O ministro da Justi�a, Fl�vio Dino, prometeu visitar mais comunidades e favelas do pa�s. A declara��o ocorreu em fun��o de sua visita ao Complexo da Mar�, no in�cio deste m�s, que foi bastante questionada por alguns bolsonaristas. Eles alegam que a visita do ministro sem "seguran�a apropriada" foi considerada suspeita.
Dino disse que n�o � "favor" visitar as comunidades mais pobres, mas sim um "dever". Ele compareceu nessa ter�a-feira (20/03) � Comiss�o de Constitui��o e Justi�a e de Cidadania da C�mara dos Deputados para esclarecer a sua visita no Complexo da Mar�.
O ministro afirmou que j� recebeu mais convites para visitar favelas e disse que ir� aceitar todos os "convites similares".
Na comiss�o, Dino alegou que era "esdr�xulo" criminalizar a sua visita e principalmente as pessoas que moram na regi�o, "como se fossem todos criminosos". O ministro destacou que a atitude era "preconceito com as pessoas mais pobres do pa�s".

"Eu tenho a obriga��o como ministro da Justi�a de reagir contra este ataque a essas pessoas. Recebi o convite e quero dizer que j� recebi outros, e espero outros tantos, e a todos os convites similares que receber irei, porque n�o � favor, � dever, e n�o sou traidor dos meus compromissos, farei audi�ncias p�blicas similares �s comunidades mais pobres", finalizou.
Visita ao Complexo da Mar�
No dia 13 de mar�o, Dino teve uma agenda de compromissos no Complexo da Mar�, conjunto de favelas da Zona Norte do Rio de Janeiro. Na ocasi�o, o ministro encontrou lideran�as comunit�rias, conservou sobre seguran�a p�blica e ouviu sugest�es para o Programa Nacional de Seguran�a com Cidadania - Pronasci II, que seria relan�ado pelo governo Lula nos pr�ximos dias.
Alguns deputados - como Eduardo Bolsonaro e Nikolas Ferreira - acusaram o ministro de "envolvimento com o crime organizado", em raz�o de sua visita n�o ter tido uma "seguran�a refor�ada".
Alguns dias ap�s o ocorrido, Dino encaminhou um documento - not�cia-crime - ao Supremo Tribunal Federal (STF) por ter sido associado ao crime organizado por alguns parlamentares.
Ele alegou que foi alvo de crime de cal�nia, difama��o, racismo e associa��o criminosa em virtude do "cometimento de il�citos penais" por parte dos deputados federais Eduardo Bolsonaro, Carlos Jordy, Paulo Bilynsky, Otoni Moura J�nior, Cabo Gilberto e dos senadores Fl�vio Bolsonaro e Marcos do Val.