
O bloqueio havia tirado R$ 244 milh�es das universidades e R$ 122 milh�es dos institutos, segundo informa��es das institui��es, totalizando R$ 366 milh�es de congelamento. A medida foi feita para atender as regras do teto de gastos, que limitam o aumento de despesas do governo.
Questionados pelo motivo do recuo, MEC (Minist�rio da Educa��o) e Minist�rio da Economia n�o responderam at� a publica��o deste texto.
O bloqueio total no MEC fora de R$ 1,4 bilh�o, segundo informa��es da Economia enviadas � Folha de S.Paulo. O governo n�o informou se o restante dos recursos congelados que atingem a pasta tamb�m ser� retomado.
Ap�s a decis�o da �ltima segunda, reitores afirmam que a gest�o das institui��es ficaria invi�vel. Em mensagem enviada a reitores por lideran�as do MEC, a pasta afirmou que "em momento nenhum participou dessa decis�o", tomada pela equipe do ministro Paulo Guedes (Economia).
A educa��o n�o foi a �nica �rea social atingida pelos cortes de Guedes. O governo Bolsonaro tamb�m decidiu bloquear nesta semana mais R$ 1,65 bilh�o do or�amento do Minist�rio da Sa�de.
No in�cio de outubro, quando o governo fizera outro bloqueio nos chamados limites de empenho (que definem quanto as institui��es podem de fato gastar) do MEC, havia o argumento de que tudo seria liberado em dezembro. O ministro da Educa��o, Victor Godoy Veiga, chegou a negar que houvesse corte e acusou reitores de fazer politicagem �s v�speras das elei��es.
O tema ganhou repercuss�o no debate eleitoral. Dias depois, Godoy anunciou o desbloqueio daquilo que, segundo ele dissera, nem havia sido bloqueado.
As institui��es j� vivem sob uma realidade de enxugamento de recursos neste ano. Em junho, universidades perderam R$ 438 milh�es e os institutos, R$ 186 milh�es.
A equipe do presidente eleito Luiz In�cio Lula da Silva (PT) negocia na PEC (Proposta de Emenda � Constitui��o) da Transi��o a retirada dos gastos do Bolsa Fam�lia do teto a fim de abrir espa�o fiscal para fortalecer o or�amento de v�rias �reas.
O gabinete de transi��o vislumbra um incremento de R$ 12 bilh�es nos recursos do MEC para o ano que vem caso a PEC consiga passar. Lula p�s como prioridade a retomada do or�amento das federais e o aumento do programa de alimenta��o escolar, ampliando assim as transfer�ncias federais para redes de ensino