
Transcendendo as paredes do Senado Federal, a Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da COVID vem chamando a aten��o dos brasileiros, que, atentos �s atualiza��es pol�ticas, procuram respostas e respons�veis pelas mais de 500 mil mortes pela COVID-19 no Brasil.
Nas redes sociais, os senadores que participam da comiss�o se conectam cada vez mais com os eleitores e disponibilizam documentos, informa��es e questionamentos para olhares curiosos. Al�m da boa repercuss�o, os pol�ticos transformam os likes e compartilhamentos em palanques para crescer em suas bases eleitorais.
Nas redes sociais, os senadores que participam da comiss�o se conectam cada vez mais com os eleitores e disponibilizam documentos, informa��es e questionamentos para olhares curiosos. Al�m da boa repercuss�o, os pol�ticos transformam os likes e compartilhamentos em palanques para crescer em suas bases eleitorais.
O Estado de Minas analisou as redes sociais dos 11 membros da CPI e dos senadores mais ativos na comiss�o. O presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), vem sendo procurado pelos brasileiros nas redes. Com posicionamentos fortes e falas contundentes sobre o estado do Amazonas, Aziz vem sendo considerado pelos bastidores da pol�tica como uma verdadeira inc�gnita. Isso porque, apesar de n�o ter posicionamento igual ao do governo Bolsonaro, Aziz vem cedendo alguns posicionamentos para a base governista da comiss�o.
Nas redes sociais, o senador vem sendo um dos membros mais ativos. Publicando atualiza��es e quest�es discutidas na CPI, o senador j� acumula mais de 100 mil seguidores no Twitter. Cerca de 11 mil pessoas seguem ele no Instagram e 96 mil o curtem no Facebook. Na p�gina oficial do senador, 98 mil pessoas o seguem. “Estamos aqui para ouvir e questionar todos os lados, esclarecer fatos e chegar aos culpados por tanta omiss�o durante a crise sanit�ria que estamos vivendo”, escreveu Aziz no Twitter.
Outro nome bem ativo nas redes � o do vice-presidente da CPI, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Ele chegou at� mesmo a entrar na onda dos jovens e come�ar a publicar v�deos no aplicativo Tik Tok. L�, o senador mostra seu dia a dia e publica como s�o os minutos antes de as sess�es da comiss�o come�arem. Em um v�deo, ele aparece tomando caf�, dando entrevistas e se dirigindo � CPI da COVID. “�cone das redes”, como � chamado pelos seus apoiadores, Randolfe j� coleciona 327 mil seguidores no Twitter. Ele tem mais de 180 mil seguidores no Instagram e 200 mil curtidas no Facebook. Mais de 200 mil pessoas o seguem na p�gina oficial. Randolfe inclusive utiliza as redes para anunciar que protocolou requerimentos para convoca��o de depoimentos na CPI. “Estou convocando o Sr. Osmar Terra e o Sr. Paolo Zanotto para comparecer � CPI da COVID”, escreveu Randolfe.
O nome mais pol�mico da CPI � do relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL). Muito se discutiu se o ex-presidente do Senado era apto para o cargo, j� que seu filho, Renan J�nior (MDB), � governador de Alagoas. A comiss�o, al�m de investigar as a��es do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), tamb�m investiga os repasses do governo a estados e munic�pios. Em contrapartida, o senador � sucesso nas redes sociais. No Instagram, Renan usa a “caixa de perguntas" para receber sugest�es de questionamentos para depoentes da CPI. Nas sess�es, ele chega a citar que a pergunta, feita por ele, foi enviada via redes sociais. “Essa � a CPI mais conectada da hist�ria, contamos com a participa��o de todos os brasileiros”, disse na sexta-feira atrasada.
