Bolsonaro responde a 16 a��es no TSE, que podem levar � sua inelegibilidade, e a diversos inqu�ritos criminais e civis que podem resultar em condena��o � pris�o. Mas ele s� poder� ser recolhido ao c�rcere em decorr�ncia de uma senten�a condenat�ria transitada em julgado, ou seja, quando n�o couber mais recurso em nenhuma inst�ncia da Justi�a.
O tempo para que uma investiga��o se transforme em den�ncia formal e depois em condena��o em primeira, segunda e enfim terceira inst�ncias � de pelo menos quatro anos, calculam magistrados de Bras�lia.
Lula, por exemplo, sofreu a primeira den�ncia em 2015. E s� foi preso ap�s quatro anos, em 2018, depois de condenado em segunda inst�ncia, o que era permitido naquela �poca. Se j� valesse a regra da terceira inst�ncia, ele teria sido preso cerca de um ano depois.Bolsonaro responde ainda a inqu�ritos no pr�prio STF, como o dos atos de vandalismo do dia 8 de janeiro –o que pode encurtar o tempo de uma condena��o. Ainda assim, os processos devem ter tramita��o longa, afastando a hip�tese de pris�o imediata.
A �nica possibilidade de Bolsonaro ser preso, dizem os mesmos magistrados, se apresentaria no caso de ele tentar obstruir investiga��es, destruindo provas ou intimidando testemunhas.
O ex-presidente pode ser preso tamb�m por decis�o de um juiz de primeira inst�ncia, onde responder� a oito investiga��es. Nessa hip�tese, no entanto, a maior probabilidade � a de que o STF reverta a deten��o –como fez no caso de Michel Temer. Preso em 2019, ele passou apenas quatro noites em uma cela.
Magistrados afirmam tamb�m que o custo pol�tico n�o entra no c�lculo jur�dico, mas entendem que a pris�o de Bolsonaro elevaria o n�vel de tens�o no Brasil de forma indesejada, permitindo que ele adotasse o papel de "m�rtir".
O trauma da pris�o de Lula em um processo que depois foi anulado porque Sergio Moro foi considerado parcial refor�aria a necessidade de cautela nas decis�es.