Governo estuda redu��o do IPI e corre��o da tabela do Imposto de Renda

A menos de seis meses das elei��es gerais, o presidente Jair Bolsonaro (PL) praticamente descartou a possibilidade de aprova��o, ainda neste ano, das reformas de interesse do governo, como a tribut�ria e a administrativa. Para enfrentar a crise econ�mica e a alta da infla��o, o Pal�cio do Planalto quer que a equipe do ministro Paulo Guedes amplie a ado��o de medidas que n�o dependam de aprova��o do Congresso nem provoquem impacto fiscal.

"Dificilmente, o Parlamento vai avan�ar em qualquer projeto importante este ano", disse Bolsonaro, em entrevista a uma r�dio de Bel�m. "O Parlamento, no meu entender, n�o adianta for�ar a barra, voc� n�o vai conseguir levar adiante uma proposta como essa", acrescentou, em alus�o � reforma administrativa.

Bolsonaro tamb�m afirmou que o Brasil ainda enfrentar� "infla��o pela frente", principalmente em rela��o aos produtos aliment�cios. Segundo o chefe do Executivo, a ocorr�ncia � reflexo da pandemia e da guerra no Leste Europeu.

Na lista de medidas em estudo est�o novas redu��es do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e a corre��o da tabela do Imposto de Renda Pessoa F�sica, al�m da abertura de linhas de cr�dito com juros baixos para atender setores mais impactados pela crise econ�mica. "A Casa Civil, a AGU (Advocacia-Geral da Uni�o) e o Minist�rio da Economia est�o vendo as medidas que n�o t�m impacto fiscal ou complica��es jur�dicas. Todo dia, o presidente anuncia alguma medida", disse ao Correio Braziliense um assessor do Pal�cio do Planalto.

A fonte lembrou que a arrecada��o aumentou, o que abre para o governo uma folga "relevante" no Or�amento da Uni�o para sustentar essas medidas de enfrentamento da crise. E que essas provid�ncias ajudam a despertar nas pessoas a sensa��o de que "a situa��o est� melhorando, mesmo que n�o da forma ideal ainda".

Na seara dos combust�veis, Bolsonaro voltou a falar sobre a demiss�o do general Joaquim Silva e Luna do comando da Petrobras. Segundo o chefe do Executivo, a troca na estatal ocorreu porque era necess�rio ter algu�m "mais profissional". Na semana passada, ele indicou para o posto o ex-secret�rio do Minist�rio de Minas e Energia Jos� Mauro Coelho, ap�s Adriano Pires ter declinado do convite.