O departamento de seguran�a do Parlamento mineiro e as for�as policiais mineiras estavam reunidos nesta ter�a, como mostrou mais cedo o Estado de Minas. Ao fim do encontro, acertaram como far�o os "pente-finos".
A possibilidade de verificar a exist�ncia de poss�veis escutas � debatida pelos deputados desde a semana passada, quando Professor Cleiton revelou ter tido o seu celular grampeado. Segundo ele, assessores parlamentares receberam telefonemas an�nimos em que interlocutores pedem informa��es sobre as atividades que desempenham.
A ideia � fazer um "pente-fino" nos escrit�rios dos sete integrantes titulares da CPI e estender o processo aos gabinetes dos sete suplentes. As varreduras precisar�o ser autorizadas por cada um dos deputados e, tamb�m, pelo presidente da Assembleia, Agostinho Patrus (PV).
A "R�dio 98 FM" antecipou a possibilidade de a Pol�cia Legislativa do Senado Federal ser chamada para ajudar nas verifica��es. A reportagem confirmou que a ideia � aventada nos bastidores da Assembleia.
O comit� que examina a gest�o da Cemig n�o vai se debru�ar sobre a suposta espionagem. A mira est� em contratos sem licita��o assinados pela empresa. A primeira a depor, na segunda (16), ser� D�bora Lage Martins, superintendente da auditoria interna da estatal. Ela ter� que explicar aos deputados os termos firmados sem concorr�ncia.
"J� entramos em contato com quem tem a prerrogativa de fazer essa investiga��o. Na CPI, a gente n�o vai discutir isso mais. Agora, a CPI toma um rumo novo: fazer as oitivas e (a an�lise dos) contratos. Deixamos com os �rg�os respons�veis a averigua��o da suspeita que foi levantada", diz Professor Cleiton.
Contrato com auditoria ser� investigado
Em meio � an�lise dos contratos celebrados sem licita��o, a CPI da Cemig quer entender os meandros da negocia��o com a Kroll, empresa de seguran�a cibern�tica que presta servi�os para a estatal. O objetivo � esclarecer se a auditoria tem conex�es com as suspeitas de espionagem.
A Cemig, em nota encaminhada � reportagem na semana passada, quando surgiram as den�ncias de escrut�nio sobre os deputados, garantiu ter contratado a Kroll - e outros escrit�rios - para "dentro dos estritos limites de sua atua��o corporativa, proceder a investiga��o independente de den�ncias recebidas do Minist�rio P�blico do Estado de Minas Gerais".
A Kroll, por seu turno, assegurou atuar "estritamente dentro da lei", sem tolerar "qualquer tipo de atividade il�cita, assim como n�o admite afirma��es levianas e incorretas sobre sua atua��o". "A Kroll informa que confia no processo pol�tico e na legitimidade da CPI, da mesma forma em que acredita que a imunidade parlamentar n�o deve ser usada para ofender a reputa��o de empresas id�neas. As acusa��es s�o inver�dicas e n�o procedem", l�-se em trecho de posicionamento da empresa.
A venda de subsidi�rias da Cemig, como Light e Renova, e a transfer�ncia de atividades administrativas da companhia para S�o Paulo tamb�m comp�em o escopo da CPI.