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Estado de Minas SABIA N�O, UAI #07

Influenciadores explicam a sigla LGBTQIA+ e suas lutas: veja v�deo

No Dia Internacional do Orgulho LGBT, aprenda qual o significado de cada letra da palavra LGBTQIA+ e o que elas representam para cada comunidade


28/06/2021 10:00 - atualizado 28/06/2021 19:20


Junho celebra a comunidade LGBTQIA+ com arco-�ris, bandeiras e hashtags de muito orgulho, especialmente nesta segunda-feira (28/6), quando � comemorado o Dia Internacional do Orgulho LGBT. A data foi escolhida em homenagem � Revolu��o de Stonewall, ocorrida nos Estados Unidos. Mas voc� conhece o que significa cada uma das letras da sigla LGBTQIA ? Convidamos influenciadores digitais ligados a cada uma delas para esclarecer d�vidas e falar da import�ncia delas.
  

L (l�sbica)

Entre a falta de representatividade e a hiperssexualiza��o dos corpos, a comunidade l�sbica enfrenta preconceitos di�rios. A cantora e influenciadora digital Juliana Arv, de 24 anos, que � l�sbica, relata que, muitas vezes, algumas mulheres n�o gostam de usar o termo “sapat�o” ou “l�sbica” para se definir pois as palavras “parecem estar ligadas a algo negativo, pejorativo”.

“Por isso, muitas mulheres l�sbicas ou sapat�es t�m medo de usarem essas palavras. O que dificulta que a gente se entenda e se encontrem nos espa�os”, relata Juliana. A cantora conta que � dificil saber quando uma celebridade � realmente l�sbica. “A gente n�o sabe quais artistas s�o l�sbicas, ou bi ou pan, por essas mulheres n�o levantarem a bandeira. Ent�o, a gente olha para uma menina que se relaciona com outra menina, e n�o sabe qual bandeira essa pessoa representa”.
Para a influencer, � dif�cil encontrar mulheres l�sbicas que se posicionam de forma pol�tica. “Assim, a narrativa l�sbica acaba sendo varrida pra debaixo do tapete”, afirma. “�s vezes, a gente por ser l�sbica n�o se v� representada e duvida da nossa capacidade de amar e ser amada, mas isso n�o tem nada a ver”, comenta Juliana.

Invalida��o da sexualidade

A cantora completa que quando h� uma representa��o l�sbica, seja em filmes, s�ries ou em m�sicas, geralmente outras formas de invalida��o da sexualidade aparecem. “�s vezes, isso acontece de forma hiperssexualizada, colocando a mulher como objeto. E tamb�m tratam a rela��o entre duas mulheres de forma hetero normativa, em que uma mulher faz o papel de ‘homem’ e a outra de ‘mulher’”, diz.

Juliana lembra que n�o existe “homem e mulher” em uma rela��o l�sbica. “S�o duas mulheres se relacionando juntas, independentemente do jeito de uma ou da outra. A heteronormatividade est�, infelizmente, presente dentro de todos n�s”.

"Muitas vezes a gente est� s� trocando afeto e vem um homem cis hetero babaca achando que a gente est� fazendo para mostrar para eles. Isso � em raz�o da vis�o que como o porno nos retrata"

Juliana Arv, cantora



Para a cantora, a hipersexualiza��o das rela��es l�sbicas pela sociedade prejudica, diretamente ou indiretamente, o amor. “Muitas vezes a gente est� s� trocando afeto e vem um homem cis hetero babaca achando que a gente est� fazendo para mostrar para eles. Isso � em raz�o da vis�o que como o porno nos retrata. Nunca � de duas mulheres se relacionando. � sempre duas mulheres se relacionando para um cara”, explica.


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Al�m disso, uma das lutas da comunidade l�sbica � “quebrar” esse preconceito de que l�sbicas querem “ser homens” por n�o estar perfomando a feminilidade que � imposta pela sociedade. Para Juliana, h� um esteri�tipo de como uma mulher l�sbica se comporta. E, esta forma de “rotular” as pessoas, prejudica a sociedade, em geral.

G (gay)

Uma luta que vai contra os estere�tipos e pede respeito. Os homens homossexuais, que sentem interesse por outras pessoas do sexo masculino, representam a letra G na sigla LGBTQIA . Segundo o professor de geografia e ex-Big Brother Brasil 21, Jo�o Luiz, que � homem gay, as agress�es aos LGBTQIA ocorrem de forma frequente. 

