
De acordo com a estatal, os novos pre�os valem a partir desta sexta-feira (11). O pre�o m�dio do diesel nas refinarias ter� reajuste de 24,93%, para R$ 4,51 o litro. O botij�o do g�s de cozinha, de 13kg, por sua vez, ser� corrigido em 16,06% por quilo, passando para R$ 58,21.
O comunicado informou ainda que o pre�o m�dio de venda da gasolina nas refinarias ser� corrigido em 18,77%, para R$ 3,86 o litro. A empresa destacou que, considerando a mistura obrigat�ria de 27% de etanol na gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no pre�o ao consumidor passar� de R$ 2,37, em m�dia, para R$ 2,81 a cada litro vendido na bomba. Uma varia��o de R$ 0,54 por litro, ou seja 18,65% de reajuste.
De acordo com a nota da empresa, esse movimento da Petrobras vai no mesmo sentido de outros fornecedores de combust�veis no Brasil que j� promoveram ajustes nos seus pre�os de venda. “Apesar da disparada dos pre�os do petr�leo e seus derivados em todo o mundo, nas �ltimas semanas, como decorr�ncia da guerra entre R�ssia e Ucr�nia, a Petrobras decidiu n�o repassar a volatilidade do mercado de imediato, realizando um monitoramento di�rio dos pre�os de petr�leo”, acrescentou o texto.
O comunicado ainda destacou que, ap�s serem observados pre�os em patamares consistentemente elevados, “tornou-se necess�rio que a Petrobras promova ajustes nos seus pre�os de venda �s distribuidoras para que o mercado brasileiro continue sendo suprido, sem riscos de desabastecimento, pelos diferentes atores respons�veis pelo atendimento �s diversas regi�es brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores, al�m da Petrobras”.
"Equil�brio econ�mico"
Al�m disso, em rela��o � redu��o na oferta global de produto, ocasionada pela restri��o de acesso a derivados da R�ssia, regularmente exportados para pa�ses do Ocidente, a empresa informou ainda que “faz com que seja necess�ria uma condi��o de equil�brio econ�mico para que os agentes importadores tomem a��o imediata, e obtenham sucesso na importa��o de produtos de forma a complementar o suprimento de combust�veis para o Brasil”.
O choque nos pre�os das commodities por conta da guerra no Leste Europeu tem feito o mercado elevar as proje��es de infla��o — que j� est�o acima do teto da meta, de 5% — e da taxa b�sica de juros (Selic), atualmente em 10,75%, que passou a ter um piso de 13%, em dezembro. O Credit Suisse, por exemplo, elevou ontem, de 6,2% para 7%, a estimativa para o �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA), mas n�o descarta uma alta de 7,8%, “se houver repasses nos combust�veis”.
Conforme c�lculos do banco su��o, os pre�os da gasolina nos mercados internacionais est�o 42% acima dos praticados no Brasil. Pelas contas de Eduardo Velho, economista-chefe da JF Trust Gestora de Recursos, “um reajuste de 25% nos pre�os dos combust�veis implicar� em alta de 1,0 ponto percentual no IPCA” deste ano.