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Estado de Minas ATOS GOLPISTAS

Um m�s depois de ataque golpista em Bras�lia, segue investiga��o de crimes

Com o objetivo de marcar a data, o Congresso programou uma cerim�nia para esta quarta-feira (8/2)


08/02/2023 08:34 - atualizado 08/02/2023 08:54

milhares de pessoas invadem a sede do Congresso Nacional
Milhares de pessoas avan�aram sobre as sedes dos tr�s poderes, em vandalismo jamais visto no pa�s (foto: Marcelo Camargo/Ag�ncia Brasil)


Um m�s se passou desde que os golpistas vestidos de verde e amarelo atacaram o Pal�cio do Planalto, o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF), em manifesta��o contra a elei��o do presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT). A investida dos terroristas bolsonaristas provocou tamanha depreda��o dos pr�dios dos Tr�s Poderes, que as a��es de recupera��o ainda est�o em andamento e algumas podem ser finalizadas somente no ano que vem.

Com o objetivo de marcar a data, o Congresso programou uma cerim�nia para hoje. Representantes do Legislativo participar�o do evento "O caminho inverso: ato pela democracia", a partir das 14h, no Sal�o Negro. O local foi o primeiro a ser invadido pelos terroristas em 8 de janeiro.

O intuito � contrapor a invas�o violenta com uma marcha pac�fica. Participar�o corais dos �rg�os do Legislativo — C�mara, Senado e Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) — que cantar�o o Hino Nacional. Autoridades brasileiras e estrangeiras, como os integrantes da coaliz�o Capitol Strong, formada por entidades que se uniram ap�s a invas�o do Congresso dos Estados Unidos, tamb�m far�o parte da manifesta��o.


Desde os ataques extremistas, 1,4 mil pessoas foram presas. Parte delas est� em penitenci�rias, outra parte, cumpre pris�o domiciliar, com uso de tornozeleira eletr�nica. As deten��es ainda est�o em andamento. Ontem, por exemplo, a Pol�cia Federal cumpriu a quinta fase da Opera��o Lesa P�tria, pela qual foram presos quatro oficiais da Pol�cia Militar do Distrito Federal.

As investiga��es apontam que os atos golpistas de 8 de janeiro tiveram o envolvimento de militares, foram planejados por semanas e contaram com substancial apoio de pol�ticos e empres�rios. A apura��o sobre os financiadores tamb�m ainda est�o em andamento e ainda n�o foram anunciados resultados.

O plano de derrubar o governo eleito teve resultado negativo para os bolsonaristas extremistas envolvidos nos ataques. Foram detidos, logo ap�s a baderna ou no dia seguinte, cerca de dois mil golpistas, que estavam em acampamentos montados na frente de quart�is do Ex�rcito pelo pa�s.

Desse total, pouco mais de 500 acabaram liberados por serem idosos, doentes ou gestantes. Foram homologadas as pris�es de 1.381 envolvidos. Desse n�mero, 922 seguem presos em penitenci�rias do Distrito Federal. Os demais conseguiram liberdade provis�ria, porque a participa��o deles foi considerada secund�ria, mas est�o obrigados a usar tornozeleira eletr�nica.

Em entrevista � R�dio Bandeirantes, o ministro da Justi�a, Fl�vio Dino, afirmou que "havia profissionais" entre os envolvidos nos ataques terroristas, que "fizeram rapel" e "sabiam a localiza��o dos equipamentos" danificados e roubados das sedes dos Tr�s Poderes. "Tivemos policiais militares do Distrito Federal que foram espancados, com barras de ferro, por pessoas fortes. Havia profissionais ali no meio daquela multid�o. N�o eram s� pessoas contaminadas por fake news de WhatsApp", enfatizou.

Segundo o ministro, a participa��o de membros das For�as Armadas e de for�as de seguran�a nos ataques est� sendo investigada. "Essas pessoas t�m que ser individualizadas para cumprirmos com o preceito crist�o de separa��o do joio e do trigo. A imensa maioria das pessoas nas For�as Armadas e nas pol�cias s�o trigo, s�o pessoas s�rias, com enorme respeito aos seus deveres", frisou. "Infelizmente, no meio ali havia pessoas que estavam traindo a p�tria, traindo o seu juramento."

Dino acrescentou que o envolvimento de militares ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) � "uma hip�tese de investiga��o muito forte" e que ainda precisa ser confirmada.

Bloqueio de bens

Em outro desdobramento do caso, a Advocacia-Geral da Uni�o (AGU) pediu, ontem, � Justi�a Federal do DF o aumento do bloqueio de bens dos presos para R$ 20,7 milh�es. O montante solicitado anteriormente era de R$ 18,5 milh�es e foi atualizado de acordo com novas avalia��es de danos.

No pedido, a AGU argumenta que o aumento � decorrente da eleva��o da estimativa feita pela C�mara dos Deputados, que saiu de R$ 1,1 milh�o em preju�zo para R$ 3,3 milh�es. O bloqueio foi solicitado para garantir o eventual pagamento de indeniza��es por parte dos envolvidos nos atos terroristas.

O pedido de bloqueio atinge 42 pessoas citadas na �ltima a��o cautelar. At� agora, foram quatro processos sobre bloqueio dos bens de 176 pessoas e sete empresas acusadas de envolvimento nos ataques. O primeiro pedido foi feito em 12 de janeiro. � �poca, os danos ao patrim�nio dos Tr�s Poderes eram estimados em R$ 6,5 milh�es, mas a AGU afirmou que a expectativa era de aumento ao longo das semanas, � medida em que o preju�zo era contabilizado.


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