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Estado de Minas Poder

Disputa pela C�mara dos Deputados � a largada para 2022

Elei��o para Presid�ncia da C�mara entre o candidato de Rodrigo Maia e o de Bolsonaro vai definir o posicionamento dos partidos para a sucess�o presidencial


04/01/2021 04:00 - atualizado 04/01/2021 07:22

Rodrigo Maia e Bolsonaro já estiveram próximos e hoje estão em lados opostos de olho nas urnas no ano que vem (foto: Marcos Correa/PR - 28/5/19)
Rodrigo Maia e Bolsonaro j� estiveram pr�ximos e hoje est�o em lados opostos de olho nas urnas no ano que vem (foto: Marcos Correa/PR - 28/5/19)
Distante no horizonte para muitos brasileiros, as elei��es presidenciais de 2022 j� est�o no radar do jogo pol�tico e tende a aquecer ainda mais nas negocia��es este ano.

O primeiro embate para medir as for�as come�a no dia 1º de fevereiro com a elei��o para as presid�ncias da C�mara e do Senado. Por um lado, Rodrigo Maia (DEM-RJ) busca eleger Baleia Rossi (MDB-SP) para sua sucess�o ancorado nos partidos de esquerda e contr�rios ao governo. Na outra ponta, Arthur Lira (PP-AL) busca derrotar o democrata com apoio do Pal�cio do Planalto.

Ap�s comandar a Casa por quase cinco anos, Rodrigo Maia acredita que elegendo Baleia Rossi vai manter o controle da pauta legislativa, podendo fazer frente ao Executivo.

Nos bastidores, o parlamentar vem articulando uma candidatura de centro para fazer oposi��o a Jair Bolsonaro em 2022. Para isso, Maia j� se aproximou do governador de S�o Paulo, Jo�o Doria (PSDB), do ex-governador do Cear� Ciro Gomes (PDT), do governador de Pernambuco, Paulo C�mara (PSB), e at� do apresentador de TV Luciano Huck.

Recentemente, o democrata afirmou que seu principal foco ser� a constru��o dessa frente quando deixar a cadeira da presid�ncia.

Na vis�o do professor Arnaldo Mauerberg Junior, do Instituto de Ci�ncia Pol�tica da Universidade de Bras�lia (UnB), as elei��es das Mesas Diretoras do Congresso ser�o determinantes para influenciar nas alian�as futuras.

“Se o Lira ganhar, Bolsonaro pode avan�ar com suas pautas conservadoras e ter um capital para apresentar ao seu eleitor. No caso do candidato do Maia, a pauta da C�mara vai fluir conforme a vontade da Casa, e isso pode n�o ajudar o governo”, explica.

Na esteira das movimenta��es de Maia, o presidente Bolsonaro marcou para o primeiro trimestre deste ano a defini��o de um partido para se abrigar e j� come�ar a desenhar sua candidatura � reelei��o.

Depois de deixar o PSL, Bolsonaro tentou criar o Alian�a pelo Brasil, mas o partido ainda n�o conseguiu sair do papel e por isso ele deve se filiar a uma sigla j� existente.

Na avalia��o de pessoas pr�ximas ao presidente, a falta de um partido acabou prejudicando os candidatos bolsonaristas nas elei��es municipais deste ano. Sem o Alian�a, esses candidatos acabaram pulverizados em outras siglas, e por isso, n�o tiveram os desempenhos esperados.

Partidos 


No radar de Bolsonaro, est� o PTB, comandado por Roberto Jeffersson, o Republicanos, que j� conta com a filia��o de dois filhos do presidente, e o PP, que lidera o Centr�o no Congresso.

Caso Arthur Lira ven�a a disputa pelo comando da C�mara, o PP ganha mais peso na decis�o de filia��o do presidente.

O partido foi um dos que mais cresceu nas elei��es municipais, se tornando a segunda maior sigla em n�mero de prefeitos e vereadores, o que garantiria palanque para Bolsonaro em diversas regi�es do pa�s.

Presidente nacional do PP, o senador Ciro Nogueira (PI), afirma que a sigla seria unificada no projeto de reelei��o de Bolsonaro.

“Eu j� manifestei o convite e seria uma honra ter o Bolsonaro no nosso partido. Praticamente 99% do PP tem identifica��o com o presidente, ent�o se isso ocorrer, unificaria o partido no projeto de reelei��o em 2022”, admite.

Com parte da esquerda flertando com as alian�as de Rodrigo Maia, partidos como PT e Psol v�o buscar  uma demarca��o de territ�rio maior na oposi��o.

Enquanto a sigla do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva v� o seu capital pol�tico ruir pela falta de novas lideran�as, o Psol tenta dar musculatura para Guilherme Boulos ampliar o capital pol�tico depois da vota��o expressiva que teve em S�o Paulo.

Para Marcelo Senise, especialista em Marketing Pol�tico e Digital, a estrat�gia de antecipa��o do cen�rio pol�tico est� se dando justamente pela falta de novos l�deres pol�ticos e pelo amadurecimento do eleitor.

“A elei��o municipal foi um espelho do que poder� ocorrer em 2022. Nas pr�ximas elei��es, o candidato n�o poder� ser apenas anti-PT ou anti-Bolsonaro, pois o eleitor n�o vai aceitar isso. Ent�o � preciso construir o ambiente eleitoral desde j�”, afirma Senise.

Moro esquecido

Enquanto nomes pol�ticos tradicionais v�o ganhando espa�o com seus acordos, o ex-ministro da Justi�a Sergio Moro vai perdendo capital. O ex-juiz ganhou proje��o nacional ap�s julgar os processos da Lava Jato e nunca negou que tenha pretens�es na seara pol�tica, no entanto, vem perdendo f�lego nos �ltimos meses.

Atualmente, Moro � descartado tanto pela esquerda, liderada pelo PT, quanto por parte da direita, de Jair Bolsonaro. O ex-ministro tamb�m n�o tem penetra��o no grupo liderado por Rodrigo Maia.

Na avalia��o do professor Arnaldo Mauerberg,  da UnB, apesar de Sergio Moro ter ganhado popularidade, ele sempre foi um candidato invi�vel pela falta de articula��o pol�tica.



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