Ao falar sobre sua viv�ncia como homem gay, o professor relata momentos em que foi acolhido por familiares e amigos, mas tamb�m cita mem�rias ruins. “Em um pa�s como o Brasil, a gente n�o est� falando sobre uma viv�ncia onde a gente possa livremente circular pelo espa�o p�blico de uma forma em que o nosso corpo esteja seguro”.
Jo�o Luiz alerta para o fato de o preconceito n�o ser algo visto s� fisicamente. “J� aconteceu de algu�m falar: ‘Nossa, voc� nem parece gay’ ou ‘Nossa, mas que desperd�cio'”, relata. “A LGBTQIA fobia est� presente nos discursos e a gente precisa identificar esses problemas para a gente construir juntos uma sociedade que respeite as diferen�as e lute contra os preconceitos”.

Luta contra estere�tipos

Jo�o conta que h� uma luta por quebras de estere�tipos. “A gente fala sobre performance. Temos a imagem de um homem gay, que � constru�da pela m�dia. � a ideia de uma pessoa muito espalhafatosa e afeminada”, comenta.

"A LGBTQIA fobia est� presente nos discursos e a gente precisa identificar esses problemas para a gente construir juntos uma sociedade que respeite as diferen�as e lute contra os preconceitos"

Jo�o Luiz, professor e ex-integrante do BBB21



“Se voc� for afeminado, tudo bem. Se voc� n�o for, tudo bem. Se voc� quiser ser, beleza. Se voc� n�o quiser, tudo bem tamb�m. A ideia � que a gente n�o crie um estere�tipo em que as pessoas virem para voc� e falem: ‘Voc� nem parece gay’. O que � parecer gay? Porque a nossa sexualidade precisa ter essa performance que as pessoas esperam que a gente tenha?”, questiona.

B (bissexual)

Rotulada de indecisa, infiel e invalidada, a comunidade bissexual sofre com preconceitos �s vezes entre as pr�pria pessoas que se identificam como LGBTQIA . A escritora Maria Freitas, que � uma mulher bissexual, escreve contos com personagens bissexuais. Com o nome de “Clich�s em rosa, roxo e azul”, em refer�ncia � bandeira bi, as hist�rias quebram preconceitos e levam informa��o a outras pessoas.

“N�o existe uma maneira �nica da gente ser bissexual”, explica a escritora, que destaca que uma das principais lutas da comunidade bi � mostrar essa pluralidade de viv�ncias. “Existe toda uma constru��o estereotipada na sociedade que a bissexualidade � prom�scua, infiel e n�o confi�vel. E a gente precisa desconstruir essa vis�o �nica de pessoas bissexuais. Inclusive, este � o meu trabalho como escritora”.



Maria conta que j� teve a sua sexualidade invalidada por estar em um relacionamento com outra mulher. Segundo a escritora, essa realidade � comum na vida de v�rios bissexuais. “As pessoas j� viram fotos minhas com a minha noiva e acharam que eu sou l�sbica pois eu estou em um relacionamento com outra mulher. Quando a gente v� um casal na rua, a gente j� imagina que seja um casal h�tero e que todas as pessoas envolvidas s�o heteros”, comenta.

A escritora refor�a que, independetemente do relacionamento em que o bissexual esteja, pode ser com homem ou mulher ou n�o-bin�res, a sexualidade n�o muda. “Temos que quebrar essa ideia de que sexualidade � algo monosexista (o conceito de que uma pessoa sente atra��o somente por um g�nero), de que existe apenas a heterosexualidade e a homosexualidade. Ou que a bissexualidade � menos parte da comunidade LGBTQIA . A bissexualidade � outra sexualidade”.

"Existe toda uma constru��o estereotipada na sociedade que a bissexualidade � prom�scua, infiel e n�o confi�vel. E a gente precisa desconstruir essa vis�o �nica de pessoas bissexuais. Inclusive, este � o meu trabalho como escritora"

Maria Freitas, escritora



Maria refor�a que n�o existe isso de “50% e 50%” ou “meio do caminho”. A bissexualidade � uma sexualidade v�lida e n�o uma “porta antes de se assumir gay ou hetero”. “Muitas vezes, isso faz com que a gente seja exclu�do ou apagado at� mesmo dentro da comunidade LGBTQIA ”.

