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Estado de Minas POL�TICA

Blogueiro Allan dos Santos estimulou Bolsonaro a dar um golpe, suspeita PF

Informa��es fazem parte do inqu�rito das mil�cias digitais, relatado pelo ministro Alexandre de Moraes


09/10/2021 17:30 - atualizado 09/10/2021 17:51

Allan dos Santos durante reunião da CPMI das Fake News, em novembro de 2019
Allan dos Santos durante reuni�o da CPMI das Fake News, em novembro de 2019 (foto: Roque de S�/Senado)
A Pol�cia Federal aponta que o influenciador bolsonarista Allan dos Santos, dono do canal Ter�a Livre, tentou influenciar o presidente Jair Bolsonaro e parlamentares da base a darem um golpe de Estado durante os atos antidemocr�ticos realizados em abril e maio de 2020. As informa��es fazem parte do inqu�rito das mil�cias digitais, relatado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

"A partir da posi��o privilegiada junto ao Presidente da Rep�blica e ao seu grupo pol�tico, especialmente os Deputados Federais Bia Kicis, Paulo Eduardo, Martins, Daniel Silveira, Caroline de Toni e Eduardo Bolsonaro, dentre outros, al�m e particularmente o Ten-Cel. Mauro Cesar, ajudante de ordens do Presidente da Rep�blica, a investiga��o realizada pela Pol�cia Federal apresentou importantes ind�cios de que Allan dos Santos tentou influenciar e provocar um rompimento institucional", relata a PF.

O inqu�rito das mil�cias digitais foi aberto em julho do ano passado para investigar a atua��o de uma organiza��o criminosa que atua nas redes sociais com o intuito de produzir, publicar, financiar e distribuir conte�do pol�tico que atente contra as institui��es democr�ticas.

A investiga��o da PF mostra que durante as manifesta��es em apoio ao governo, realizadas nos dias 19 e 26 de abril e 6 de maio de 2020, Allan dos Santos encaminhou mensagens ao ajudante de ordens de Bolsonaro frisando a "necessidade de interven��o militar". A conversa termina com a declara��o de que "as FFAA (For�as Armadas) precisam entrar urgentemente", pois "n�o d�" mais para aceitar decis�es do STF citadas na conversa. O relat�rio da investiga��o divulgada ontem n�o cita se houve resposta.

No dia 19 de abril, Bolsonaro discursou durante um ato em Bras�lia em frente ao Quartel General do Ex�rcito em que milhares de manifestantes defendem a interven��o militar e o fechamento do STF e do Congresso. "N�s n�o queremos negociar nada. N�s queremos � a��o pelo Brasil. O que tinha de velho ficou para tr�s. N�s temos um novo Brasil pela frente. Todos, sem exce��o, t�m que ser patriotas e acreditar e fazer a sua parte para que n�s possamos colocar o Brasil no lugar de destaque que ele merece. Acabou a �poca da patifaria. � agora o povo no poder", disse Bolsonaro.

O discurso golpista dentro e fora do governo � alvo de v�rias investiga��es. No m�s passado, o procurador-geral da Rep�blica, Augusto Aras, abriu uma apura��o preliminar contra o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, por ter amea�ado a realiza��o das elei��es em 2022. Como revelou o Estad�o em julho, o ministro pediu a um interlocutor para enviar um recado "a quem de direito" com a mensagem de que n�o haveria elei��es no ano que vem, se n�o houvesse impress�o dos votos e contagem p�blica dos resultados. O interlocutor escolheu o presidente da C�mara, Arthur Lira (Progressista-AL), para receber o recado. A PGR apura "poss�vel infra��o pol�tico-administrativa" cometida pelo ministro.

Sigilo

Os documentos do inqu�rito das mil�cias digitais foram divulgados na �ntegra ontem por conta da expira��o do prazo da investiga��o da PF. A delegada Denisse Dias Rosas Ribeiro encaminhou os autos ao ministro Moraes para que ele avalie se � necess�rio fixar um novo prazo para terminar a apura��o.

A PF relata que laudos preliminares identificaram ataques sistematizados �s institui��es e opositores do governo. Segundo os autos, as redes sociais s�o utilizadas como instrumento de "agress�o, propaga��o de discurso de �dio e de ruptura ao Estado Democr�tico de Direito".

A delegada tamb�m enviou ao STF questionamento sobre a dura��o do inqu�rito que tem Bolsonaro como alvo. O presidente foi inclu�do em uma investiga��o j� aberta ap�s disseminar informa��es falsas a respeito das elei��es em uma "live" no Pal�cio do Planalto em julho deste ano. Na �poca, Moraes atendeu a um pedido do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e determinou a instaura��o de investiga��o contra o presidente em raz�o das alega��es sobre fraudes nas urnas eletr�nicas. O caso foi autuado � parte, mas distribu�do por preven��o ao inqu�rito das fake news. A parte que envolve Bolsonaro, por�m, est� sob sigilo.

Procurados, Allan dos Santos e o Pal�cio do Planalto n�o se manifestaram.


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