
Presidente tamb�m do Conselho Municipal de Educa��o (Comed), ele usou a tribuna livre da C�mara de Divin�polis para pedir a revoga��o da lei que pro�be a linguagem neutra nas escolas do munic�pio e em concursos p�blicos. A norma, em vigor desde 2021, � derivada do projeto de lei apresentado pelo hoje deputado estadual Eduardo Azevedo (PSC).
O pedido � baseado em uma decis�o do Supremo Tribunal Federal (STF), que declarou, em fevereiro deste ano, inconstitucional a lei de mesmo teor do estado de Rond�nia.
A linguagem tamb�m conhecida como “n�o bin�ria” e inclusiva visa substituir amigo ou amiga por amigx ou amigue. � uma forma de neutralizar as palavras para quem n�o se identifica como homem ou mulher.
A proibi��o, segundo o professor, est� “diretamente ligada” a quest�es “da homofobia e transfobia”, assim como o discurso do deputado federal.
“N�o podemos aceitar que continue acontecendo casos como o que aconteceu na C�mara Federal, em que um deputado, inclusive de Minas Gerais, em um discurso asqueroso, cometeu um crime ao menosprezar as mulheres e as pessoas trans, inclusive usando uma peruca loira para falar como uma mulher. Casos desse tipo, assim como a proibi��o da linguagem inclusiva, est�o interligados, e precisamos perceber a rela��o”, analisou.
E disse que as pessoas transsexuais e n�o bin�rias t�m o direito de ser reconhecidas como desejarem. “� preciso que nas escolas e nos espa�os educacionais as variantes lingu�sticas, que est�o sendo hoje discutidas e faladas pelo pa�s, sejam objetos de discuss�es”, defendeu.
Discurso transf�bico
O discurso carregado de preconceito foi feito por Nikolas Ferreira no Dia Internacional da Mulher. “Hoje me sinto mulher, deputada Nikole, e tenho algo muito interessante para falar. As mulheres est�o perdendo seu espa�o para homens que se sentem mulheres”, declarou. Disse tamb�m que as mulheres est�o perdendo espa�o em concursos de beleza e no esporte.
Ap�s a repercuss�o, o deputado federal se defendeu e negou ter cometido transfobia.
"Defendi o direito das mulheres de n�o perderem seu espa�o nos esportes para trans - visto a diferen�a biol�gica - e de n�o ter um homem no banheiro feminino. N�o h� transfobia em minha fala. Elucidei o exemplo com uma peruca (chocante). O que passar disso � histeria e narrativa”, argumentou em um post no Twitter.