
“Eu n�o quero reinar (...). Eu n�o reino, eu governo”, dispara Kalil ao enfatizar que sua campanha rumo ao governo mineiro seguir� a mesma base que, segundo ele, o fez ocupar a principal cadeira do Executivo da capital do estado: o compromisso com a verdade.
“Na minha primeira campanha, eu tinha apenas 20 segundos de TV, o que � o suficiente para falar a verdade. Para enrolar � que voc� precisa de muito tempo. O povo acreditou que eu faria um bom governo. Ent�o, agora, essa � a mensagem que eu quero levar”, acrescenta, referindo-se � candidatura a governador do estado. “O bin�mio da minha campanha ser� sa�de e infraestrutura. N�o haver� for�a humana capaz de me deter nisso”, enfatiza.
Kalil relembra quando enxugou a m�quina p�blica e fala sobre a ocupa��o de espa�os p�blicos em prol do bem coletivo.
Transitando entre passado e presente, “Caso a gente n�o ocupe debaixo do viaduto, o traficante vai ocupar. Ent�o, coloca l� hip hop, conjuntos, m�sicas. O que protege a cidade e o estado � a ocupa��o do bem. Essa � a nossa proposta”, avalia o ex-prefeito de BH, que, quando assumiu o cargo, fez uma ampla redu��o no funcionalismo p�blico.
“Foi muito dif�cil, pois, de cara, mandei 3.500 funcion�rios embora. Era uma estrutura absolutamente inchada. T�nhamos, considerando as regionais, quase 30 secretarias por cidade. Reduzimos para 15 ou 17, n�o me recordo bem. Reformulamos a equipe, e 90% dos secret�rios eu n�o conhecia”, relembra.
Agora, em um novo cap�tulo na pol�tica mineira, o tamb�m ex-comandante do Atl�tico sugere um novo olhar para a popula��o, com melhor destina��o de recursos p�blicos.
“O governo de Minas diz, em seu site oficial, que est� disponibilizando por ano um or�amento de R$ 81 milh�es para atender 2,7 milh�es de fam�lias. � um belo n�mero, apesar da pobreza em Belo Horizonte. No entanto, isso d� R$ 30 por fam�lia a cada ano”, reflete, explicando que os valores s�o referentes a uma a��o social do governo. “Deve ser para dar um copo de ki-suco para cada um”, ironiza.
Conforme o pr�-candidato, o governo mineiro tem R$ 35 bilh�es em caixa. “S� para um neg�cio � dada isen��o anual de R$ 1 bilh�o para dois ou tr�s empres�rios. Com esse valor (investido em a��o social), o aux�lio passaria de R$ 30 para R$ 300”, avalia Kalil, enfatizando que Minas “quebrou nos �ltimos tr�s mandatos” – uma refer�ncia � gest�o de Zema, do PT e PSDB.
Indireta para Romeu Zema
No ano passado, Zema e Kalil trocaram farpas de forma recorrente. O candidato a governador disse que o pagamento de sal�rios virou “mote pol�tico”. Depois de cinco anos e meio de atrasos e parcelamentos, em agosto de 2021, o Executivo estadual passou a quitar os vencimentos no quinto dia �til, o que virou pauta recorrente nos discursos de Zema.
“Enquanto n�s mineiros pensarmos que p�r sal�rio em dia e pagar d�cimo-terceiro s�o propostas de governo, o estado n�o se tornar� o que ele merece ser. (...) No meu governo, � frente da prefeitura, eu n�o paguei um dia de sal�rio atrasado e antecipei todos os d�cimos terceiros, com exce��o do ano da pandemia”, alfineta Kalil durante entrevista ao podcast, mas sem citar o nome de Zema.
Import�ncia de Minas
Para Kalil, quem assumir o Executivo nacional “ter� uma d�vida com Minas”. “Aqui � o segundo colegiado eleitoral do pa�s”, pontua o ex-prefeito, ap�s dizer que o governador tem que saber impor respeito. “Eu sei a import�ncia de ser governador de Minas. O presidente da Rep�blica tem que me respeitar, seja ele Lula, Bolsonaro ou Ciro”.
Assista a entrevista completa:
O "Beab� da Pol�tica"
A s�rie Beab� da Pol�tica reuniu as principais d�vidas sobre elei��es em 22 v�deos e reportagens que respondem essas perguntas de forma direta e f�cil de entender. Uma demanda cada vez maior, principalmente entre o eleitorado brasileiro mais jovem. As reportagens est�o dispon�veis no site do Estado de Minas e no Portal Uai e os v�deos em nossos perfis no TikTok, Instagram, Kwai e YouTube.