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Estado de Minas ELEI��ES 2022

Deepfakes: entenda a 'nova cara' das fake news eleitorais

V�deos falsos, mas realistas, em que candidatos fazem coisas que nunca fizeram na vida real acendem novo alerta durante as elei��es de 2022


26/07/2022 16:33 - atualizado 26/07/2022 18:26

Montagem: deepfake Bolsonaro x deeepfake Lula
V�deos com Bolsonaro e Lula: imagens simulam o real, mas foram feitas via computador (foto: Redes Sociais)

J� imaginou o presidente Jair Bolsonaro (PL) de short vermelho, sem camisa e dan�ando o funk “Vai dar PT”, do Mc Rahell? Ou o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) reclamando do pre�o da “pa�oquinha”? Ambos os v�deos viralizaram nas redes sociais, mas n�o s�o reais. A pr�tica, chamada de deepfake, � uma tecnologia que usa intelig�ncia artificial (IA) para criar v�deos falsos, mas realistas, de pessoas fazendo coisas que nunca fizeram na vida real.

Conhecida no universo do TikTok, a pr�tica geralmente � feita com famosos, como Tom Cruise, Anitta e Tom Holland, mas, agora, come�ou a ser utilizada tamb�m com os candidatados as elei��es presidenciais. 

A nova tecnologia j� era aplicada no cinema, mas se popularizou em 2018 por aplicativos, que podem ser baixados no pr�prio celular e s�o de f�cil acesso.




O jornalista e deepfaker Bruno Sartori foi o respons�vel pelo v�deo em que Lula reclama sobre a pa�oquinha. Ele conta que fez o v�deo para alertar a popula��o. Nas redes, Bruno vem falando sobre esse tipo de produ��o. 

“Esse v�deo pode passar como real pra muita gente. Usei deepfake pra inserir o rosto de Lula e transferir o timbre de voz dele para a fala original: � um computador falando. Precisamos ficar alerta neste ano eleitoral, pois, podem aparecer conte�dos com intuito de enganar”, disse no Twitter.

Em conversa com o Estado de Minas, ele explicou como os v�deos, que surgiram em 2017, acabaram se tornando um poss�vel problema de dissemina��o de not�cias eleitorais falsas no Brasil de 2022.

“Com a viraliza��o de v�deos, como os que eu fa�o, e inser��o de aplicativos, as pessoas come�aram a ter mais contato com a tecnologia. Com isso, essa massifica��o come�ou a existir”, avalia. 

Mas, afinal, como come�aram esses v�deos?


Em 2017, quando um usu�rio do Reddit come�ou a postar v�deos falsos de sexo com famosas, a pr�tica come�ou a ficar conhecida. A t�cnica acabou ganhando as redes sociais depois que atrizes como Gal Gadot e Emma Watson foram v�timas.

Nesta semana, um v�deo de conte�do adulto que mostra Anitta em momentos �ntimos come�ou a circular pelo WhatsApp. Com isso, a assessoria da cantora precisou confirmar que n�o se tratava dela, e sim, de uma deepfake.

Para explicar como as deepfakes podem ser reconhecidas, Bruno Sartori usou o exemplo da cantora. “A melhor forma de identificar um deepfake � pensar no contexto da hist�ria daquele v�deo. Se est� num contexto absurdo, provavelmente � um deepfake”, disse. 

Segundo o especialista, o usu�rio precisa focar na forma com que o rosto est� inserido naquele v�deo, no fundo e pequenos detalhes, que entregam que aquelas imagens podem ter sido adulteradas. “Depende muito de quem cria a deeepfake, porque os especialistas v�o deixar os defeitos menos aparentes”, conta.



Como s�o feitas as deepfakes?


Para criar deepfakes � usada uma s�rie de softwares baseados em bibliotecas de c�digo abertas voltadas ao aprendizado de m�quina.

A t�cnica � baseada em deep learning, uma subclassifica��o de IA para definir algoritmos que podem reconhecer padr�es com base em um banco de dados. Ou seja, para criar um v�deo de deepfake de determinada personalidade, o sistema precisa ser alimentado com fotos e v�deos em que ela aparece. 

Treinada com base no conte�do fornecido, a IA aprende como a pessoa se comporta, passando a reconhecer padr�es de movimento, tra�os do rosto, da voz e outras caracter�sticas.

Com isso, o sistema usa uma t�cnica chamada rede contradit�ria para reproduzir os movimentos e a fala como se estivessem sendo realizados pela pessoa que ser� o alvo do v�deo. 

Fake news mundial e combate no Brasil


De v�deos em que o ex-presidente Barack Obama faz um pronunciamento at� imagens em que o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky faz um discurso anunciando rendi��o �s tropas da R�ssia, as deepfakes colaboram com as not�cias tendenciosas. 

De acordo com estudo divulgado pela Kaspersky, empresa de seguran�a digital, cerca de tr�s em cada cinco brasileiros nem mesmo conhecem esse conceito de manipula��o visual.

Segundo o estudo, essa taxa de desconhecimento de 65% pode abrir as portas para as fraudes. 

Existe tamb�m um alto �ndice de d�vida mesmo entre aqueles que sabem o que s�o os deepfakes, com 71% dos entrevistados admitindo n�o reconhecer quando um v�deo foi editado com o uso da t�cnica.

Como fugir das informa��es eleitorais falsas


O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) oferece diversas ferramentas e p�ginas virtuais que permitem a qualquer cidad�o ficar por dentro de como funciona o sistema eletr�nico de vota��o e se prevenir contra a dissemina��o de not�cias falsas e desinforma��o durante as elei��es de 2022. Apesar disso, nenhuma das a��es combatem a reprodu��o de deepfakes.

Segundo o TSE, o aumento significativo do uso das redes sociais, com a propaga��o de informa��es sem checagem nos canais digitais, fez crescer de forma preocupante o n�mero de not�cias que n�o t�m compromisso com a verdade e induzem interpreta��es err�neas.

Por isso, foi desenvolvido junto ao WhatsApp um chatbot (assistente virtual). A ferramenta foi criada para promover o acesso a informa��es sobre o processo eleitoral, bem como fornecer dados dos Portais do TSE e dos TREs, de forma gratuita.

Para ter acesso ao chatbot � simples: basta adicionar o telefone +55 61 9637-1078 � sua lista de contatos do WhatsApp.


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