
Os ministros da Defesa, Jos� M�cio, e da Justi�a e Seguran�a P�blica, Fl�vio Dino, anunciaram um novo fechamento do espa�o a�reo em Roraima, sobre as Terras Ind�genas Yanomami, a partir de 6 de abril.
A medida acontece um m�s antes do previsto inicialmente no plano de “desintrus�o” do garimpo ilegal das terras ind�genas.
“Voos ilegais chegaram a praticamente zero, mas ainda h� essa movimenta��o, por isso h� essa nova orienta��o. O que n�s estamos afirmando � que Defesa e Justi�a em conjunto v�o ampliar suas a��es agora no m�s do mar�o, e com certeza, at� essa data programada de 6 de abril, n�s teremos o fim dessa atividade ilegal no Territ�rio Yanomami”, prometeu Dino na manh� de ontem, logo ap�s a reuni�o com o colega da Defesa, na sede da pasta.
M�cio, por sua vez, ressaltou que as a��es conjuntas devem se intensificar. “Uma coisa importante � que teremos algumas opera��es conjuntas entre os minist�rios em rela��o � seguran�a da Amaz�nia”, disse o ministro.
"� importante para desestimular a quest�o do garimpo. Evidentemente que nesses �ltimos dias tem acontecido um, dois voos no m�ximo. Ent�o n�s vamos dar mais este prazo para a partir do dia 6 de abril fechar completamente", acrescentou M�cio. A For�a A�rea Brasileira (FAB) prev� que somente aeronaves militares ou envolvidas na chamada Opera��o Escudo Yanomami sejam autorizadas a sobrevoar o territ�rio ind�gena.
Dino revelou ainda que o seu minist�rio vai “intensificar as opera��es da Pol�cia Federal, alinhado com o Minist�rio da Defesa”. “Identificamos as �reas onde ainda h� opera��es de garimpo, tamb�m identificamos �reas onde ainda h� apoio a essas opera��es ilegais, e esses ser�o os alvos dos pr�ximos dias de a��es da Pol�cia Federal”, afirmou.
"Para ter uma ordem grandeza, esses voos que chegam a um ou dois j� foram 30, j� foram 40. Ent�o n�s estamos vendo que a opera��o est� sendo bem-sucedida nas suas v�rias fases e ela deve ser conclu�da at� o dia 6 de abril", acrescentou Dino.
Dino afirmou que haver� intensifica��o de a��es na regi�o no m�s de mar�o, inclusive no que cabe � Pol�cia Federal (PF). Ele diz acreditar que h� menos de mil pessoas que insistem em ficar na regi�o. O ministro n�o soube informar quantas pessoas foram presas por causa das atividades do garimpo ilegal.
“Como h� ainda duas ou tr�s �reas em que as pessoas est�o insistindo (em ficar no garimpo ilegal], nessa nova fase vai haver o fechamento do corredor, no que se refere ao tr�fego a�reo, e n�s vamos agora j� na pr�xima semana intensificar pris�es das pessoas que est�o infelizmente descumprindo a lei e fazendo garimpo no territ�rio yanomami”, disse Dino.
Balan�o da PF divulgado no �ltimo dia 16 aponta que a opera��o para retirada de garimpeiros do territ�rio yanomami contabilizava, em uma semana, a destrui��o de quatros avi�es, uma embarca��o e 40 balsas. A lista incluiu ainda um garimpo de min�rio e uma base de suporte log�stico, al�m de itens como barracas, um ve�culo e um trator esteira.
Os ministros disseram que a��es humanit�rias para a comunidade ind�gena v�o permanecer. Segundo o balan�o do dia 16, mais de 105 toneladas de mantimentos e medicamentos foram transportadas, e 5.200 cestas b�sicas entregues. No hospital de campanha montado pela FAB para aten��o exclusiva aos ind�genas, foram realizados 1.300 atendimentos.
In�cio
O primeiro bloqueio foi em 1º de fevereiro. Decreto assinado pelo presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) no fim de janeiro ampliou o poder de atua��o dos minist�rios da Defesa, da Sa�de, do Desenvolvimento Social e Assist�ncia Social, Fam�lia e Combate � Fome e dos Povos Ind�genas na regi�o.
Segundo Fl�vio Dino, houve uma redu��o “significativa” de crimes na regi�o. A PF investiga relatos de que ind�genas yanomamis foram mortos por garimpeiros no territ�rio, em meio ao processo de asfixia do garimpo ilegal. A corpora��o tamb�m prev� dilig�ncias para investigar den�ncias de que cerca de 30 adolescentes yanomamis foram estupradas por garimpeiros e ficaram gr�vidas.