Manifesto bissexual

Segundo a escritora Clara Alves, o Manifesto Bissexual, publicado em 1990, explica que a bissexualidade nunca esteve relacionada a atra��o ao femino ou masculino. Mas, como a sociedade � binarista, ou seja, reconhece apenas dois g�neros, femino ou masculino, acabou-se colocando que bissexuais sentem atra��o somente por pessoas que se identificam desta maneira. “Por isso o nome bissexual”, explica.
Clara conta que o preconceito com bissexuais presente na sociedade j� influenciou a forma como ela se v�. “At� mesmo hoje, depois de ter escrito um livro com personagens bissexuais, eu ainda questiono. Nunca namorei uma pessoa do mesmo g�nero, ent�o ser� que eu sou bi mesmo?. Isso s�o coisas que passam pela nossa cabe�a, pois s�o estere�tipos que n�s escutamos a vida inteira”, comenta.

T (transexual)

“Quando se fala de viv�ncia trans no Brasil, a gente fala de um lugar de muita dor”, afirma a cantora e estudante de cinema, Lua Zanella. O pa�s � onde h� mais assassinatos de mulheres trans no mundo, conforme dados da Associa��o Nacional de Travestis e Transexuais do Brasil (Antra). Em paralelo, o Brasil � o local que mais consome pornografia trans no mundo, segundo informa��es do site de conte�do adulto RedTube.

"Quando se fala de viv�ncia trans no Brasil, a gente fala de um lugar de muita dor"

Lua Zanella, cantora



“A gente n�o tem acesso a oportunidades de emprego e � por isso que v�rias mulheres trans acabam indo para a prostitui��o. Assim tamb�m como nos negam o direito a banheiro”, comenta. Lua relata olhares preconceituosos em espa�os p�blicos e, segundo ela, o corpo trans sempre � julgado. “Quando se � uma pessoa trans, a partir do momento que a gente tira o p� para fora de casa, a gente sabe que vai ter uma luta para enfrentar”.
Em 14 de junho, a cantora lan�ou o EP ‘Dama de Paus’, no qual traz can��es que relatam sua viv�ncia. “Fiz uma m�sica que levanta esse questionamento que fazem voc� parar um pouco e pensar quantas pessoas trans voc� escuta no seu fone de ouvido?”

De uma forma art�stica, a atriz Guillhermina Xavier tamb�m relata sua viv�ncia como uma mulher trans. “Ser trans � ter coragem de ser quem �. � enfrentar o espelho, em um primeiro momento, e as pessoas ao nosso redor. E a sociedade, que insiste em marginalizar nossos corpos”, afirma.



Assim como Lua, Guillhermina relata os “olhares maldosos” e as agress�es f�sicas e verbais. “Ser trans � resistir”, acrescenta, acrescentando uma mensagem a ‘todes’ da comunidade LGBTQIA : “Neste m�s de junho, e em todos os outros, eu desejo a todes, for�a. E nunca deixe que apaguem sua luz”.

"Ser trans � ter coragem de ser quem �. � enfrentar o espelho, em um primeiro momento, e as pessoas ao nosso redor. Ser trans � resistir"

Guillermina Xavier, atriz



Veja a poesia de Guillermina: 

 

Q (queer)

O termo que representa o Q no LGBTQIA � usado para todas as pessoas que n�o se encaixam no padr�o hetero-cis-normativo presente na sociedade. A palavra em ingl�s era usada de forma pejorativa para se referir a integrantes da comunidade.

Quando criado, “queer” significava “estranho”, “esquisito”. Atualmente o termo foi ressignificado por representantes da comunidade para “se assumirem”. No inicio de 2021, a cantora Demi Lovato se assumiu pansexual e n�o-binare.

Em uma entrevista ao podcast ‘The Joe Rogan Experience’, Demi contou que � “muito queer” para namorar um homem cis-hetero. Ou seja, o significado do termo mudou com o tempo e � usado para se referir, com carinho, a pessoas LGBTQIA .

I (intersexo)

A letra I da sigla LGBTQIA representa a comunidade intersexo. Conforme a ONG Gay & Lesbian Alliance Against Defamation, conhecida como GLAAD, o termo descreve “as pessoas que nascem com anatomia reprodutiva ou sexual e/ou um padr�o de cromossomos que n�o podem ser classificados como sendo tipicamente masculinos ou femininos”.

