria a vacina.
"A Assembleia est� pronta para contribuir, sem entrar nessa de quem est� a favor da vacina de um lado e quem est� contra a vacina de outro. O que interessa � imunizar a popula��o, proteger as fam�lias"
Agostinho Patrus (PV), presidente da ALMG
Estamos vendo outros pa�ses j� vacinando, Inglaterra, Estados Unidos. E ficamos torcendo para que o brasileiro, em especial o mineiro, a tenha o mais r�pido poss�vel. A Assembleia aprovou um projeto de lei que prev� que a vacina em Minas Gerais ser� facultativa e gratuita. Temos visto uma politiza��o do assunto pelo Brasil.
Como o Legislativo pode ajudar essa imuniza��o chegar mais r�pido para a popula��o?
Estamos prontos para contribuir. Temos economizado recursos. Vamos ver, em janeiro, o que poder� ser devolvido ao estado. Quem sabe parte disso possa ser utilizado na compra das vacinas para poder atender a popula��o? Ano passado, conseguimos devolver cerca de R$ 50 milh�es. Ainda n�o conseguimos resolver, porque tem coisas de dezembro que s�o pagas s� em janeiro.
Tudo que for necess�rio, a Assembleia vai fazer. Se precisar votar novamente o estado de calamidade p�blica no estado, vamos votar. Se precisar remanejar or�amento, estamos prontos para isso. Remanejamos R$ 300 milh�es de emendas parlamentares neste ano. �s vezes, deputados estavam indicando verbas para amplia��o de escolas, reforma de pra�as, gin�sios poliesportivos. Isso tudo foi retirado para dar prioridade �s quest�es de sa�de nos munic�pios.
Indo para unidades de sa�de, compra de rem�dios, equipamentos de prote��o para os profissionais. A Assembleia est� pronta para contribuir, sem entrar nessa de quem est� a favor da vacina de um lado e quem est� contra a vacina de outro. O que interessa � imunizar a popula��o, proteger as fam�lias. O restante vai passar. Daqui a alguns anos, ningu�m mais vai se lembrar dessa discuss�o pol�tica. Vamos lembrar e sentir saudades daqueles que partiram, que infelizmente n�o conseguiram esperar uma vacina.
Tudo que for necess�rio, a Assembleia vai fazer. Se precisar votar novamente o estado de calamidade p�blica no estado, vamos votar. Se precisar remanejar or�amento, estamos prontos para isso. Remanejamos R$ 300 milh�es de emendas parlamentares neste ano. �s vezes, deputados estavam indicando verbas para amplia��o de escolas, reforma de pra�as, gin�sios poliesportivos. Isso tudo foi retirado para dar prioridade �s quest�es de sa�de nos munic�pios.
"Em meio a isso tudo, acabamos votando projetos muito relevantes para a popula��o. Em setembro, aprovamos a reforma da Previd�ncia, que sempre � um tema muito sens�vel, cr�tico"
Agostinho Patrus (PV), presidente da ALMG
Indo para unidades de sa�de, compra de rem�dios, equipamentos de prote��o para os profissionais. A Assembleia est� pronta para contribuir, sem entrar nessa de quem est� a favor da vacina de um lado e quem est� contra a vacina de outro. O que interessa � imunizar a popula��o, proteger as fam�lias. O restante vai passar. Daqui a alguns anos, ningu�m mais vai se lembrar dessa discuss�o pol�tica. Vamos lembrar e sentir saudades daqueles que partiram, que infelizmente n�o conseguiram esperar uma vacina.
Nas elei��es de 2022, o senhor tentar� a reelei��o para deputado estadual ou pretende se lan�ar para outro cargo?
Ah, vamos ver… Ainda tem muito tempo, muita �gua para passar debaixo da ponte. L�gico, os presidentes da Assembleia sempre disputaram outros cargos. Governador, vice-governador, senador. Vamos ver o que vai acontecer. Estou preocupado com esses dois anos aqui na Assembleia, para continuar o fortalecimento do parlamento. Criamos uma Assembleia que fiscaliza, criamos as prerrogativas.
Esse � o trabalho para os pr�ximos dois anos. Costumo sempre lembrar que todos achavam que, no segundo turno da elei��o para governador, daria Anastasia e Pimentel. E deu Zema em primeiro, com Anastasia em segundo. Ent�o, quem achar que, com essa dist�ncia toda, vai fazer plano para daqui a dois anos, est� completamente errado. Isso depende da popula��o.
Esse � o trabalho para os pr�ximos dois anos. Costumo sempre lembrar que todos achavam que, no segundo turno da elei��o para governador, daria Anastasia e Pimentel. E deu Zema em primeiro, com Anastasia em segundo. Ent�o, quem achar que, com essa dist�ncia toda, vai fazer plano para daqui a dois anos, est� completamente errado. Isso depende da popula��o.
O senhor sempre teve bom relacionamento com o governo Zema, mas teve um desentendimento com o secret�rio de Planejamento, Otto Levy. Chegou a cham�-lo de ‘fake news’. Por qu�?
N�o adiantava ficar pedindo pressa para votar a reforma da Previd�ncia. Voc� viu quanto o projeto de lei foi modificado, o quanto melhorou, para incluir as professoras e outras modifica��es importantes. A Assembleia tem o seu tempo. N�s votamos a tempo. N�o modificaria nada votar no dia 19 ou dia 20, pois s� come�ar� a valer a partir de 31 de dezembro. Mas n�s acabamos fazendo as pazes. O secret�rio Otto � atleticano, assim como eu (risos).