
"Eu n�o estou participando internamente (da escolha do vice), mas de fora passa um pouco essa imagem de desorienta��o", afirmou Brant, em participa��o no programa "Caf� com Matte", do jornalista Marcelo Matte. A �ntegra da entrevista ser� exibida nesta quinta-feira (7/7), no YouTube.
Zema n�o esconde a prefer�ncia por um vice de outro partido, a fim de sinalizar � base aliada que pretende acompanh�-lo neste ano. Parte do Novo, no entanto, defende uma chapa puro-sangue com o ex-secret�rio-geral de Governo, Mateus Sim�es.
No leque de op��es externas, h� nomes como o do deputado federal Marcelo Aro (PP), l�der do governo mineiro no Congresso Nacional, e cujo pai, o Z� Guilherme, tamb�m do PP, lidera o bloco de deputados estaduais governistas.
O jornalista Eduardo Costa, do Cidadania, tamb�m recebeu convite para ser o vice. A composi��o, no entanto, pode ser barrada pela federa��o de seu partido com o PSDB de Brant. Os tucanos t�m Marcus Pestana, ex-secret�rio de Sa�de e ex-deputado federal, como pr�-candidato.
Paulo Brant foi filiado ao PSDB durante consider�vel tempo. Em 2018, quando Zema venceu a disputa estadual, o vice-governador estava filiado ao Novo. Ele retornou ao ninho tucano no ano passado.
O vice-governador mineiro classificou o partido de Zema como uma "bela ideia", mas ressaltou que a legenda ainda precisa de certo amadurecimento.
"O Novo tem que evoluir, principalmente, na quest�o de encarar a pol�tica n�o como um mal necess�rio, mas como algo fundamental para gerar consensos e converg�ncias", opinou.
Imbr�glio com a seguran�a gerou sa�da do Novo
Antes de retornar ao PSDB, Brant ficou cerca de um ano sem filia��o partid�ria. Ele deixou o Novo em mar�o de 2020, em meio a uma das crises do governo que foram geradas pela rela��o com a seguran�a p�blica.
� �poca, o Pal�cio Tiradentes havia prometido reajustar, em tr�s parcelas que totalizavam 41,7%, os sal�rios dos oficiais. Zema, no entanto, sancionou lei que garantia aumento de 13%. O caso culminou, inclusive, nas manifesta��es ocorridas no in�cio deste ano.
"Houve uma s�rie de reuni�es com os representantes da �rea de seguran�a, chegou-se a uma solu��o, o governo fez a proposta, a proposta foi aceita. Foi enviado um projeto de lei e a Assembleia aprovou. (N�o houve a san��o) por press�o do partido Novo nacional - � importante ressaltar, n�o foi o Novo estadual. Achei aquilo um absurdo", contou Brant, a Marcelo Matte. "A palavra dada tem de ser cumprida", emendou.
O vice-governador criticou as tentativas da dire��o nacional do Novo de interferir na gest�o p�blica em Minas.
"� �poca, eu n�o aceitava o fato do partido Novo querer influenciar e passar 'pitos' no governo. Eu acho que o governo � maior do que o partido. Ent�o, por conta disso, sa� do Novo. Porque eu me senti absolutamente desconfort�vel".
Antes de rumar ao Novo para ser o vice de Zema e depois da primeira passagem pelo PSDB, Brant comp�s os quadros do PSB. Ele era o preferido de Marcio Lacerda para suced�-lo em 2016, mas acabou compondo chapa com D�lio Malheiros (PSD).
Marcelo Matte, por sua vez, chegou a chefiar a secretaria de Estado de Cultura no in�cio do governo Zema. Antes, foi diretor da TV Globo em Minas Gerais.