Renan tem mais de 207 mil seguidores no Twitter e � o membro da comiss�o mais seguido. No Instagram, o senador coleciona 238 mil seguidores. No Facebook, a p�gina oficial de Renan tem mais de 312 mil curtidas e 314 mil seguidores. Al�m de pedir a opini�o popular, Renan tamb�m opina sobre os assuntos da CPI nas redes sociais. Na tarde de quinta-feira, o senador falou sobre a “imunidade de rabanho”, teoria defendida por Bolsonaro. “S� vacinas salvam e imunizam. Imunidade de rebanho por cont�gio, como novamente defendeu Bolsonaro, � criminoso. N�o d� mais para continuarmos a ver o chefe de governo escarnecer de vidas quando perdemos 500 mil brasileiros. Muitas perdas causadas por sua puls�o de morte”, escreveu o senador.
O lado Bolsonarista
Derrotado na articula��o pol�tica, aliados de Bolsonaro acabaram sendo minoria e indicaram apenas quatro titulares na CPI. Na ala governista, muito ligada nas redes, est� Ciro Nogueira (PP-PI), que utiliza as redes para promover o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e as a��es do governo. Ciro tem mais de 19 mil seguidores no Twitter e mais de 67 mil no Instagram, onde ele posa ao lado de ministros do governo e compartilha as a��es realizadas em seu estado, o Piau�. Nogueira tem mais de 70 mil seguidores no Facebook.
Al�m dele, Eduardo Gir�o (Podemos-CE) tamb�m � bem ativo nas redes. O senador tem mais de 55 mil seguidores no Twitter, 87 mil no Instagram e 55 mil curtidas no Facebook. Mais de 73 mil pessoas seguem o senador na p�gina oficial. Na maioria dos “posts”, Gir�o publica not�cias sobre a CPI. Ele tamb�m compartilha trechos de suas falas e faz “stories” sobre seu dia a dia. Na quarta-feira, o senador foi at� as redes falar sobre a convoca��o de cientistas que defendem o uso de rem�dios sem efic�cia comprovada contra a COVID-19. “Por que tanto medo de ouvir cientistas e m�dicos renomados a favor do tratamento precoce? CPI s� quer apenas uma narrativa e o relator j� est� com relat�rio pronto”, escreveu.
Outro membro da ala governista � Jorginho Mello (PL-SC). O senador � muito ativo no Twitter, sempre ponderando as a��es da CPI e comentando os �ltimos acontecimentos. Ele tem cerca de 23 mil seguidores na p�gina. No Instagram, Jorginho Mello tamb�m faz muitas postagens. Nas fotos, ele posa ao lado de membros do governo e em uma postagem aparece ao lado do dono da Havan, o empres�rio Luciano Hang. Jorginho tamb�m posta diversos v�deos ao lado do chefe do Executivo, a quem chama de “amigo”. Ele tem mais de 35 mil seguidores na p�gina. No Facebook, o governista tem 35 mil curtidas e 56 mil seguidores.
Presidente do Democratas em Rond�nia e vice-l�der do governo Bolsonaro no Senado, o senador Marcos Rog�rio (DEM) acumula mais de 74 mil seguidores no Twitter. No Instagram, ele acumula mais de 127 mil seguidores. Marcos Rog�rio tamb�m utiliza ferramenta dos stories. L�, ele mostra o dia a dia como senador, compartilha ideias e v�deos da CPI. “O que aconteceu em Manaus foi grave e pode representar um crime de responsabilidade! A oposi��o mente ao tentar atribuir ao presidente Bolsonaro uma responsabilidade que compete ao governo estadual e � prefeitura! A oposi��o ter� que virar a p�gina e trabalhar com outra narrativa”, postou no Twitter.
Mulheres? Presente!
Apesar de n�o serem membros, a bancada feminina est� presente na CPI da COVID. Algumas senadoras fazem quest�o de participar e fazer questionamentos aos depoentes. Entre as mais ativas est�o a l�der da bancada, senadora Simone Tebet (MDB-MS), Leila Barros (PSB-DF) e Eliziane Gama (Cidadania-MA).
Tebet tem mais de 192 mil seguidores no Twitter, 32 mil no Instagram, 148 mil curtidas e 150 mil seguidores no Facebook. Leila tem 23 mil no Twitter, 41 mil no Instagram, 35 mil curtidas e 46 mil seguidores no Facebook. J� Eliziane, 29 mil seguidores no Twitter, 41 mil no Instagram, 34 mil curtidas e 45 mil seguidores no Instagram.
