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Estado de Minas APOIO

Comando da C�mara e Senado: Centr�o apresenta a fatura para Bolsonaro

Bolsonaro busca apoio parlamentar para eleger Lira na C�mara e Pacheco no Senado, mas � pressionado para oferecer recursos e cargos no governo


24/01/2021 04:00 - atualizado 24/01/2021 07:21

Bolsonaro tem no Centrão sua base de apoio no Congresso (foto: Correio Braziliense)
Bolsonaro tem no Centr�o sua base de apoio no Congresso (foto: Correio Braziliense)
Bras�lia – A campanha eleitoral para as presid�ncias da C�mara e do Senado se aproxima da reta final, e o presidente Jair Bolsonaro tem mantido di�logos frequentes com congressistas em busca de mais votos para os dois candidatos apoiados por ele: o deputado Arthur Lira (PP-AL) e o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

Mesmo tendo dito, meses atr�s, que n�o tentaria interferir nas elei��es do Legislativo, Bolsonaro tem estimulado partidos e frentes parlamentares a seguir a orienta��o do governo. Em contrapartida, ele est� sendo sondado sobre a possibilidade de oferecer cargos na administra��o federal e recursos.
 
Os cofres, por sinal, est�o escancarados. Em dezembro de 2020, j� com o Planalto envolvido nas elei��es, o Tesouro liberou R$ 550 milh�es em emendas individuais de parlamentares.

Com isso, o total de emendas pagas passou de R$ 4,2 bilh�es, em 2019, para R$ 6,7 bilh�es, no ano passado. As negocia��es envolvem cargos em minist�rios e �rg�os de segundo e terceiro escal�es.

Algumas das pastas mais propensas a acomodar as indica��es de parlamentares s�o a do Desenvolvimento Regional, da Economia e da Infraestrutura.

H� duas semanas, a exonera��o do superintendente do Instituto Nacional de Coloniza��o e Reforma Agr�ria (Incra), em Sergipe, foi um sinal das mudan�as.

Victor Alexandre Sande Santos, que assumiu o posto em julho de 2020 por indica��o do deputado Fabio Reis (MDB-SE), foi retirado do cargo — o emedebista deve apoiar Baleia Rossi (MDB-SP) para a disputa na C�mara.
 
Outra retalia��o do governo ser� ao deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ). Na semana passada, depois de a legenda anunciar que votar� em Rossi, ele foi comunicado pelo presidente do partido, deputado Paulinho da For�a (SP), que o Executivo deve exonerar tr�s pessoas indicadas por ele para cargos na administra��o federal: duas para a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e uma para a superintend�ncia do Minist�rio da Agricultura no Rio de Janeiro.
 
E � justamente na Casa comandada por Rodrigo Maia (DEM-RJ) que Bolsonaro tem apelado por mais votos. Se os partidos t�m interesse em assumir fun��es no governo, o chefe do Executivo tamb�m conta com as pr�prias ambi��es: o desejo de tocar a agenda de costumes e, sobretudo, evitar processo de impeachment.

Na campanha por Lira, Bolsonaro j� pediu, publicamente, que a bancada ruralista da C�mara vote no l�der do Centr�o e, na sexta-feira passada, recebeu cerca de 20 deputados que integram a Frente Parlamentar da Agropecu�ria (FPA) para um caf� da manh� no Pal�cio da Alvorada.

O grupo conta com 228 integrantes e est� rachado para as elei��es do Congresso. Enquanto o presidente Sergio Souza (MDB-PR) j� disse que apoia Baleia, alguns dos deputados que estiveram no encontro com Bolsonaro declararam ser favor�veis a Lira.

CONTRAPARTIDA


Na avalia��o de analistas pol�ticos, ser� dif�cil para Bolsonaro eximir-se de contrapartidas aos parlamentares por causa dos pedidos de votos aos candidatos que ele tem prefer�ncia.

O cientista pol�tico Rodrigo Prando, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, lembra que “hoje, o governo tem no Centr�o um fiador, inclusive tentando evitar o prosseguimento de qualquer um dos impeachments” e que “sem d�vida, a conta ser� apresentada, pois n�o h� possibilidade de apoio sem troca”.

“S�o negocia��es realizadas com cada deputado, eles chegam com demandas muito distintas. Vai depender do volume de apoio que um deputado ou um partido dar� ao presidente. Pode ser em forma de verbas para uma determinada regi�o, para um projeto em um munic�pio que � a base eleitoral de um deputado”, observa.

“Podem ser cargos no primeiro e segundo escal�es ou mesmo pela indica��o de um ministro por parte de um grupo ou partido numa poss�vel reforma ministerial.”
 
Adriano Oliveira, cientista pol�tico e professor da Universidade Federal de Pernambuco, refor�a que Bolsonaro n�o ter� como fugir de uma reforma ministerial.

Cargos em diretorias de estatais, como o Banco do Brasil e o Banco do Nordeste, tamb�m podem entrar na negocia��o.

“O Centr�o est� de olho em bons minist�rios, com maiores verbas. Mas, claro que o presidente aguardar� o resultado para discutir essa dan�a das cadeiras”, opina.


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