Dionne Freitas, ativista da Associa��o Brasileira de Intersexos (ABRAI), explica em uma publica��o em seu perfil do Instagram que “uma pessoa pode nascer com uma apar�ncia feminina, mas com a anatomia em sua maior parte masculina. Ou nascer com genitais que se situam entre os dois sexos”.
“Em outros casos, uma pessoa pode nascer com uma variedade gen�tica em que algumas de suas c�lulas t�m cromossomos XX e outras cromossomos XY”, escreve. “S�o corpos que precisam de aten��o, cuidados e, principalmente, o respeito da sociedade. Ser intersexo n�o � ser anormal”.

Conforme Moni Porto, o termo certo � “pessoa intersexo”. Quando se usa o prefixo “xual” no final � para sexualidade, mas intersexo est� relacionado com g�nero e n�o sexualidade. Ou seja, � desrespeitoso usar “pessoa interesexual”.

A (assexual) 

S�o chamados de “ace”, em refer�ncia ao �s do baralho. O psic�logo e ex- Big Brother Brasil 20, Victor Hugo, que � assexual, explica que vivemos em uma sociedade extremamente sexualizada e, at� em momentos do dia a dia, o sexo est� presente de uma maneira incisiva. “Quem n�o gosta de um funk proibid�o?”, brinca.

"Sexo � diferente de sexualidade. Sexo � o ato sexual em si. E sexualidade � o que faz com que as pessoas se sintam bem em rela��o a si mesmo e as outras pessoas, na maneira que elas se relacionam. Sexualidade n�o est� ligada ao ato, e sim a maneira de sentir e ser"

Victor Hugo, psic�logo e ex-integrante do BBB20



Entretanto, Victor Hugo explica que ser assexual n�o � se abster de rela��es sexuais ou rom�nticas. Segundo ele, um ‘ace’ pode fazer sexo e estar em um relacionamento rom�ntico, mas isso “n�o o faz menos assexual”. “Podemos nos apaixonar? Sim. Podemos ter rela��es sexuais? Sim, podemos. Mas nem sempre as pessoas t�m essa vontade”, explica.

“Sexo � diferente de sexualidade. Sexo � o ato sexual em si. E sexualidade � o que faz com que as pessoas se sintam bem em rela��o a si mesmo e as outras pessoas, na maneira que elas se relacionam. Sexualidade n�o est� ligada ao ato, e sim a maneira de sentir e ser”, afirma.

O ace pode se interessar por pessoas do mesmo g�nero ou pessoas do g�nero oposto ou n�o-bin�res. Al�m do termo assexual, tamb�m existe o “arom�ntico”, que � quando uma pessoa n�o tem interesse amoroso.

Para Victor Hugo, a discuss�o da assexualidade abre espa�o para conversas sobre relacionamentos. “A gente precisa debater o que � amor, romance, sentimento, e o quanto isso est� dentro de um relacionamento. Precisamos desconstruir de que um relacionamento n�o � s� fazer sexo”.

(pluralidade)

Como a comunidade LGBTQIA � extremamente plural, o uso do s�mbolo � uma forma de respeito �s orienta��es sexuais e g�neros que n�o est�o em evid�ncia, como a comunidade l�sbica, gay, bissexual, queer, intersexo e asexual. A comunidade panssexual, o P, n�o est� no nome, por�m � uma sexualidade t�o v�lida quanto as outras siglas. Mais abaixo falaremos sobre algumas delas.

N�o bin�re

“Sou uma pessoa trans n�o-bin�re. E isso quer dizer que eu n�o me identifico com o que a sociedade entende por apenas homem ou mulher”, explica a youtuber e streamer Bryanna Nasck, que trabalha com internet desde 2011. “Construo a minha jornada descobrindo formas diferentes de compreender aquilo que vai al�m da minha vida”.

A YouTuber conta que as plataformas on-line serviram como uma forma de mostrar seu crescimento pessoal e inspirar outras pessoas a buscarem autoconhecimento.
“A minha exist�ncia aqui me permitiu, n�o s� que eu realizasse meus sonhos de inf�ncia, mas que eu me tornasse algu�m que eu sempre precisei ter na minha vida. Algu�m que me mostrasse o caminho que � poss�vel ser feliz sendo quem �”.