Tebet tem mais de 192 mil seguidores no Twitter, 32 mil no Instagram, 148 mil curtidas e 150 mil seguidores no Facebook. Leila tem 23 mil no Twitter, 41 mil no Instagram, 35 mil curtidas e 46 mil seguidores no Facebook. J� Eliziane, 29 mil seguidores no Twitter, 41 mil no Instagram, 34 mil curtidas e 45 mil seguidores no Instagram.
‘Independente’, sim, mas n�o desconectado
Al�m do presidente da CPI, Omar Aziz, e do relator, Renan Calheiros, outros tr�s senadores s�o considerados “independentes”. S�o eles: Otto Alencar (PSD-BA), Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Eduardo Braga (PMDB-AM). M�dico, ex-professor e 48º governador do estado da Bahia, Otto Alencar vem chamando a aten��o por seus posicionamentos contra o uso do “tratamento precoce”, sem efic�cia comprovada contra a COVID-19. O senador, que n�o era t�o conhecido nas redes sociais antes da CPI, tem mais de 58 mil seguidores no Twitter e 70 mil no Instagram. Nas redes, Alencar � uma clara oposi��o ao presidente Jair Bolsonaro.
Otto � um dos senadores que compartilham os documentos da CPI pelas redes sociais. Al�m disso, compartilha um quadro chamado de “Resum�o da semana”, onde o v�deo mostra os pontos mais importantes discutidos na comiss�o. Al�m dos documentos, Otto tamb�m vem usando as redes para falar sobre os posicionamentos de Bolsonaro durante a pandemia. “Todos os atestados de �bito por COVID s�o assinados por m�dicos. Bolsonaro acusa que tem menos mortes. Onde est�o o CFM e os conselhos regionais que n�o apuram? Nenhum m�dico daria um atestado que n�o fosse compat�vel com a doen�a. O presidente, como sempre, mente.” No Facebook, o senador baiano tem 56 mil curtidas e 61 mil seguidores na p�gina oficial.
Tasso Jereissati tem 44 mil seguidores no Twitter. No Instagram, ele compartilha suas ideias com mais de 40 mil seguidores. No Facebook, a p�gina oficial do senador tem 87 mil curtidas e 88 mil seguidores. J� Eduardo Braga compartilha suas ideias com mais de 82 mil pessoas no Twitter. O senador utiliza muito o Instagram, onde tem mais de 40 mil seguidores e mais de 5 mil posts. Senador pelo Amazonas, onde a sa�de sofreu colapso durante a pandemia, ele compartilha diversas a��es realizadas no estado para o combate � COVID. “Quanto mais apuramos os fatos na CPI da Pandemia, mais espalham mentiras e not�cias falsas a meu respeito”, escreveu no Twitter. No Facebook, onde ele compartilha v�deos, tem 307 mil curtidas e 311 mil seguidores.
Outros nomes, apesar de n�o serem membros oficiais da CPI, est�o chamando a aten��o nas redes sociais. De um lado, o policial federal Alessandro Vieira (Cidadania-SE). Do outro, o agr�nomo Luis Carlos Heinze (PP-RS). Na �ltima ter�a-feira, Vieira anunciou pelo Twitter que entrar� com uma representa��o contra Heinze no Conselho de �tica do Senado, em raz�o das “informa��es falsas” apresentadas pelo parlamentar do Rio Grande do Sul durante a CPI. Heinze � defensor do tratamento precoce. As falas do senador acabaram virando meme nas redes sociais. Ele j� compartilha mais de 38 mil seguidores. No Instagram, ele fala sobre suas ideias para mais de 22 mil pessoas e posta sobre a cloroquina, hidroxicloroquina e ivermectina. Alessandro Vieira tamb�m vem aumentando os n�meros nas redes. O policial tem 111 mil seguidores no Twitter e 83 mil seguidores no Instagram. Na p�gina, o senador fala sobre o combate � pandemia e alerta para as not�cias falsas.