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Estado de Minas PEDIDO DE DESCULPAS

Cacique preso por atos bolsonaristas se desculpa com Lula e Moraes

O ind�gena Jos� Ac�cio Serere Xavante divulgou uma carta nesta quinta-feira (5/1), em que reconhece ter cometido um 'equ�voco'


05/01/2023 19:05 - atualizado 05/01/2023 19:18

José Acácio Serere Xavante
Jos� Ac�cio Serere Xavante, preso por atos antidemocr�ticos, como destacado pela PGR (foto: Reprodu��o/Redes sociais)
O ind�gena Jos� Ac�cio Serere Xavante, preso em dezembro por determina��o do Supremo Tribunal Federal (STF), se manifestou em uma carta divulgada nesta quinta-feira (5/1). Ele pediu desculpas ao presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) e ao ministro Alexandre de Moraes, por ter cometido um “equ�voco”. 
Apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Serere foi preso por ordem de Moraes por suspeita de amea�a de agress�o e persegui��o a Lula. A decis�o atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR).

Segundo investiga��es da Pol�cia Federal, o ind�gena realizou manifesta��es de cunho antidemocr�tico em diversos locais da capital federal, como em frente ao Congresso Nacional, no Aeroporto Internacional de Bras�lia, no centro de compras Park Shopping, na Esplanada dos Minist�rios e em frente ao hotel onde est�o hospedados o presidente e o vice-presidente da Rep�blica eleitos.

"A manifesta��o, em tese, criminosa e antidemocr�tica, revestiu-se do claro intuito de instigar a popula��o a tentar, com emprego de viol�ncia ou grave amea�a, abolir o Estado Democr�tico de Direito, impedindo a posse do presidente e do vice-presidente da Rep�blica eleitos", registrou a PGR. 
Moraes ressaltou que as condutas do investigado apresentam "agudo grau de gravidade" e que Serere Xavante convocou expressamente pessoas armadas para impedir a diploma��o dos eleitos.

Pedido de desculpas

Com menos de um m�s da pris�o, ele divulgou uma carta em que reconhece que cometeu um equ�voco “ao defender a tese de que haveria fraude, ou mesmo risco de fraude, nas urnas eletr�nicas”. Serere justificou que acreditou em informa��es erradas fornecidas por terceiros e “desvinculadas da realidade”.

Em seguida, se desculpou com os nomes diretamente afetados: “Pe�o, humildemente, desculpas ao povo brasileiro por eventuais declara��es exageradas que fiz, ao criticar o sistema eleitoral brasileiro. Da mesma forma, pe�o desculpas ao Supremo Tribunal Federal; ao Tribunal Superior Eleitoral, ao presidente irm�o Lula; ao irm�o Alexandre; a minha fam�lia; � minha querida tribo Xavante, e, aos meus amados irm�os da nossa igreja.".

Leia a carta na �ntegra:


Minha pris�o tem suscitado uma s�rie de informa��es desencontradas sobre minha vida, minha fam�lia, meus prop�sitos pol�ticos e pessoais. Ent�o, para desfazer qualquer mal-entendido, por meio desta Nota Oficial, gostaria de registrar publicamente, por decis�o pr�pria, livre de qualquer coa��o, minha posi��o, reconhecimento e declara��o, a seguir.

Antes de mais nada, reconhe�o que cometi um equ�voco ao defender a tese de que haveria fraude, ou mesmo risco de fraude, nas urnas eletr�nicas.

Na verdade, n�o h� nenhum ind�cio concreto que aponte para o risco de distor��o no resultado �s urnas, ou na vontade do eleitor brasileiro.

Defendi a tese da suposta fraude, com base em informa��es erradas, que me foram fornecidas por terceiros, que, agora, olhando para tr�s, vejo que estavam inteiramente desvinculadas da realidade.

N�o defendi e n�o defendo ruptura democr�tica, nem acredito em m�todos violentos, e/ou qualquer tipo de viol�ncia, como m�todo de a��o pol�tica.

Sou um xavante, pai, crist�o, pastor, criado num local remoto, com muito respeito � verdade, e como tal, entendo que o amor, o perd�o e a concilia��o s�o os �nicos caminhos poss�veis para a vida em sociedade.

Pe�o, humildemente, desculpas ao povo brasileiro por eventuais declara��es exageradas que fiz, ao criticar o sistema eleitoral brasileiro. Da mesma forma, pe�o desculpas ao Supremo Tribunal Federal; ao Tribunal Superior Eleitoral, ao presidente irm�o Lula; ao irm�o Alexandre; a minha fam�lia; � minha querida tribo Xavante, e, aos meus amados irm�os da nossa igreja.

Para evitar a divulga��o de mentiras a meu respeito, bem como qualquer atua��o leviana. usando o meu nome, registro aqui que est�o autorizados a falar em meu nome, apenas, os advogados constitu�dos, por mim, nos autos: J�ssica Tavares, Pedro Coelho e Jo�o Pedro Mello."


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