
A nomea��o ocorreu em junho passado, quando o general comandava interinamente o minist�rio e Bolsonaro consolidava seu casamento com o Centr�o. O secret�rio substituiu Wanderson Oliveira, servidor federal e especialista em epidemias.
Medeiros participou da primeira reuni�o no minist�rio, em novembro, com representantes da Precisa - empresa que faz a intermedia��o da Covaxin, produzida pelo laborat�rio indiano Bharat Biotech. A Precisa pertence a Francisco Maximiano, um empres�rio que � r�u com Ricardo Barros em um processo de 2018 referente � compra de medicamentos quando o atual l�der do governo foi ministro. Foi Dias, o diretor ligado ao Centr�o, quem deu a ordem de empenho de R$ 1,6 bilh�o para compra da Covaxin mesmo com inconsist�ncias no processo.
As principais suspeitas pairam sobre o ex-diretor, apontado como um dos chefes que exerceram press�o sobre o servidor ao qual cabia liberar os tr�mites para importa��o da vacina indiana.
O nome dele surgiu em depoimentos do chefe da Divis�o de Importa��o do minist�rio, o servidor de carreira Luis Ricardo Fernandes Miranda, irm�o do deputado Luis Miranda (DEM-DF). Antes das den�ncias dos irm�os Miranda, Bolsonaro, governistas e aliados das For�as Armadas vinham sendo criticados por omiss�o, pela inefici�ncia e pelo desprezo � ci�ncia na pandemia.
Ao assumir o minist�rio, Pazuello levou consigo ao menos 20 militares da ativa e da reserva. O caso Covaxin atinge tr�s deles. Coronel Elcio Franco, ex-n�mero 2 da pasta, o tenente-coronel Alex Marinho, coordenador-geral de Aquisi��es de Insumos Estrat�gicos, e coronel Marcelo Pires, diretor respons�vel pela coordena��o do Plano Nacional de Operacionaliza��o das Vacinas anticovid, ligado a Elcio Franco.
Pol�ticos, servidores e militares citados negam irregularidades. Ricardo Barros diz n�o ter participado de nenhuma tratativa relacionada � compra da Covaxin. O l�der do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), afirmou que Eduardo Pazuello e Elcio Franco n�o encontraram "irregularidades contratuais" no processo. Roberto Dias disse acreditar que o servidor denunciante se equivocou ou intencionalmente o envolveu.
Ao Estad�o, Wellington Roberto afirmou que Arnaldo Medeiros � um quadro t�cnico com hist�rico de bons servi�os p�blicos prestados. Marcelo Pires n�o atendeu �s chamadas. Alex Marinho disse que n�o se manifestaria. Fl�vio nega ser pr�ximo a Maximiano. O empres�rio, em manifesta��o � CPI, disse que a contrata��o seguiu todas as regras legais.
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.