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Estado de Minas EM ARA�JOS

Pedido para cassar vereador que repudiou fala de Nikolas � arquivado

Com diferen�a de apenas um voto, vereadores derrubaram a den�ncia e, apesar das diferen�as, falaram em uni�o


20/03/2023 22:30 - atualizado 20/03/2023 22:37

Lucas Coelho e Nikolas Ferreira
O presidente da C�mara emitiu nota de rep�dio contra as falas feitas pelo deputado Nikolas Ferreira no Dia Internacional da Mulher (foto: Arquivo Pessoal/Lucas Coelho e Paulo Valadares/C�mara dos Deputados)
Com resultado acirrado, os vereadores de Ara�jos, no Centro-Oeste de Minas, rejeitaram, na noite desta segunda-feira (20/2), a admissibilidade da Den�ncia de Infra��o Pol�tico-Administrativa contra o presidente da c�mara Lucas Coelho (PSD) por quebra de decoro parlamentar. 
 
O pedido de cassa��o de mandato foi protocolado pelo vereador Jo�o Roberto (PTB) ap�s Coelho usar os canais institucionais do �rg�o para publicar nota repudiando as declara��es consideradas transf�bicas do deputado federal Nikolas Ferreira (PL).

Dos votantes, dois se abstiveram, outros dois foram pela admissibilidade e tr�s votaram pela rejei��o da den�ncia. A vota��o foi acompanhada por apoiadores do presidente do Legislativo e tamb�m pela deputada estadual Lohanna Fran�a (PV).


Resultado


Pela admissibilidade da den�ncia
Suplente Ant�nio Jos� Almeida de Sousa 
Maikon Santiago Maia (PTB)

Pela rejei��o
Guilherme de Sousa (PSDB)
Milton Jos� Nunes (PSD)
Vanessa Rodrigues (PTC)

Absten��o
Fl�vio Junio da Costa (PTB)
Ivan Ulisses (PSD)

Ap�s a vota��o, os vereadores tentaram apaziguar a situa��o. “Devemos continuar com uni�o para o bem do nosso munic�pio”, afirmou Ivan Ulisses. Apesar de se dizer a favor das pautas LGBTQIA+, ele alegou ter optado pela absten��o para n�o se comprometer com nenhum dos envolvidos. “N�o quis favorecer um ou outro. A gente estava votando o pedido de cassa��o e n�o o tema da postagem”, argumentou.


Den�ncia


Autor do pedido, Jo�o Roberto sustentou que houve quebra de decoro, entretanto, deu o assunto como encerrado. “O que ocorreu com a desuni�o moment�nea foi a postagem sem a concord�ncia dos demais vereadores. Na minha opini�o, houve abuso de prerrogativa, mas n�o vou discutir mais esse assunto na C�mara”, afirmou.

Ele ainda alegou que a den�ncia foi reflexo do que considerou “falta de respeito”. “N�o estou julgando se o Nikolas est� certo ou se ele est� errado. Se ele deve ser punido, que ele seja. Se ele cometeu um crime, que ele seja punido. N�o apoiei o Nikolas. N�o pedi voto para ele aqui em Ara�jos. O que pedi foi respeito."

Apesar de confirmar que houve pedido de outros vereadores para a retirada da postagem, o presidente da C�mara alegou que se a exclu�sse “estaria calando muitas pessoas que sentiram e se sentem representadas pela nota de rep�dio”.

“Meu posicionamento n�o foi autorit�rio, pelo contr�rio, foi em respeito �s pessoas, em respeito � democracia. Estou aberto ao di�logo para conversar, conduzir os trabalhos da melhor forma poss�vel para entregar resultados � popula��o”, declarou Lucas Coelho.

Embora fale em uni�o, alfinetou o vereador que o denunciou. “Ter que discutir o indiscut�vel com quem n�o tem a m�nima capacidade de dialogar sobre assuntos importantes e quer usar da oportunidade de uma discuss�o saud�vel para uma pol�tica suja e baixo n�vel � usar uma r�gua min�scula para medir a capacidade de um vereador”, disparou.

E disse que “falar sobre e defender o direito das mulheres n�o � passar dos limites” e que a C�mara precisa se posicionar para “mostrar que as institui��es p�blicas n�o toleram comportamento discriminat�rio e preconceituoso”.

A pol�mica


O discurso classificado como preconceituoso por segmentos da sociedade civil foi feito pelo deputado no Dia Internacional da Mulher. “Hoje me sinto mulher, deputada Nikole, e tenho algo muito interessante para falar. As mulheres est�o perdendo seu espa�o para homens que se sentem mulheres”, disparou. Ap�s a repercuss�o, Nikolas Ferreira se defendeu e negou ter cometido transfobia.

Dois dias ap�s as declara��es, o presidente da C�mara de Ara�jos determinou que fosse emitida e compartilhada nas redes sociais da institui��o uma nota de rep�dio. Nela, ele classificou as falas do deputado como “clara ofensa direta �s deputadas trans, al�m de serem consideradas um discurso de �dio declarado”.

Ao protocolar a den�ncia, o autor do pedido de cassa��o alegou que houve quebra de decoro por parte do presidente da C�mara. Jo�o Roberto argumenta que a nota deveria ter o crivo da maioria dos vereadores antes de ser publicada nos canais institucionais da c�mara, conforme o Regimento Interno.


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