
A pris�o tempor�ria de Xavante, ocorrida na segunda-feira, pela Pol�cia Federal, foi decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O magistrado acatou pedido da Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR). De acordo com o �rg�o, o cacique integrou o grupo que invadiu a sala de embarque do Aeroporto Internacional de Bras�lia, no �ltimo dia 2. Ele tamb�m convocou pessoas armadas para tentar impedir a diploma��o do presidente eleito Luiz In�cio Lula da Silva.
Xavante estaria sendo financiado pelo fazendeiro paulista, Dide Pimenta, que tem propriedade em Campin�polis (MT). Na regi�o, est� demarcada a Terra Ind�gena Parabubure, na qual vive parte da popula��o Xavante e a fam�lia do cacique.
Ele n�o tem a fun��o de cacique na aldeia dele. Na verdade, quem comanda o local � o cacique Celestino. Interlocutores da Articula��o dos Povos Ind�genas do Brasil (Apib) explicam que o ind�gena n�o � tradicional. Casou-se h� seis anos com uma mulher n�o ind�gena e atua como pastor evang�lico. A convers�o religiosa ocorreu ap�s ser preso por tr�fico de drogas.
Rafael Weree, membro da popula��o Xavante e presidente nacional do Movimento Ind�gena do PDT, enfatizou que o povo xavante � a favor da democracia e repudiou as a��es do cacique.
"Inclusive, foi muito alertado para ele sair desse barco, mas ele n�o deu ouvidos para ningu�m e continuou nessa caminhada muito extrema. Na pandemia, presenciamos a morte de tantos anci�os, ent�o n�o dever�amos apoiar uma pessoa dessa (Bolsonaro), que deu descaso total no atendimento � sa�de ind�gena", ressaltou. "Infelizmente, ele insistiu na divulga��o de fake news sobre o resultado da elei��o e atacou o presidente do TSE. Meu povo apoia a atitude do Alexandre de Moraes de encerrar esse assunto, essa bagun�a que ele vem fazendo."
De acordo com ele, o povo Xavante sempre lutou pela justi�a, pelos direitos, pelas terras. "N�o existe, para n�s, luta individual, sempre existiu a coletividade. Respeitamos o resultado da elei��o", destacou.