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Estado de Minas RODOVIAS BLOQUEADAS

STF manobra para esvaziar armadilha de Bolsonaro nas estradas

Bolsonarismo estimula desobedi�ncia civil e for�a alguma autoridade estadual a pedir interven��o do Ex�rcito, que, pela Constitui��o, s� pode vir de Bolsonaro


01/11/2022 10:09 - atualizado 01/11/2022 11:22

Plenário do STF
Plen�rio do STF (foto: Flickr)
Ministros do Supremo Tribunal Federal creem que o movimento de caminhoneiros que bloqueia estradas em diversos pontos do pa�s � uma armadilha �bvia montada pelo entorno mais radical do presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado no domingo (30) por Luiz In�cio Lula da Silva (PT).

Da� a celeridade da corte em caracterizar a ilegalidade do protesto e pendurar no pesco�o do governo, na figura da Pol�cia Rodovi�ria Federal, a responsabilidade pela confus�o. Adiantando o debate jur�dico, avaliam ministros, a posi��o pretendida pelo Planalto fica enfraquecida.

 

O plano percebido pela c�pula do Judici�rio vem sendo telegrafado desde o ano passado, como exemplificou em artigo nesta Folha de S.Paulo Raul Jungmann, que na qualidade de ministro da Seguran�a P�blica do governo Michel Temer (MDB) lidou diretamente com a greve de caminhoneiros de 2018.

Segundo a trama, o bolsonarismo estimula uma desobedi�ncia civil ap�s a elei��o de Lula e for�a alguma autoridade estadual a pedir a interven��o do Ex�rcito. S� que, pela Constitui��o, quem tem de dar tal autoriza��o � Bolsonaro, e o impasse se coloca, culminando num embate entre Planalto e Supremo.

Ao avocar a discuss�o pr�via, na forma da decis�o de Alexandre de Moraes que j� tem maioria de apoio na corte, o Supremo esvazia o controle narrativo da crise por Bolsonaro, que se manteve quieto desde que perdeu o pleito por 1,8 ponto percentual no domingo. Com efeito, Moraes j� deu permiss�o �s PMs estaduais para fazer desbloqueios em pontos que a PRF n�o agir, inclusive estradas federais.

A realidade joga em favor da corte, tamb�m. Bolsonaro est� no momento mais isolado de todas sua mete�rica carreira rumo � Presid�ncia, conquistada em 2018. Nenhum aliado seu contestou o resultado da elei��o, ao contr�rio: do presidente da C�mara, Arthur Lira (PP-AL), ao pastor Silas Malafaia, diversos bolsonaristas pregaram respeito �s urnas.

Mais importante, o Alto-Comando do Ex�rcito fez chegar aos generais da reserva do Planalto o recado de que a For�a estar� ao lado da Constitui��o se houver algum tipo de embate institucional. Mesmo discordando com frequ�ncia e criticando ministros da corte, isso foi lido como apoiar decis�es do Supremo.

Sobraram a fam�lia de Bolsonaro e os supracitados generais palacianos, todos em sil�ncio mon�stico como o presidente. J� pularam do barco o vice, general Hamilton Mour�o, senador eleito, e o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), pr�cer do centr�o.

Com o refluxo apontado nos protestos em alguns pontos nesta manh� de ter�a (1º), a jogada de Moraes parece apontar para uma resolu��o da crise. A aus�ncia t�tica de Lula do debate � outro fator notado por observadores: o petista est� evitando se envolver e dar corpo ao que � visto como um esperneio final de um presidente derrotado.

Quem ter� problemas no processo parecer ser o comandante da PRF, Silvinei Vasques, que tem amea�a de pris�o na ordem de Moraes. Ele j� havia gerado grande desconfian�a ao mobilizar opera��es inauditas em estradas usadas por eleitores em regi�es de grande vota��o petista, no Nordeste, ap�s pedir voto para o chefe em redes sociais na v�spera.

 


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