
Trata-se da segunda vez em que Bolsonaro � instado a depor no �mbito de inqu�ritos que tramitam contra ele no Supremo Tribunal Federal - ao todo s�o cinco. A outra oitiva do chefe do Executivo, no �mbito da investiga��o sobre suposta tentativa de interfer�ncia pol�tica na PF, foi realizada em novembro de 2021 - ap�s ficar travada por mais de um ano devido a impasse sobre a forma de colheita do depoimento.
No inqu�rito sobre a divulga��o de inqu�rito sigiloso, tamb�m s�o investigados o deputado federal Filipe Barros (PSL-PR) e o delegado da Pol�cia Federal Victor Neves Feitosa Campos. O presidente distorceu as informa��es da apura��o sigilosa para fazer alega��es sobre fraudes nas elei��es. Na sequ�ncia, o TSE esclareceu que a invas�o ocorreu em m�dulos que n�o alteram a vota��o em si.
A investiga��o corre junto ao inqu�rito das fake news e foi solicitada pelo TSE. A corte eleitoral entendeu que, ao divulgar a c�pia do inqu�rito, Bolsonaro pode ter cometido o crime previsto no artigo 153 do C�digo Penal, que pro�be a "divulga��o, sem justa causa, de informa��es sigilosas ou reservadas, assim definidas em lei, contidas ou n�o nos sistemas de informa��es ou banco de dados da Administra��o P�blica". A pena prevista � de um a quatro anos de pris�o.
O inqu�rito divulgado pelo presidente nas redes sociais foi aberto pela Pol�cia Federal dez dias ap�s o segundo turno das elei��es de 2018 para apurar uma den�ncia de invas�o do sistema interno do TSE. A investiga��o foi solicitada pelo pr�prio tribunal. Nunca n�o foram encontrados ind�cios de que o ataque tenha afetado o resultado das elei��es daquele ano.