A Justi�a Federal aceitou a den�ncia do Minist�rio P�blico Federal (MPF), e o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) se tornou r�u por tentativa de homic�dio contra policiais federais que cumpriam mandado de pris�o do ex-parlamentar, em outubro. A decis�o foi proferida nesta sexta-feira (9/12) pela ju�za Abby Ilharco Magalhaes, da 1ª Vara Federal de Tr�s Rios-RJ, cidade vizinha de Comendador Levy Gasparian, tamb�m no Rio de Janeiro, onde ocorreu o epis�dio.
Al�m de quatro tentativas de homic�dio, Jefferson responder� pelos crimes de resist�ncia qualificada, posse de tr�s granadas adulteradas e posse ilegal de arma de fogo de uso restrito e muni��o de uso permitido e restrito.
Conforme a decis�o da magistrada, "houve por parte do investigado ao menos a assun��o do risco de resultado(s) morte, caracterizando-se assim a modalidade dolosa para fins de delimita��o da compet�ncia constitucionalmente atribu�da ao Tribunal do J�ri".
Ela tamb�m considerou "indicativos suficientes de autoria emergem da situa��o de flagr�ncia, narrada nos depoimentos dos policiais federais que efetivaram as dilig�ncias, al�m da manifesta��o do pr�prio acusado em sede inquisitorial".
Den�ncia do MPF
Na den�ncia, os procuradores Charles Stevan da Mota Pessoa e Vanessa Seguezzi alegam que Roberto Jefferson agiu de forma consciente e com inten��o de ferir os policiais.
Segundo o documento, as granadas arremessadas por Jefferson foram incrementadas com "grandes peda�os de pregos cortados revestidos por fita adesiva, teve o claro prop�sito de conferir maior poder de letalidade ao artefato explosivo".
O texto ainda aponta que o ex-deputado premeditou o ataque acompanhando a chegada da Pol�cia Federal (PF) por c�meras de seguran�a. A den�ncia tamb�m cita que parte do armamento presente na casa do ex-deputado era irregular, por n�o corresponder ao endere�o declarado ao Comando do Ex�rcito.
Relembre o caso
No dia 23 de outubro, Roberto Jefferson estava em pris�o domiciliar. A medida foi revogada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ap�s descumprimento de v�rios pontos acordados entre a Justi�a e o ex-parlamentar. Entre as a��es estava um v�deo gravado pelo ex-deputado chamando a ministra C�rmen L�cia de prostituta.