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Estado de Minas MUNDO EMPRESARIAL

Manifesto de empres�rios mineiros exp�e diverg�ncia com a Fiemg

Ap�s nota da Fiemg ser criticada por contestar o Judici�rio, lideran�as saem em defesa da harmonia entre os poderes


02/09/2021 04:00 - atualizado 02/09/2021 10:42

Presidente da AC Minas, José Anchieta da Silva (E) é um dos idealizadores do Segundo Manifesto dos Mineiros, lançado ontem
Presidente da AC Minas, Jos� Anchieta da Silva (E) � um dos idealizadores do Segundo Manifesto dos Mineiros, lan�ado ontem (foto: Tulio Santos/EM/D.A Press - 20/1/21)
Com inspira��o no documento assinado por v�rios mineiros em 1943 questionando a ditadura do presidente Get�lio Vargas, lideran�as empresariais do estado lan�aram ontem o Segundo Manifesto dos Mineiros ao Povo Brasileiro, que condena com veem�ncia a falta de harmonia dos tr�s poderes em Bras�lia e os ataques � democracia e rejeita a ruptura pelas armas. A divulga��o do documento, com 212 assinaturas, ocorreu um dia depois de a  Federa��o das Ind�strias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) lan�ar um Manifesto pela Liberdade  e exp�s diverg�ncias no meio empresarial mineiro. A Fiemg se concentrou na defesa das liberdades individuais e na cr�tica ao Poder Judici�rio e �s �ltimas decis�es do Supremo Tribunal Federal (STF).

Leia tamb�m -  Al�m do Fato: Fiemg exibe alinhamento a Bolsonaro e Zema em nota cr�tica ao STF   


O manifesto da Fiemg foi repudiado por sindicatos que integram a C�mara da Ind�stria de Comunica��o e Audiovisual da entidade. O documento � assinado pelo Sindicato da Ind�stria do Audiovisual de Minas Gerais (Sindav-MG), pelo Brasil Audiovisual Independente (Bravi-MG), pelo F�rum dos Festivais e pela Ag�ncia de Desenvolvimento do Polo Audiovisual da Zona da Mata. “As entidades signat�rias desta declara��o n�o foram consultadas e sequer comunicadas a respeito do conte�do do texto. N�o concordamos com as ideias expressas no manifesto”, ressalta a nota de rep�dio.

Ex-presidente da Fiemg, Olavo Machado J�nior v� que o momento � de entendimento, sem desmerecer a atua��o do Executivo, do Legislativo e do Judici�rio: “N�o devemos fazer cr�tica a nenhum dos poderes. A inten��o n�o � essa. A inten��o de Minas, como no primeiro manifesto, � sempre mostrar a import�ncia da harmonia dos poderes, para que todos tenham seus m�ritos e defeitos. Pode ser que um tenha um defeito mais expl�cito, mas n�o vai ser apontando erros que vamos chegar a algum lugar”, diz o empres�rio que assina o Segundo Manifesto dos Mineiros.

O texto com as 212 assinaturas defende a harmonia entre os tr�s poderes. “Todo dia, o Executivo faz discurso em que fala e termina sobre democracia, mas o conte�do � antidemocr�tico. Portanto, h� risco para a democracia. No Legislativo, quem manda � o Centr�o e n�o a vontade do eleitor que o elegeu ou da sociedade. No Judici�rio, a Suprema Corte paga um pre�o caro pelas decis�es recentes. Temos uma Pol�cia Federal, Minist�rio P�blico e auditores competentes, mas em vez de financiar campanhas p�blicas por meio dos ve�culos privados e fiscalizados, preferiu tomar R$ 3 bilh�es ou R$ 4 bilh�es de um dinheiro de or�amento p�blico federal, enquanto n�o h� dinheiro para vacina, sa�de, educa��o e seguran�a”, ressalta o empres�rio Jos� Anchieta da Silva, presidente da Associa��o Comercial e Empresarial de Minas Gerais (AC Minas), idealizador do manifesto.

Ele diz que o momento atual tem semelhan�as com o primeiro manifesto, lan�ado na d�cada de 1940: “No primeiro, o Brasil vivia o per�odo da Segunda Guerra Mundial. E hoje vivemos uma nova guerra, a pandemia da COVID-19 com tr�s poderes desarmonizados. O Brasil est� derretendo e n�o d� para esperar”. As diversas lideran�as que assinaram o documento concordam que o pa�s precisa de estabilidade para caminhar com as pr�prias pernas.

Uni�o


Para Nadim Donato, presidente do Sindicato dos Lojistas de Belo Horizonte (Sindilojas), a uni�o � fundamental para sair do momento de turbul�ncia: “N�o adianta confrontar, e sim precisamos da uni�o das entidades e dos poderes, j� que o momento � muito ruim. N�o sa�mos da pandemia. As empresas n�o conseguiram voltar � normalidade de suas vendas e n�o conseguiram recompor seus quadros funcionais. Se tivermos um pa�s inst�vel, como vamos recompor funcion�rios e voltar a vender?”.

O empres�rio considerou ainda que “o STF erra, mas acerta tamb�m. N�o pode acabar com uma institui��o. A Fiemg tomou uma postura em que ela acredita, que n�o pode existir essa situa��o dentro do Supremo, mas, em contrapartida, apesar dos erros, o poder est� constitu�do”. Por sua vez, o m�dico Jos� Salvador, presidente da rede Mater Dei, defende a democracia como elemento fundamental da sociedade: “O ideal � um regime democr�tico com liberdade e que permite o desenvolvimento do pa�s como um todo. Quando rompe o sistema democr�tico, todos perdem. Perdem a sociedade, o estado e o munic�pio. Para que haja desenvolvimento, � preciso que haja leis e confian�a m�tua”.

Isolamento


Com manifesto divulgado depois de a Federa��o das Ind�strias do Estado de S�o Paulo (Fiesp) adiar o lan�amento de um texto em defesa da democracia com a assinatura de 270 entidades, entre elas a Febraban, a Fiemg diverge tamb�m da posi��o da entidade paulista ao se mostrar contr�ria � investiga��o de sites propagadores de not�cias falsas com conte�dos produzidos por comentaristas que incitam ataques ao Congresso e ao STF. “Em nosso entender, impor san��es sem o devido processo legal, contradit�rio e ampla defesa � uma precipita��o, al�m de inequ�voca afronta � Constitui��o Federal”, diz o texto, que foi rapidamente distribu�do em grupos bolsonaristas do WhatsApp na manh� desta quarta-feira (1/9).

“Os direitos individuais, como a liberdade de express�o, pilares fundamentais do Estado democr�tico de direito, est�o sob amea�a no Brasil e precisam ser defendidos com veem�ncia”, diz o documento, que coloca essa postura como “princ�pio b�sico” da atua��o da Fiemg. No texto, a entidade que representa a ind�stria mineira critica decis�es do STF contra sites investigados por espalhar fake news. “Assistimos a uma sequ�ncia de posicionamentos do Poder Judici�rio que acabaram por tangenciar, de forma perigosa, o cerceamento � liberdade de express�o no pa�s”, diz a Fiemg.


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