
A disparada dos pre�os dos combust�veis — acentuada com os reajustes de 18,7% na gasolina; 24,9%, no diesel; e 16%, no g�s de cozinha, anunciados na semana passada — colocou a Petrobras na mira de m�ltiplos ataques. Do presidente Jair Bolsonaro ao Congresso, passando por entidades de classes e pr�-candidatos ao Planalto, a press�o � grande sobre a empresa.
Em meio � saraivada de cr�ticas, o vice-presidente Hamilton Mour�o (PRTB) saiu em defesa do presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna — cuja demiss�o � avaliada por Bolsonaro —, e da empresa.
Mour�o enfatizou a determina��o do dirigente da estatal. "Silva e Luna � resiliente, sempre foi. Como bom nordestino, aguenta press�o", frisou, na chegada ao Pal�cio do Planalto. Ele se referiu ao fato de o general ser pernambucano de Barreiros.
Para o vice-presidente, seria um erro a eventual interfer�ncia na pol�tica de valores dos combust�veis adotada pela Petrobras. "Interven��o no pre�o � algo que a gente sabe como come�a, e o t�rmino sempre vai ser uma bagun�a", frisou.
O vice-presidente ainda mencionou as investidas do Executivo para tentar conter a escalada de pre�os dos combust�veis. Bolsonaro levantou a possibilidade de criar um subs�dio para os produtos, caso a cota��o do petr�leo siga em forte eleva��o no mercado internacional devido � guerra no Leste Europeu.
Na sexta-feira, o chefe do Executivo sancionou o projeto que muda a cobran�a do Imposto sobre Circula��o de Mercadorias e Servi�os (ICMS) — recolhido pelos estados — incidente nos combust�veis e zera a al�quota de PIS/Cofins — tributos federais — sobre esses produtos at� o fim do ano.
"O governo est� buscando solu��es junto com o Congresso, mudan�a do c�lculo do ICMS, quest�o de fundo para estabiliza��o, a redu��o do PIS/Cofins a zero. Ent�o, s�o solu��es que est�o sendo buscadas em um momento dif�cil do mundo que, uma vez solucionada a situa��o do conflito vivido entre a R�ssia e a Ucr�nia, a tend�ncia � de que o pre�o volte aos n�veis anteriores", ressaltou Mour�o.
No s�bado, um dia depois de sancionar o projeto que altera o ICMS, Bolsonaro voltou � carga contra a Petrobras. Ele acusou a empresa de n�o ter sensibilidade com a popula��o e se disse insatisfeito com os recentes reajustes. "� Petrobras Futebol Clube, e o resto que se exploda", alfinetou.
