
Os indicados pol�ticos foram mantidos ou apoiados por militares que assumiram o minist�rio no ano passado e, durante a pandemia, controlaram cifras bilion�rias. A dobradinha entre Centr�o e Ex�rcito se concentrou no Departamento de Log�stica da pasta, onde est�o as principais suspeitas de irregularidades e um hist�rico de loteamento e den�ncias de fraudes. Ao menos desde o governo de Michel Temer, o setor � controlado pelo Progressistas, do senador Ciro Nogueira (PI) e do l�der do governo na C�mara, Ricardo Barros (PR).
Os tr�s diretores que passaram pelo posto acumulam den�ncias de corrup��o e mau emprego de dinheiro p�blico. Dois deles foram reabsorvidos pelo governo Bolsonaro. Davidson Tolentino � diretor da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do S�o Francisco e do Parna�ba (Codevasf), a estatal do Centr�o, desde julho. Em maio de 2020, Tiago Queiroz virou secret�rio de Mobilidade do Minist�rio do Desenvolvimento Regional, um dos principais cargos da pasta de Rog�rio Marinho.
Apesar da narrativa de Jair Bolsonaro de acabar com o loteamento em cargos t�cnicos, a tradi��o foi mantida na Sa�de. O nome do agora ex-diretor de log�stica, Roberto Dias, foi indicado pelo Centr�o ao ex-ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM). Oficialmente, a sugest�o foi do ex-deputado Abelardo Lupion (DEM-PR), mas Dias saiu diretamente do governo do Paran�, de Cida Borghetti, mulher de Ricardo Barros, para a cadeira de diretor do Minist�rio da Sa�de.
Com o protagonismo de Mandetta como condutor do combate � pandemia e defensor de posi��es cient�ficas, Bolsonaro tirou o ministro do cargo. Nada disso abalou a perman�ncia de Dias, homem do Centr�o, no posto. Os titulares seguintes da pasta - Nelson Teich, Eduardo Pazuello e o atual Marcelo Queiroga - mantiveram o diretor.
De 2019 para c�, Dias autorizou mais de R$ 20 bilh�es em pagamentos. Ele s� caiu na �ltima ter�a-feira, ap�s um policial militar de Minas Gerais dizer que ouviu pedido de propina do ent�o diretor. Integrantes da CPI suspeitam que a den�ncia pode ter sido "plantada" pelo governo para atrapalhar a linha principal de investiga��o.
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.