
Para entender o caso ocorrido na PM mineira, Andr�ia de Jesus acionou o �rg�o de Controle Externo da Atividade Policial, vinculado ao Minist�rio P�blico, para saber como a autarquia tem atuado diante da situa��o. No in�cio desta semana, as redes sociais foram tomadas por um v�deo que mostra um homem fardado dando um tapa no rosto de um colega.
"Infelizmente, n�o s�o casos isolados. J� recebemos dezenas de den�ncias de viol�ncia institucional contra policiais. Inclusive mais graves e tratadas em sigilo por seguran�a dos envolvidos. � importante ressaltar que direitos humanos s�o para todos", disse.
A deputada se mostrou muito preocupada com as den�ncias do Sindicato de Policiais Penais de Minas Gerais (Sindppen). Os trabalhadores envolvidos trabalham no sistema prisional, mas querem rumar ao Comando de Opera��es Especiais (Cope). Segundo Andr�ia, as agress�es podem ser caracterizadas como tortura.
Segundo ela, a Comiss�o de Direitos Humanos recebeu "fotos chocantes, �udios via WhatsApp e outros documentos" sobre o caso envolvendo os policiais penais. O sindicato da categoria afirma que as agress�es come�aram em 3 de janeiro. H� relatos de agress�es f�sicas e psicol�gicas. Servidores afirmam ter apanhado com bambu e corda.
"Sabemos que estes profissionais naturalmente j� passam por procedimentos e treinamentos extremamente pesados. No entanto, uma prepara��o n�o deve provocar ferimentos e at� traumas psicol�gicos", lamentou Andr�ia.
Ontem, a Secretaria de Justi�a e Seguran�a P�blica (Sejusp-MG) garantiu que investiga o caso envolvendo os profissionais que d�o expediente nas carceragens.
Tapa fez corpora��o afastar 10 PMs
Ap�s tomar conhecimento das imagens da agress�o em pleno treinamento, a Pol�cia Militar afastou 10 agentes respons�veis pela forma��o dos alunos e pela coordena��o do curso do Batalh�o Rotam. O v�deo foi gravado em outubro do ano passado.A sindic�ncia que apura a conduta dos policiais pode levar at� 60 dias para ser encerrada. Caber� � Promotoria de Justi�a avaliar a gravidade da infra��o e as penalidades reservadas aos envolvidos.
Deputada foi amea�ada ap�s questionar mortes em Varginha
Andr�ia de Jesus anda com escolta especial desde novembro do ano passado, quando foi alvo de ataques por dizer que a Comiss�o de Direitos Humanos da Assembleia iria investigar as circunst�ncias da a��o policial deflagrada em Varginha, no Sul de Minas. A opera��o resultou na morte de 26 pessoas.Nas redes sociais, usu�rios passaram a amea�ar a deputada de forma acintosa - e at� criminosa -, com xingamentos de baixo cal�o. Ela chegou a ser comparada � Marielle Franco, tamb�m do PSOL. Vereadora do Rio de Janeiro, ela foi executada em 2018. "Voc� vai ver o que lhe espera. Vamos te matar. Seu fim ser� igual ao de Marielle. Pra tu ficar de exemplo", afirmou um dos cidad�os.
"Estou me preparando para garantir a minha seguran�a f�sica e a seguran�a de minha fam�lia. Toda amea�a tem, sim, um fundo de verdade", protestou a pol�tica, � �poca.