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Estado de Minas ELEI��ES 2022

Lula define os rumos do PT para 2022 em encontro com ex-tucano

Ex-presidente est� escolhendo time para mostrar que n�o dar� tanto espa�o aos tradicionais caciques da sigla


13/02/2022 08:49

Alckmin e Lula
(foto: Ricardo Stuckert/Divulga��o)
Em meio � constru��o eleitoral para o pleito de outubro deste ano, o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva vem deixando � mostra suas cartas para ajud�-lo na disputa. Al�m de juntar novos nomes em seu baralho de alian�as, como os governadores petistas Wellington Dias, do Cear�, e Rui Costa, da Bahia, e Fl�vio Dino (PSB), no Maranh�o, Lula direciona aqueles que devem ficar no bolo de descarte.

Neste xadrez eleitoral que se forma na esquerda, Lula se encontrou novamente com o ex-governador Geraldo Alckmin (sem partido) na casa do ex-prefeito de S�o Paulo e postulante ao Pal�cio dos Bandeirantes Fernando Haddad, na sexta � noite, para discutir a chapa presidencial que deve ser anunciada em mar�o.

Entre os descartes de Lula, o petista afirmou que a ex-presidente Dilma Rousseff n�o deve fazer parte de um eventual governo em 2023. Aliados do presidente tamb�m deram a entender que nomes como Guido Mantega e Jos� Dirceu devem ficar longe do comando de minist�rios.

Entre os mais pr�ximos de Lula, a tend�ncia � afastar quadros que possam ser explorados por advers�rios a ponto de atingir a campanha. Os pontos principais s�o falhas na Economia, puxada por Mantega, e corrup��o, por Dirceu. No caso de Dilma, al�m dos fatores citados, o impeachment sofrido por ela em 2016, por crime de responsabilidade, � outro fator que pode pesar contra Lula e aumentar sua rejei��o.

"Maior que o pr�prio PT", como disseram pol�ticos e especialistas, Lula tenta preservar sua campanha e usar o "lulismo" ao m�ximo. Segundo o cientista pol�tico Andr� Felipe Rosa, alguns programas iniciados pelo ex-presidente no passado geraram a ele uma imagem destacada do partido para alguns eleitores.

"O eleitor do Lula viu o filho se formando na faculdade com Prouni, Fies, em vagas em federais criadas na gest�o dele. Teve gente com carreira internacional no Ci�ncias Sem Fronteiras, o pr�prio Bolsa Fam�lia. � o chamado voto de gratid�o, quando o eleitor tem o sentimento que foi diretamente beneficiado por um ator pol�tico. Por isso, pode-se dizer que existe um lulismo muito forte, de um eleitor que � lulista, mas n�o � petista e que, �s vezes, tem at� mais ressalvas contra a legenda", explicou.

Apesar da sinaliza��o de n�o dar espa�o em seu eventual governo aos tradicionais caciques do PT, alguns petistas "raiz" devem permanecer pr�ximos a Lula em um eventual governo. A presidente do partido e deputada federal Gleisi Hoffmann (RS), o senador e ex-ministro da Sa�de Humberto Costa (PE) e o deputado federal Reginaldo Lopes (MG), que assumiu a lideran�a do governo na C�mara, s�o alguns dos nomes que devem continuar fortes em um eventual governo.


Resist�ncia

Por mais que os caminhos apontem que a palavra final sobre os rumos do PT e da campanha ao Planalto ser� majoritariamente de Lula, ainda h� resist�ncias com rela��o a alguns movimentos do ex-mandat�rio. Um exemplo � a poss�vel chapa Lula-Alckmin, que conta com a rejei��o de nomes como o deputado federal Rui Falc�o e at� mesmo a ex-presidente Dilma, que o comparou a Michel Temer.

J� Lula e a ala petista que concorda com a alian�a preferem relacion�-lo a Jos� Alencar, vice-presidente dos governos petistas entre 2003 e 2010. Alencar era do PL (hoje partido de Bolsonaro) e tamb�m enfrentou muita desconfian�a de uma ala da legenda, mas Lula bancou e a parceria foi bem sucedida.

Segundo o soci�logo e cientista pol�tico Antonio Lavareda, especialista em opini�o p�blica, a movimenta��o para atrair Alckmin j� vem sendo positiva antes mesmo de ser concretizada por ter diminu�do as men��es a Lula como um candidato radical.

"Foi o movimento mais ousado e surpreendente desta pr�-campanha. Se n�s prestarmos aten��o, j� houve um efeito inicial dessa cogita��o da chapa Lula-Alckmin. Diminuiu muito o volume das men��es na imprensa ao radicalismo de Lula. Um candidato radical de esquerda n�o convidaria Geraldo Alckmin para vice. Isso tem uma import�ncia simb�lica muito forte e conta pontos para a candidatura do ex-presidente Lula", destacou.

O ex-tucano precisa ainda escolher qual ser� seu partido entre os futuros federados (PV, PSB e PCdoB). No caso do PSB, sua eventual filia��o esbarra no ex-governador e pr�-candidato ao governo paulista M�rcio Fran�a — que n�o foi convidado para o jantar.

Para Alckmin, h� a sa�da pelo PV, um nanico ao centro que condiz com o perfil do ex-governador, j� que ele n�o seria aceito no PCdoB. A decis�o deve ser tomada at� 2 de abril, fim do prazo para as filia��es.


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