
Victor est� presente na pasta desde julho de 2020, mesmo per�odo em que o ex-ministro tomou posse no minist�rio. Um dos primeiros atos oficiais assinados por ele foi a exonera��o de quatro assessores especiais do ex-ministro Abraham Weintraub, conhecidos pela forte orienta��o ideol�gica pela direita, assim como o ex-comandante da pasta.
Godoy �, de acordo com dados do site do MEC, graduado em engenharia de redes de comunica��o de dados pela Universidade de Bras�lia (UnB), em 2003.
Ele tem duas p�s-gradua��es em assuntos diferentes: Altos estudos em Defesa Nacional, pela Escola Superior de Guerra (ESG), e em Globaliza��o, justi�a e seguran�a humana pela Escola Superior do Minist�rio P�blico em parceria com institui��es internacionais da Alemanha e da �frica do Sul.
Antes de ingressar no MEC, Godoy atuava como auditor federal na Controladoria-Geral da Uni�o (CGU), onde era servidor p�blico desde 2004. No �rg�o, ele alcan�ou postos altos: foi chefe de divis�o, coordenador-geral, diretor-substituto de auditoria e diretor de auditoria da �rea social e de acordos de leni�ncia.
Secret�rio assume ap�s Ribeiro se envolver em suposto caso de corrup��o
Victor � o quinto nome a ocupar a cadeira de comando do MEC apenas no governo Bolsonaro. O ex-ministro Milton Ribeiro deixou a pasta na segunda-feira (28/3), ap�s uma reuni�o �s pressas com o presidente. Ribeiro protagonizou a mais nova crise da pasta, ap�s a divulga��o de um �udio que revelou que ele priorizava o repasse de verbas para prefeitos que haviam negociado a prefer�ncia com os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura. A revela��o da grava��o foi feita em 21 de mar�o.
Ribeiro ainda diz que a prioridade dada por ele atende a um pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL). "Foi um pedido especial que o presidente da Rep�blica fez para mim sobre a quest�o do [pastor] Gilmar", diz o ministro na conversa em que participaram prefeitos e os dois religiosos.
A fala teria sido dita durante uma reuni�o dentro do MEC e, no momento, Ribeiro falava sobre o or�amento da pasta, cortes de recursos da educa��o e a libera��o de dinheiro para obras. Estavam presentes prefeitos, lideran�as do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educa��o (FNDE) e os dois pastores.
O ministro deixa claro, na conversa, que trabalha com duas prioridades: munic�pios “que mais precisam” e prefeituras agraciadas pelos pastores. "Porque a minha prioridade � atender primeiro os munic�pios que mais precisam e, em segundo, atender a todos os que s�o amigos do pastor Gilmar".
Ribeiro chegou a dizer que sabia da atua��o indevida dos pastores e mantinha o “trato normal” para n�o atrapalhar uma suposta investiga��o comandada pela CGU, ap�s o ex-ministro encaminhar uma den�ncia contra os religiosos. No entanto, a justificativa n�o foi capaz de conter a crise no minist�rio.
Na sexta-feira (25/3), a Pol�cia Federal (PF) abriu um inqu�rito contra o ex-ministro, autorizado pela ministra C�rmen L�cia, do Supremo Tribunal Federal (STF). O caso ser� investigado pelo delegado federal Bruno Caladrini.