
"O segundo escal�o precisa de cargos para acomodar for�as pol�ticas. O Lula tem o faro para isso, ele n�o vai conseguir atender a todos e vai sair gente enfurecida com as escolhas que vir�o. Fora aqueles que podem escolher n�o permanecer nos cargos de ministros", explicou o cientista pol�tico Andr� C�sar. A forma��o do segundo escal�o precisa atender as legendas menores, que n�o foram contempladas com minist�rios pelo presidente Lula. "Um exemplo disso � o Uni�o Brasil. Apesar de estar com tr�s minist�rios, a bancada na C�mara dos Deputados da sigla n�o est� se sentindo contemplada."
O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), disse, ap�s o encontro de Lula com os ministros na sexta, que vai atender, na distribui��o de cargos, todas as legendas que v�o compor a base de sustenta��o do governo no Congresso. De acordo com o titular da pasta, ser�o levados em conta crit�rios pol�ticos e t�cnicos.
"N�o s�o composi��es com pessoas diferentes. S�o composi��es que buscam pessoas que re�nam as duas qualidades: tenham representa��o, do peso pol�tico no Congresso, e tragam consigo uma capacidade t�cnica de encaminhar aquilo que � pertinente � sua pasta e � �rea onde ele vai ser indicado", afirmou.
Segundo C�sar, o Partido dos Trabalhadores sempre quis ocupar esses cargos. "Podemos citar, como exemplo, a indica��o para o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educa��o (FNDE) feita pelo ministro da Educa��o, Camilo Santana", apontou.
As nomea��es no MEC foram bastante comemoradas, pois abriram espa�o para mulheres e t�cnicas qualificadas, como a professora Mercedes Bustamante, da Universidade de Bras�lia (UnB), que foi anunciada na �ltima sexta como a nova presidente da Coordena��o de Aperfei�oamento de Pessoal de N�vel Superior (Capes).
Cargos de confian�a
Outro ind�cio que mostra as prefer�ncias para os cargos do segundo escal�o � a escolha do ex-chanceler Celso Amorim, que volta como assessor especial de Lula. A nomea��o foi publicada na edi��o-extra do Di�rio Oficial da Uni�o (DOU), na quinta-feira. Amorim esteve � frente do Itamaraty nas duas gest�es anteriores do chefe do Executivo. J� no governo da ex-presidente Dilma Rousseff, comandou a Defesa.
