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Estado de Minas BRAS�LIA

Nikolas Ferreira usa peruca loira para fazer discurso transf�bico na C�mara

No Dia Internacional das Mulheres, deputado mineiro disse, em tom jocoso, se chamar 'Nikole'


08/03/2023 15:57 - atualizado 08/03/2023 15:58

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) utilizou a tribuna do plen�rio da C�mara dos Deputados, nesta quarta-feira (8/3), para fazer um discurso de teor transf�bico. Vestindo uma peruca loira, ele ironizou as mulheres trans e afirmou que, com o adere�o, se "sentia mulher". Em determinado momento, tamb�m em tom jocoso, o parlamentar se autointitulou de "deputada Nikole".


"As mulheres est�o perdendo seu espa�o para homens que se sentem mulheres", disse Nikolas, em parte do pronunciamento transf�bico, feito durante sess�o que fez alus�es ao Dia Internacional das Mulheres.

O deputado federal Nikolas Ferreira
De peruca, Nikolas fez discurso transf�bico na C�mara (foto: TV C�mara/Reprodu��o)

 

Leia: Nikolas protocola representa��o contra Secom por 'uso indevido' 

  

"Posso ir para a cadeia caso eu seja condenado por transfobia. Por que xinguei ou pedi para matar? N�o. Porque, no Dia Internacional da Mulher, h� dois anos, parabenizei as mulheres XX. �, na verdade, uma imposi��o. Ou voc� concorda com o que est�o dizendo ou, caso contr�rio, � um transf�bico, homof�bico ou preconceituoso", continuou.

 

Leia: Bolsonaro vetou recursos que Nikolas e Cleitinho cobram de Lula para BR-367  

 

Minas Gerais, vale lembrar, elegeu uma deputada trans no ano passado. Trata-se de Duda Salabert, do PDT. Antes, ela foi vereadora de Belo Horizonte. Como mostrou mais cedo o Estado de Minas, ela pretende protocolar projetos de lei (PLs) voltados para programas que facilitem o acesso de travestis e transexuais ao mercado formal de trabalho.

 

O que � homofobia?

A palavra “homo” vem do grego antigo homos, que significa igual, e “fobia”, que significa medo ou avers�o. Em defini��o, a homofobia � uma “avers�o irreprim�vel, repugn�ncia, medo, �dio e preconceito” contra casais do mesmo sexo, no caso, homossexuais.

Entretanto, a comunidade LGBTQIA+ engloba mais sexualidades e identidades de g�nero. Assim, o termo LGBTQIA fobia � definida como “medo, fobia, avers�o irreprim�vel, repugn�ncia e preconceito” contra l�sbicas, gays, bissexuais, transsexuais, n�o-bin�res, queers (que � toda pessoa que n�o se encaixa no padr�o cis-hetero normativo), itersexo, assexual, entre outras siglas.

A LGBTQIA fobia e a homofobia resultam em agress�es f�sicas, morais e psicol�gicas contra pessoas LGBTQIA .

Homossexualidade n�o � doen�a

Desde 17 de maio de 1990, a a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) excluiu homossexualidade da Classifica��o Internacional de Doen�as (CID). Antes desta data, o amor entre pessoas do mesmos sexo era chamado de "homossexualismo”, com o sufixo “ismo”, e era considerado um “transtorno mental”.

O que diz a legisla��o?

Atos LGBTQIA fobicos s�o considerados crime no Brasil. Entretanto, n�o h� uma lei exclusiva para crimes homof�bicos.

Em 2019, ap�s uma A��o Direta de Inconstitucionalidade por Omiss�o (ADO 26), o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que os crimes LGBTQIA devem ser "equiparados ao racismo". Assim, os crimes LGBTQIA fobicos s�o julgados pela Lei do Racismo (Lei 7.716, de 1989) e podem ter pena de at� 5 anos de pris�o.

O que decidiu o STF sobre casos de LGBTQIA+fobia

  • "Praticar, induzir ou incitar a discrimina��o ou preconceito" em raz�o da orienta��o sexual da pessoa poder� ser considerado crime
  • A pena ser� de um a tr�s anos, al�m de multa
  • Se houver divulga��o ampla de ato homof�bico em meios de comunica��o, como publica��o em rede social, a pena ser� de dois a cinco anos, al�m de multa

Criminaliza��o no Brasil

H� um Projeto de Lei (PL) que visa criminalizar o preconceito contra pessoas LGBTQIA no Brasil. Mas, em 2015, o Projeto de Lei 122, de 2006, PLC 122/2006 ou PL 122, foi arquivado e ainda n�o tem previs�o de ser reaberto no Congresso.

Desde 2011, o casamento homossexual � legalizado no Brasil. Al�m disso, dois anos mais tarde, em 2013, o Conselho Nacional de Justi�a (CNJ) aprovou e regulamentou o casamento civil LGBTQIA no Brasil.

Direitos reconhecidos

Assim, os casais homossexuais t�m os mesmos “direitos e deveres que um casal heterossexual no pa�s, podendo se casar em qualquer cart�rio brasileiro, mudar o sobrenome, adotar filhos e ter participa��o na heran�a do c�njuge”. Al�m disso, os casais LGBTQIA podem mudar o status civil para ‘casado’ ou ‘casada’.

Caso um cart�rio recuse realizar casamentos entre pessoas LGBTQIA , os respons�veis podem ser punidos.

Leia mais: Mesmo com decis�o do STF, barreiras impedem a criminaliza��o da LGBTQIA fobia

Como denunciar casos de LGBTQIA+fobia?

As den�ncias de LGBTQIA fobia podem ser feitas pelo n�mero 190 (Pol�cia Militar) e pelo Disque 100 (Departamento de Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos).

aplicativo Oi Advogado, que ajuda a conectar pessoas a advogados, criou uma ferramenta que localiza profissionais especializados em denunciar crimes de homofobia.

Para casos de LGBTQIA fobia online, seja em p�ginas na internet ou redes sociais, voc� pode denunciar no portal da Safernet.

Al�m disso, tamb�m � poss�vel denunciar o crime por meio do aplicativo e do site Todxs, que conscientiza sobre os direitos e apoia pessoas da comunidade LGBTQIA .
 

 

 


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