
O deputado federal cassado desistiu de tentar manter alguma influ�ncia sobre a sigla ap�s a fus�o com o Patriota e o veto ao seu nome na dire��o do Mais Brasil, resultante da uni�o ainda sob avalia��o do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Em Bangu 8, ele alimenta o sonho de fundar um partido de direita se sair da cadeia.
A preocupa��o mais imediata da defesa, contudo, � se defender da a��o penal em que � r�u sob acusa��o de tentativa de homic�dio contra quatro policiais federais que efetuariam sua pris�o em outubro.
O prazo para a resposta � acusa��o � na semana que vem, e o foco � na produ��o de um laudo que questione o relato feito pelos agentes.acordo com den�ncia do Minist�rio P�blico Federal, Jefferson disparou cerca de 60 tiros com uma carabina e tr�s granadas adulteradas com pregos contra os policiais que foram cumprir a ordem de pris�o expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal) no inqu�rito das mil�cias digitais.
Dois agentes ficaram feridos por estilha�os e, segundo a Procuradoria, uma policial s� n�o foi baleada na perna porque o proj�til atingiu o cano de sua pistola.
A principal linha de defesa ser� atribuir aos agentes um excesso de leg�tima defesa. Um perito contratado pelos advogados de Jefferson pretende mostrar que os policiais n�o atiraram apenas para interromper os disparos do deputado cassado, como afirmaram, mas tamb�m para atingi-lo.
O foco � tentar derrubar 1 dos 2 mandados de pris�o preventivos expedidos contra o deputado cassado desde outubro.
At� o momento, nenhum habeas corpus foi protocolado no TRF-2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Regi�o). O objetivo � tentar reverter a medida cautelar junto � primeira inst�ncia para, depois, tentar derrubar a pris�o preventiva decretada por Moraes.
Newsletter FolhaJus+ Receba no seu email as not�cias sobre o cen�rio jur�dico e conte�dos exclusivos: an�lise, dicas e eventos; exclusiva para assinantes. *** Jefferson foi preso em 23 de outubro por ordem do ministro sob alega��o de descumprimento, de forma reiterada, das regras da pris�o domiciliar.
Um dia antes, ele havia usado a conta no Twitter da filha, Cristiane Brasil (PTB), para xingar a ministra do STF C�rmen L�cia. A magistrada foi chamada de "bruxa de Blair", "C�rmen L�cifer" e comparada a prostitutas.
Jefferson estava em pris�o domiciliar desde janeiro de 2022 por quest�es de sa�de. Na ocasi�o, Moraes relaxou a pris�o preventiva decretada em agosto de 2021 no �mbito do inqu�rito das mil�cias digitais.
Ele havia sido preso porque, no entendimento do ministro, divulgou v�deos e mensagens com o "n�tido objetivo de tumultuar, dificultar, frustrar ou impedir o processo eleitoral, com ataques institucionais ao TSE e ao seu presidente".
No final de julho daquele ano, Jefferson concedeu uma entrevista a um canal no YouTube em que defendeu a interven��o militar.
"Defendo o artigo 142 da Constitui��o, uma interven��o do poder moderador e garantidor das For�as Armadas", "o Supremo n�o � mais uma institui��o" e "temos que agir agora [...] e, se preciso, invadir o Senado" foram algumas das declara��es dadas.
PF justificou o pedido dizendo que as postagens nas redes sociais e as declara��es em entrevistas indicavam a atua��o de Jefferson na organiza��o criminosa investigada por atacar as institui��es, desacreditar o processo eleitoral, refor�ar a polariza��o e o �dio e gerar animosidade na sociedade.
Enquanto preparava sua defesa, o deputado cassado assistiu da pris�o os atos golpistas do dia 8 de janeiro. Ele, que fez uma s�rie de amea�as �s institui��es nos �ltimos anos, avaliou que a tentativa de levante bolsonarista vai dificultar o fortalecimento da direita no pa�s.
Jefferson foi vetado de participar da dire��o do Mais Brasil, fus�o entre o PTB e Patriota. Os petebistas elegeram apenas um deputado e n�o cumpriram a cl�usula de barreira, ficando sem acesso ao Fundo Partid�rio e � propaganda de TV.
Em Bangu 8, o deputado cassado tem enviado poucos recados a aliados, diferentemente do que fez quando esteve preso pela primeira vez pelo inqu�rito das mil�cias digitais. Na ocasi�o, ele enviava mensagens por meio da mulher, Ana L�cia, e seus advogados.
Jefferson est� no mesmo pres�dio do ex-deputado Daniel Silveira, preso no in�cio do m�s tamb�m por descumprimento de medidas cautelares impostas por Moraes. Os dois est�o em alas separadas e se encontram eventualmente durante o banho de sol.