Apesar de ter subido o tom nas amea�as contra a democracia nos �ltimos dias, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (6/8) que "nunca proferiu uma s� palavra fora das 4 linhas da Constitui��o". A declara��o foi feta a um grupo de empres�rios durante uma palestra em Santa Catarina. O mandat�rio ainda reclamou de ter sido inclu�do na investiga��o de fake news do Supremo Tribunal Federal (STF) e teceu ataques ao petista Fernando Haddad.
"N�o estou preocupado em se manter presidente. J� dou recado: s� Deus me tira daquela cadeira. Me acusar de fake news... No meio militar � grave. Me acusar de fazer fake news na campanha, com o [empres�rio] Luciano Hang... Fake news eu faria se chamasse o [Fernando] Haddad de honesto", disparou rindo.
Bolsonaro tamb�m negou ter atacado a Suprema Corte e declarou que o que menos existe com o STF � harmonia. "N�o estou atacando o Supremo Tribunal Federal. Longe disso. O que menos existe, parece, � harmonia. Nunca proferi uma s� palavra, tive um s� ato, uma s� posi��o fora das quatro linhas da Constitui��o. Eu quero � governar, continuar lutando para que nosso pa�s, nosso povo tenham dias melhores" disse o presidente.
Por fim, ele disse estar aberto ao di�logo e "a rasgar o verbo" com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, que cancelou uma reuni�o que estava marcada para ocorrer entre os chefes dos Tr�s Poderes ap�s o chefe do Executivo atacar magistrados do Supremo e o sistema eleitoral.
"Da minha parte, conversar com vossa excel�ncia, ministro Fux, estou aberto ao di�logo. N�o tem problema nenhum. S� n�s dois. Ou chama l� tamb�m o Rodrigo Pacheco. Convido tamb�m o Arthur Lira. N�s quatro. Sem problema nenhum. Vamos n�s quatro ali rasgar o verbo. Com compromisso de n�o sair e tagarelar para a imprensa. Estou � disposi��o", concluiu.
Ainda sobre o inqu�rito, o mandat�rio refor�ou amea�as na quinta-feira (5) avisando que "o momento de sair das quatro linhas da Constitui��o est� chegando". Ele tamb�m chamou o ministro Alexandre de Moraes de ditatorial e disse que "a hora dele vai chegar". "Eu n�o pretendo sair das 4 linhas para questionar essas autoridades, mas acredito que o momento est� chegando. N�o d� para continuarmos com um ministro arbitr�rio, ditatorial, que n�o respeita a democracia, que n�o leu a Constitui��o. Se leu, aplica de acordo com o seu entendimento para cada vez mais agredir n�o s� a democracia, bem como atingir os seus objetivos dessa forma. Isso � inadmiss�vel numa democracia", acrescentou.
Na quarta-feira (4), Bolsonaro havia questionado a legalidade desses procedimentos e disse que, em resposta, poder� atuar fora "das quatro linhas da Constitui��o".
Aglomera��o
Na chegada a Santa Catarina, sem m�scara, o presidente tirou selfies e cumprimentou apoiadores em meio � aglomera��o. Depois, saiu em passeata em carro aberto por ruas da regi�o acenando a bolsonaristas. Veja abaixo: