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Estado de Minas INSATISFA��O

Servidores do Ipea denunciam persegui��o pol�tica e criticam presidente

Servidores acusam o presidente, Erik Figueiredo, de acobertar casos de ass�dio moral e de persegui��o pol�tica na institui��o


15/12/2022 08:35 - atualizado 15/12/2022 09:19

Fachada do Ministério da Economia
O Instituto de Pesquisa Econ�mica Aplicada (Ipea) � uma funda��o p�blica federal vinculada ao Minist�rio da Economia (foto: Jos� Cruz/Ag�ncia Brasil)
Servidores do Ipea (Instituto de Pesquisas Econ�micas Aplicadas) acusam o presidente, Erik Figueiredo, de acobertar casos de ass�dio moral e de persegui��o pol�tica na institui��o, supostamente praticados por dirigentes da institui��o alinhados a Jair Bolsonaro.

A primeira den�ncia de uma s�rie que est� sendo preparada foi entregue � CGU (Controladoria-Geral da Uni�o) nesta segunda-feira (12) e tem como alvos o diretor de Estudos Setoriais, Infraestrutura, Regula��o e Inova��o (Diset), Jo�o Maria de Oliveira, e seu adjunto, Edison Benedito da Silva Filho.

Ela foi apresentada por um servidor. A reportagem teve acesso ao documento. Nele, Oliveira � acusado de praticar, ao longo dos oito �ltimos meses, ass�dio moral, difama��o, cal�nia contra colegas e, particularmente, contra servidores que haviam sido convidados por Figueiredo para assumir posi��o de comando em outras diretorias.

Oliveira � doutor em Economia pela UnB (Universidade de Bras�lia). Foi secret�rio-adjunto substituto da Secretaria de Administra��o e dos Recursos Humanos do Rio Grande do Norte e subsecret�rio de Pol�tica Fiscal do Minist�rio da Economia.

Servidor de carreira do Ipea, ele foi nomeado diretor da Diset em abril deste ano, pouco depois da demiss�o de integrantes da diretoria devido � posse de Erik Figueiredo.

O instituto realiza pesquisas como suporte para as a��es de governo na formula��o das pol�ticas p�blicas.
Em agosto, Figueiredo foi criticado por suposto uso pol�tico do Ipea ao assinar um estudo contestando outras pesquisas que mostraram o aumento no n�mero de brasileiros em situa��o de inseguran�a alimentar ou com fome.

Segundo o documento enviado � CGU, Figueiredo foi informado sobre os casos de ass�dio. "Infelizmente, o presidente do Ipea e o coordenador-geral de Recursos Humanos do �rg�o foram alertados sobre os problemas, mas se omitiram".

Os eventos teriam come�ado em abril, pouco ap�s um dos denunciantes ter sido convidado por Figueiredo para ser adjunto de uma diretoria.

Segundo a den�ncia, o diretor da Diset passou, ent�o, a "fazer campanha difamat�ria contra" este e outros servidores "para o presidente e demais colegas [convidados para assumir outras diretorias], fato que houve (sic) in�meras testemunhas. O presidente do �rg�o acabou optando por n�o nos nomear aos cargos que havia convidado, por�m, sem nem sequer nos comunicar. Ficamos sabendo pelo DOU [Di�rio Oficial da Uni�o]. Ao inv�s disso, nomeou o pr�prio Jo�o Maria para o cargo de diretor [da Diset]", diz o denunciante � CGU.

Ap�s a posse, ainda segundo ele, o diretor do Ipea passou a perseguir os servidores que, supostamente, "tinham opini�es ou mesmo vis�o pol�tica diferentes da atual gest�o". Jo�o Maria seria alinhado com o bolsonarismo.
Nesse grupo, estavam ao menos tr�s que teriam se tornado alvo de intimida��o. A pedido deles, a coluna preservou a identidade.

Eles trabalhavam em um projeto com o Banco Central, fruto de um acordo entre o Ipea e a autarquia. Dizem que, por ordem de Oliveira e sem explica��es, o projeto foi cancelado. Afirmam que as explica��es foram vagas e fantasiosas –como "o Banco Central n�o quer mais o projeto".

Os servidores afirmam ter enviado uma carta � Diset, apontando a falta de embasamento jur�dico para a decis�o do diretor.

Em resposta, disseram ter ouvido de Oliveira a seguinte frase: "Isso aqui n�o � uma democracia e vai ser como eu decidir".

A partir dali, ainda segundo a den�ncia, as persegui��es se intensificaram. Sem justificativa, Oliveira teria cancelado o DAS [bonifica��o] do coordenador de estudos em financiamento respons�vel pelo projeto com o BC.

Ele, ent�o, teria pedido que seu adjunto, Edison Benedito da Silva Filho, pressionasse o denunciante a trocar de diretoria.
Em conversa privada (que teria sido gravada), ele pediu pela sa�da ou o "colocaria no RH".

Ao mesmo tempo, disse que Oliveira teria pedido aos demais diretores do �rg�o que n�o o recebessem mais.

A situa��o, segundo o denunciante, o levou a uma depress�o profunda que o afastou por dois meses do trabalho. Em sua narrativa, ele afirma que outros servidores tamb�m enfrentam situa��o semelhante.

Por meio de sua assessoria, o Ipea informou que o presidente e os diretores envolvidos n�o receberam notifica��o da CGU sobre a suposta den�ncia. Por isso, o presidente do Ipea, o diretor e o diretor-adjunto da Diset n�o se manifestar�o no momento.



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