
Segundo a Tamisa, a legisla��o em vigor “n�o atribui compet�ncia ao munic�pio de Belo Horizonte para decidir sobre o processo de licenciamento ambiental, nem mesmo para opinar ou criar condi��o de efic�cia para os atos expedidos pelo �rg�o ambiental licenciador estadual competente”. A empresa ainda apontou que o empreendimento est� “restrito ao munic�pio de Nova Lima” e caberia a eles a libera��o de uma declara��o afirmando que a atividade pretendida est� em conformidade com a legisla��o municipal de uso e ocupa��o do solo.
“O licenciamento ambiental foi requerido para a instala��o de projeto de minera��o dentro dos limites territoriais do Munic�pio de Nova Lima, raz�o pela qual as exig�ncias legais foram integralmente cumpridas”, alegou a mineradora no processo. Eles apontaram ainda que os demais entes federativos interessados “podem manifestar-se ao �rg�o respons�vel pela licen�a ou autoriza��o, de maneira n�o vinculante, respeitados os prazos e procedimentos do licenciamento ambiental”.
A��o
Na peti��o, a PBH afirma que o estado, de forma equivocada, excluiu Belo Horizonte da decis�o e que existem riscos ao munic�pio que n�o foram esclarecidos na reuni�o do Conselho Estadual de Pol�tica Ambiental (Copam), ligado ao governo de Romeu Zema (Novo).
Entre os pontos levantados pela prefeitura est�o o risco geol�gico de eros�o do Pico Belo Horizonte, que � tombado nas esferas municipal e federal; risco � seguran�a h�drica da capital, considerando que o empreendimento interfere na Adutora do Taquaril, respons�vel pelo transporte de 70% da �gua tratada consumida pela popula��o de Belo Horizonte.
Al�m disso, risco � popula��o pela queda da qualidade do ar, tendo em vista a poeira da explora��o miner�ria; aumento de ru�dos em �rea residencial e pr�xima ao Hospital da Baleia, e a viola��o ao sossego, diante das vibra��es decorrentes da explora��o.
A prefeitura tamb�m aponta que o empreendimento pode afetar diretamente o “ambiente ecologicamente equilibrado” da regi�o, podendo prejudicar o Parque das Mangabeiras. A PBH pede que a licen�a ambiental de implanta��o do complexo miner�rio seja suspensa at� que todos os pontos sejam esclarecidos e que o estado reconhe�a a necessidade da participa��o de Belo Horizonte no processo.
A mineradora n�o respondeu os pontos levantados pela PBH sobre os impactos que o empreendimento traria � capital mineira. Em nota, a prefeitura de Belo Horizonte apenas lamentou a postura da Tamisa. "A Prefeitura de Belo Horizonte lamenta que a Tamisa tenha mantido a postura de n�o explicar os impactos da explora��o da Serra do Curral para Belo Horizonte e se limitado a insistir na exclus�o da capital na discuss�o", declarou a PBH.