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Estado de Minas NARRATIVAS FALSAS E MESSI�NICAS

Fux d� recado � popula��o: 'Aten��o com falsos profetas do patriotismo'

Presidente do STF alerta que o 'povo brasileiro' n�o pode cair na tenta��o de 'narrativas falsas e messi�nicas que criam falsos inimigos da Na��o'


08/09/2021 15:00 - atualizado 08/09/2021 15:33

Presidente do STF, Luiz Fux
Presidente do STF, Luiz Fux (foto: Tv Justi�a/Reprodu��o)
Um dia depois de o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) discursar contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e contra os ministros Alexandre de Moraes e Luis Roberto Barroso, o chefe do Pode Judici�rio, Luiz Fux, alertou a popula��o para discursos considerados “patriotas”.
 
 
De acordo com o magistrado, tem sido cada vez mais comum que alguns movimentos invoquem a democracia como pretexto para a promo��o de ideais antidemocr�ticos.

“Estejamos atentos a esses falsos profetas do patriotismo, que ignoram que democracias verdadeiras n�o admitem que se coloque o povo contra o povo — ou o povo contra as suas institui��es”, afirmou.

Ainda segundo o presidente do STF, quem promove discursos “do n�s contra eles”, n�o est� propagando a democracia, mas, sim, a “pol�tica do caos”. “Em verdade, a democracia � o discurso do um por todos, e todos por um, respeitadas as nossas diferen�as e complexidades.”

“Povo brasileiro, n�o caia na tenta��o de narrativas falsas e messi�nicas que criam falsos inimigos da na��o. Mais do que nunca, o nosso tempo requer respeito aos poderes constitu�dos. O verdadeiro patriota n�o fecha os olhos para os problemas reais e urgentes do pa�s. Pelo contr�rio: procura enfrent�-los, tal como um incans�vel artes�o tecendo consensos m�nimos entre os grupos que, naturalmente, pensam diferente. S� assim, � poss�vel pacificar e revigorar uma na��o inteira”, disse.

Hist�rico

Ontem, Jair Bolsonaro atacou o Judici�rio por diversas vezes. O alvo preferencial foi o ministro do STF Alexandre de Moraes, citado nominalmente, mas tamb�m houve agress�o indireta a Lu�s Roberto Barroso, ministro da Suprema Corte e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

"N�o queremos ruptura. N�o queremos brigar com poder nenhum. Mas n�o podemos admitir que uma pessoa curve a nossa democracia. N�o podemos admitir que uma pessoa coloque em risco a nossa liberdade", bradou o presidente, sob aplausos dos que se aglomeravam em frente a um carro de som em Bras�lia.

Ao questionar Barroso, Bolsonaro questionou, mais uma vez sem provas, a lisura das urnas eletr�nicas. O presidente � defensor do voto impresso. “N�o podemos ter elei��es em que pairem d�vidas sobre os eleitores. N�o posso patrocinar uma farsa como essa patrocinada, ainda, pelo presidente do TSE".

Bolsonaro ainda clamou por “liberdade” a presos que ele considera terem sido detidos por motiva��es pol�ticas. Um deles � o ex-deputado federal Roberto Jefferson, do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), e expoente do bolsonarismo. Ele foi levado ao c�rcere em fun��o do inqu�rito que investiga a forma��o de mil�cias digitais para atacar institui��es democr�ticas.

"�queles que querem me tornar ineleg�vel em Bras�lia: s� Deus me tira de l�. S� vou sair preso, morto ou com a vit�ria. Dizer aos canalhas que eu nunca serei preso. A minha vida pertence a Deus, mas a vit�ria pertence a todos n�s", disse.

Lira se manifesta e quer basta a ‘looping negativo’

No in�cio da tarde desta quarta, o presidente da C�mara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), se pronunciou sobre as manifesta��es de ontem. Sem citar o chefe do Executivo federal, o parlamentar prometeu conversar “com todos os Poderes”.

“� hora de dar um basta a esta escalada em um infinito looping negativo. Bravatas em redes sociais, v�deos e um eterno palanque deixaram de ser um elemento virtual e passaram a impactar o dia a dia do Brasil de verdade”, falou.

Lira optou por se manifestar quase 24 horas ap�s o segundo discurso de Bolsonaro, em S�o Paulo, por n�o querer “ser contaminado pelo calor do ambiente”. Ele disse, ainda, que n�o � razo�vel retomar o debate em torno do voto impresso, j� derrotado na C�mara. “N�o posso admitir questionamentos sobre decis�es tomadas e superadas como a do voto impresso. Uma vez definida, vira-se a p�gina”.

Segundo o deputado, o �nico “compromisso inadi�vel e inquestion�vel” do pa�s est� marcado para 2 de outubro do pr�ximo ano: as elei��es gerais, feitas por meio das urnas eletr�nicas. “S�o as cabines eleitorais com sigilo e seguran�a em que o povo expressa sua soberania. Que at� l� tenhamos toda a celeridade e respeito �s leis, � ordem e, principalmente, a terra que todos amamos”, defendeu.


 


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