Durante a inf�ncia e adolesc�ncia, a streamer conta que n�o tinha representatividade no seu conv�vio. “N�o tinha internet com a facilidade e diversidade que a gente encontra nos dias atuais. Era televis�o, era dentro de casa. E nesses espa�os, eu nunca me senti representada por nada e isso me fazia n�o sentir esperan�a de um futuro para mim”.

"A minha exist�ncia aqui me permitiu, n�o s� que eu realizasse meus sonhos de inf�ncia, mas que eu me tornasse algu�m que eu sempre precisei ter na minha vida. Algu�m que me mostrasse o caminho que � poss�vel ser feliz sendo quem �"

Bryanna Nasck, youtuber



Bryanna relata que, por muito tempo, n�o sentia que tinha um espa�o na sociedade. E, v�rias vezes, tentou “tirar a sua presen�a do mundo”. “Mas, por algum motivo, eu continuei aqui. Voc� pode dizer que foi Deus, ou que foi a sorte, ou o destino, ou qualquer coisa que voc� acredite. E eu acredito que voc� est� certo”, diz.

Ela conta que teve o apoio da m�e durante este per�odo. “Minha m�e foi o maior exemplo de empatia que eu conheci”. Apesar de a m�e de Bryanna ter falecido, a streamer conta que os ensinamentos continuam vivos. Segundo a YouTuber, com o amor, � poss�vel quebrar todas as barreiras, preconceitos e conquistar todas as suas metas. “Eu fa�o da minha exist�ncia uma forma de celebra��o a todo amor e carinho que minha m�e me deu”

Pansexual

Cup, que participa do podcast ‘Garotrans’ com Bryanna, tamb�m se identifica como n�o-bin�re e prefere ser chamado por um pronome neutro. “Ser n�o-bin�re n�o � confus�o. “Para mim, construir a minha identidade � algo completamente desrelacionado das concep��es de g�nero. Ser homem ou ser mulher, n�o faz de mim quem sou. Eu sou Cup e, pra mim, isso � mais do que suficiente”, relata.

"Para mim, construir a minha identidade � algo completamente desrelacionado das concep��es de g�nero. Ser homem ou ser mulher, n�o faz de mim quem sou. Eu sou Cup e, pra mim, isso � mais do que suficiente"

Cup, youtuber



Cup explica que, por defini��o, toda pessoa n�o-bin�re � trans, j� que “transcende os padr�es de g�nero” da sociedade. “O que esperam � que voc� seja homem ou mulher, a depender do seu corpo. E ningu�m imp�e que sejamos n�o-bin�rios. Ent�o, toda pessoa que se identifica de forma diferente de homem e mulher tamb�m vai ser uma pessoa trans”, afirma.



Cup � pansexual, ou seja, se atrai por todos os g�neros e pessoas n�o-bin�res. “G�nero n�o � um fator que faz diferen�a no momento de eu me interessar ou n�o com uma pessoa. Na minha opini�o, em um relacionamento, o mais importante est� nas atitudes e na personalidade da pessoa com quem eu estiver. Sobre corporalidade e identidade, s�o importantes na constru��o de quem � aquela pessoa. Mas n�o s�o fatores decisivos na hora de eu me relacionar ou n�o com alguem”.

Na sigla LGBTQIA , o B � bissexual e tem um significado parecido com o pansexual. Entretanto, Cup explica que as nomenclaturas diferentes remetem a lutas diferentes. “Bi � se sentir atra�do por dois ou mais g�neros. Enquanto pan � sentir atra�do por pessoas independentemente do g�nero. Cada termo tem uma hist�ria espec�fica. E o motivo que leva uma pessoa a escolher um termo sobre o outro vai variar”.


A origem do Dia Internacional do Orgulho LGBT

O 28 de junho foi escolhido para celebrar a luta mundial por direitos iguais, independentemente de orienta��o sexual e g�nero. A data � uma refer�ncia � Revolu��o de Stonewall, ocorrida em 1969, em Nova York.



Em 28 de junho daquele ano, uma opera��o policial violenta no bar Stonewall Inn, frequentado por pessoas da comunidade LGBTQIA , terminou com 13 pessoas presas, entre elas clientes e funcion�rios. A a��o violenta da pol�cia de Nova York desencadeou uma onda de protestos, que reuniram milhares de pessoas pelas ruas da cidade durante cinco dias consecutivos.

(*)Estagi�ria sob supervis�o do subeditor Rafael Alves


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